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Com 72 doentes covid-19 acamados, Hospital de Guimarães procura alternativas para internamentos noutras instituições

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Até esta terça-feira estavam internadas no Hospital Senhora da Oliveira (HSO) em Guimarães 72 pessoas com covid-19, das quais cinco na Unidade de Cuidados Intensivos. Com o esperando aumento do número de doentes, aquela unidade de saúde está a preparar-se para a segunda vaga da pandemia e acautelar o acompanhamento de doentes não-covid, cujo internamento pode começar a ser efectuado noutras instituições.

Esta semana ao jornal O Comércio de Guimarães, o director do Serviço de Medicina Interna afirmava não ter dúvidas que já se está perante uma segunda vaga do novo coronavírus

“Tivemos uma primeira que, em termos práticos, durou desde o início de Março até de 15 de Maio. Nessa altura, o Hospital de Guimarães tratou cerca de 204 doentes com pneumonias graves, dos quais cerca de 10 por cento necessitaram de cuidados intensivos. Depois, a frequência da doença desceu e atingiu praticamente zero casos internados em meados de Junho”, diz Jorge Cotter.

Já em finais de Agosto, o número e doentes internados com SARS- CoV- 2 era reduzido.

“Agora, estamos numa fase de uma subida abrupta dos casos de graves e muito graves”, referia a O Comércio de Guimarães na mesma entrevista, admitindo que está quase a ser atingido o número máximo de internamentos verificado na primeira vaga.

“Estamos a aproximar-nos, mas vamos ultrapassar. Cremos que esta segunda vaga vai ser mais grave em termos de frequência de casos, o que não é de admirar dado que as condições na sociedade são diferentes. Na altura, houve um confinamento global, as escolas fecharam, muita actividade parou e, neste momento temos o tecido produtivo a trabalhar, continuamos com as escolas abertas e é assim que têm de ser”, sustentava o responsável pela Medicina Interna e professor na Escola de Medicina.

“Vamos ter de encontrar medidas para conseguir mitigar o peso dessas infecções no Serviço Nacional de Saúde, no meio hospitalar”, alertava, acrescentando que o hospital quer manter toda a actividade cirúrgica. “Queremos manter tudo o que é consulta externa, e teremos de fazer as devidas adaptações nos doentes internados não covid-19″, apontou.

O clínico assegurou ao mesmo jornal que “está a ser feito um esforço grande de ligação entre o Hospital e a Câmara de Guimarães que, do nosso ponto de vista, (…) está muito atenta e interessada em ajudar a resolver o problema, desenvolvendo um conjunto de diligências em parceria com o hospital, de maneira a podermos dar o tratamento adequado à subida brutal de doentes com covid-19”.

Jorge Cotter adianta ao jornal que “há diligências no sentido de vermos se conseguimos que os doentes não covid sejam efectivamente tratados em instituições paralelas com todas as condições técnicas para que a população de Guimarães não seja prejudicada – aqueles que não têm covid – como na primeira fase não foram”.

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