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OPINIÃO - -
SIDA – Vírus da Imunodeficiência Humana Transmissão e Prevenção

Opinião de Alice Magalhães

 

A SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença causada pelo VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) e está relacionada com a degradação progressiva do sistema imunitário, podendo ter vários anos de evolução.

Este vírus pode permanecer “adormecido” no organismo, sem manifestar sinais e sintomas durante algum tempo. Neste período, os indivíduos infetados com o VIH, são chamados de seropositivos e podem infetar outras pessoas se tiverem comportamentos de risco.

COMO SE TRANSMITE A SIDA?

Podem ser infetadas todas as pessoas que tenham comportamentos de risco. Para que o vírus HIV se possa desenvolver e proliferar, tem que ter acesso à corrente sanguínea, uma vez que no exterior, fora das células, ele é rapidamente destruído.

AS PRINCIPAIS FORMAS DE TRANSMISSÃO DESTE VÍRUS:

Contacto sexual (líquido pré-ejaculatório, esperma e secreções vaginais).  Qualquer relação sexual não protegida, heterossexual ou homossexual, pode ser uma forma de transmissão deste vírus.

Gravidez. O VIH pode ser transmitido da mãe para o feto durante a gravidez, o parto e/ou o aleitamento. Um tratamento apropriado durante a gravidez reduz de forma muito significativa esse risco. A contaminação no momento do parto ou durante a amamentação é muito menos provável.

Utilização de objetos contaminados. A transmissão ocorre através da partilha de objetos contaminados com sangue:   agulhas e seringas (toxicodependentes), lâminas de barbear, piercings, instrumentos de tatuagem e de furar as orelhas, escova dos dentes e alguns utensílios de manicura e/ou pedicura.

Transfusões de produtos e derivados do sangue. Muito rara, atualmente, visto que todos os dadores de sangue fazem testes laboratoriais para este vírus e outros de contágio via sanguínea.

COMO SE PREVINE A SIDA?

Utilize preservativo, masculino ou feminino em todas as relações sexuais. Disponibilizados gratuitamente nas unidades de Saúde;

Não partilhe objetos que possam ter estado em contato com sangue, nomeadamente, agulhas e seringas (e outro material envolvido na preparação da injeção), lâminas de barbear, escovas de dentes;

O risco de contágio de uma mãe seropositiva para o seu filho pode ser diminuído significativamente, através do acompanhamento adequado nos serviços de saúde (terapêutica adequada durante a gravidez e evicção do o aleitamento materno);

Para procedimentos estéticos invasivos (manicura/pédicure, tatuagens, piercings/brincos) procure estabelecimentos que utilizem material descartável e esterilizado, e devidamente licenciados;

O DIAGNÓSTICO PRECOCE DA INFEÇÃO PRIMÁRIA PELO VIH É FUNDAMENTAL, pelos indiscutíveis benefícios do tratamento iniciado nessa fase (preservação da imunidade e menor progressão para a doença) e permite ainda, que se adotem medidas preventivas a fim de evitar a transmissão do vírus numa fase caracterizada por elevadas cargas virais e, consequentemente, por uma elevada infecciosidade.

Nesta sequência, a Direção Geral de Saúde, determina que o rastreio laboratorial da infeção por VIH deve ser efetuado por rotina, na grávida, e recomenda que seja efetuado em todos os indivíduos com idade compreendida entre os 18 e 64 anos, nomeadamente com comportamentos de risco.

O teste é de fácil execução, é gratuito, anónimo e permite disponibilizar o resultado ao utente em 20 minutos.

Apesar dos avanços da investigação nesta área, ainda não existe vacina eficaz contra este vírus.

Não existem grupos de risco, mas sim comportamentos de risco e, por isso, uma correta informação e o uso do bom senso permitem, em muitos casos, manter este vírus à distância.

