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UMinho com 15% de quebra na procura por estudantes estrangeiros

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A Universidade do Minho registou uma “quebra” na procura por alunos estrangeiros de 15% e, num ano “verdadeiramente excepcional”, vai alargar horários de funcionamento, terá aulas ao sábado e funcionará num “regime misto”, entre o presencial e o audiovisual.

Em entrevista à agência Lusa, o reitor da academia minhota, Rui Vieira de Castro, apontou o alojamento dos alunos como uma das “maiores dificuldades”, realçando que “já o era” antes da pandemia causada pelo novo coronavírus e que foi necessário investir cerca de 250 mil euros nas residências universitárias para as adaptar às exigências das autoridades de saúde.

Outro factor “algo preocupante” apontado por Rui Vieira de Castro foi o aumento de custos de funcionamentos que as medidas que tiveram de ser adoptadas para “tentar travar” a proliferação do novo coronavírus, mas o reitor lembrou o contrato-programa entre universidade e Governo que prevê compensações caso haja custos adicionais para as instituições causados por diplomas legais.

“Já nos vimos a preparar para este cenário desde Junho. Reorganizamos o funcionamento dos ‘campi’, porque é impossível termos todos os alunos ao mesmo tempo nas instalações e cumprir as medidas de distanciamento necessárias”, apontou Rui Vieira de Castro.

Por isso, disse, “as turmas foram diminuídas, o horário de aulas alargado – antes havia aulas até às 18h00, este ano será até às 20h00 – haverá também aulas ao sábado, quando estas só havia para pós-graduações, mestrados e doutoramentos, os horários das cantinas e restaurantes foram também alargados, foram criados corredores de circulação por todos os espaços. Foi tudo revisto e pensado para, numa lógica também pedagógica, adequar o funcionamento da universidade às regras exigidas”.

Quanto às aulas, Rui Vieira de Castro esclareceu que “funcionarão em regime misto, mas com preferência no regime preferencial, que é o que melhor se adequa ao plano pedagógico seguido pela UMinho”.

O regime presencial “terá mais enfoque nos primeiros anos dos vários cursos para que seja criada uma maior vinculação à instituição e aos cursos por parte dos novos alunos”.

Ainda sobre os novos alunos, o reitor deu conta da diminuição da procura da UMinho por parte de alunos estrangeiros e também diminuição da procura de programas de mobilidade temporária, como o programa Erasmus.

“Prevíamos, em bom rigor, quebras muito mais significativas. Na procura de alunos estrangeiros para fazerem aqui um ciclo completo houve uma diminuição de procura na ordem dos 15%. A quebra mais acentuada está a sentir-se quer na saída quer na entrada de alunos para programas de mobilidade temporária, devido às incertezas de circulação, de encerramento de universidades e a outras condicionantes que podem voltar a acontecer”, descreveu.

Para Rui Vieira de Castro, uma das maiores preocupações, “que já não é nova mas que esta situação de pandemia agravou”, é a do alojamento estudantil.

“Havia já um grande défice de camas. Tivemos que reduzir as camas nas residências universitárias de forma a adaptá-las as medidas de segurança exigidas, se já eram poucas, menos ficaram, embora a diminuição não tenha sido muito drástica”, referiu.

Das 1.400 camas disponibilizadas nas residências universitárias da UMinho 10% (140) tiveram que ser suprimidas.

O contexto de pandemia obrigou também a academia minhota a “realizar gastos que não estavam previstos”, como contratação de pessoal, gastos adicionais de limpeza, sinalética, contratos com fornecedores.

“Obviamente que os custos aumentaram e isso preocupa-nos. Quero acreditar que haverá por parte do Governo sensibilidade para essa questão dentro do contrato-programa que existe. O ministério das Finanças tem estado a pedir que a universidade dê conta das despesas adicionais, mas até ao momento não sabemos de qualquer aumento na dotação orçamental”, referiu.

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