BRAGA – -
Braga avança com novo concurso para assistentes operacionais nas escolas

A Câmara de Braga vai avançar com um novo concurso para a admissão de assistentes operacionais para as escolas do concelho. A garantia foi dada por Ricardo Rio durante a sessão de abertura do ano lectivo 2019/2020, que juntou esta sexta-feira cerca de 450 agentes educativos em funções nos diversos estabelecimentos de ensino do concelho.

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OPINIÃO - -
Sabia que? O consumo de drogas nas populações escolares é uma realidade!

Na próxima semana será dado o pontapé de saída para ano escolar 2019/20, e nunca é demais abordar o tema das drogas junto da população juvenil, pois afinal de contas, quer os Encarregados de Educação queiram, quer não queiram ela existe.

O consumo de drogas transformou-se numa preocupação mundial, particularmente nos países industrializados, em função da sua grande prevalência e dos riscos que pode acarretar. A adolescência é uma etapa do desenvolvimento que suscita grandes preocupações quanto ao consumo de drogas pois constitui uma época de exposição e vulnerabilidade às mesmas.

Um Inquérito Nacional em Meio Escolar, revelou um consumo de cannabis de 10% dos alunos do 3.o ciclo e de 32% dos alunos do ensino secundário da Região Autónoma dos Açores, superior à prevalência de qualquer outra região do país para os mesmos grupos etários. Um estudo realizado nas escolas do terceiro ciclo da região Autónoma dos Açores, por médicos de medicina geral e familiar, incluíram 602 adolescentes, 307 do sexo  feminino , com uma média etária de 15,2 anos (14-18) anos, todos os inquiridos afirmaram já ter ouvido falar de drogas (76,4% na escola e 47% em casa), 62,3% já viram amigos consumir, a 38% já foi oferecida droga e 25,6% já experimentaram (55,8% dos rapazes e 44,2% das raparigas). A idade média de início de utilização foi de 14,4 anos, a droga mais utilizada foi a cannabis, o principal local de consumo foi em bar/discoteca mas 41% já viram consumir na escola e 46,8% dos consumidores já o fizeram neste local. Quase 43% dos alunos experimentaram uma ou duas vezes, 44,2% consomem ao fim-de-semana, 9,7% duas a três vezes por semana e 3,2% todos os dias.

Conforme refere esse mesmo estudo, o local de consumo preferencial, repetindo-me, é um bar/discoteca, referido por 78,6% dos alunos que afirmaram já ter consumido drogas. Quanto ao consumo de drogas na escola, 249 (41,2%) dos inquiridos já viram consumir neste local e 72 (11,9%) já o fizeram, correspondendo a 46,8% dos alunos que já consumiram droga. Todos estes já experimentaram droga fumada, 8 também a consumiram por via nasal, 13 por via oral e 3 por via endovenosa.

Quanto à frequência de consumo, é de notar que 42,9% corresponde a uma ou duas experiências na vida, mas 44,2% já apresentava um consumo regular ao fim-de-semana. Cinco estudantes do sexo masculino já consumiam diariamente, sendo que destes 3 tinham 15 anos, um 16 anos e outro 18 anos.

Os motivos de início de consumo mais referidos pelos estudantes foram a curiosidade (80,5%), a oferta de um amigo (27,3%) e a diversão (31,4% dos rapazes e 17,6% das raparigas). Estas razões foram escolhidas pelos estudantes a partir de sete opções, incluindo «outras». Vários motivos podiam ser apontados. Dois estudantes afirmaram ter consumido em momentos de solidão.

Os resultados alertam para a necessidade de informação e formação adequadas, sensibilizando os jovens para os efeitos nocivos do consumo de estupefacientes e promovendo estilos de vida saudáveis.

Enquanto Encarregado de Educação de dois menores e órgão de polícia criminal, deixo nota aos pais leitores do Amarense, para que reflitam sobre estes dados e se mostrem atentos a qualquer sinal indiciador, pois afinal de contas o consumo de drogas no ambiente escolar existe e é uma realidade tentadora a qualquer um.

BRAGA - -
UMinho acolhe instalação cinética no âmbito da Noite Branca de Braga

A Universidade do Minho vai receber, no âmbito da realização da Noite Branca de Braga, uma instalação audiovisual que terá lugar no exterior do Largo do Paço. Trata-se do projecto Childhood que se apresenta através de uma nuvem composta por balões luminosos que oscilam entre o minimalismo numérico e a ampla instalação cinética que assumem. A instalação estará patente entre as 18h e as 03h dos dias 6 e 7 (sexta-feira e sábado) de Setembro.

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OPINIÃO - -
De Cruz Ao Peito

Ponto prévio primeiro: Encontrarte. Mais uma edição. Mais um sucesso. Um evento que colocará Amares no mapa dos acontecimentos culturais e artísticos! Encorajo a organização, o Clube Desportivo, Recreativo e Cultural Amarense, bem como as centenas de voluntários que têm enformado este evento muito querido.

Ponto prévio segundo: António Variações. Estreou no passado dia 22 o filme Variações que, a seu tempo, mais tarde do que nunca, haveria de acontecer. É um filme que retracta uma fase da vida do músico amarense, artista dotado de horizontes inalcançáveis para qualquer um, e que, em vida, nunca foi devidamente, reconhecido. Permitam-me a ousadia de propor – numa altura em que a Praça do Comércio avançará para obras de reabilitação – a renomeação do local mais central de toda a vila amarense; Praça António Variações. Julgo que é digno.

Posto isto.

Quando me perguntam, respondo: «sou do Belenenses, do Clube de Futebol “Os Belenenses”». O único Belenenses. O meu clube tem, portanto, a sua equipa sénior do futebol, a disputar a quinta divisão nacional, logo, inscrita no campeonato da Associação de Futebol de Lisboa. Muitos sabem o que aconteceu: a SAD não cumpriu com o regulamentado, não cumpriu as suas obrigações, abandonou o nosso muito querido Clube, pelo que a direcção do Belenenses, no âmbito de uma acção baseada numa decisão unânime dos sócios, quebrou a ligação que existia àquela SAD, havendo começado do zero. Não obstante o impedimento absoluto – decidido em tribunal de Primeira Instância, tribunal da Relação e tribunal da Propriedade Intelectual – que aquela gente que compete ma Primeira Liga, tem de usar a marca, o símbolo, e o nome do Belenenses, a afronta vai fazendo caminho, sobretudo, na Liga de Clubes, na F.P.F. e na comunicação social, ainda que se tenha registado, de modo nominativo, como B SAD. Aquele “B”, que ostentam nas respectivas camisolas.

Esta é a verdade. Não há outra! A verdade de que existe, apenas, um Belenenses, que este ano completa 100 ano de história, de glória, e, sobretudo, de muito respeito pelo desporto e pela formação de seres humanos.

Assim, na minha opinião, é aqui que reside a paixão de um adepto, e, no meu caso, de um sócio, pelo seu Clube. O amor que não tem divisão.

Umas das paixões da minha vida é o meu Clube; o Clube de Futebol “Os Belenenses”. Por conseguinte, qual a razão de tanto pasmo? Compreendo a pergunta e o substrato do desassossego. A justificação do interpelante centra-se no facto de eu ter nascido em Braga e viver no distrito de Braga, e, que, por maioria de razão, deveria ser de uma qualquer equipa de Braga, sobretudo, do Sporting Clube de Braga.

Como se torna óbvio, o argumento não colhe. No âmbito de uma sociedade cada vez mais elitista, na qual só alguns podem sobreviver, ser-se adepto de um clube que resiste contra o “futebol negócio”, que compete nas últimas divisões em Portugal, e, que, por sinal – convém não esquecer – já foi campeão nacional e, de entre tantos outros títulos, conquistou três Taças de Portugal, configura uma espécie de “malformação”. Pois, não é malformação. É amor! É paixão! E, essa paixão não tem divisão.

Ora, esta “malformação” tem origem na forma profunda e respeitosa com que o meu pai me falava do Senhor António Feliciano, uma das “Torres de Belém”, campeão nacional em 1946, defesa central da Selecção Nacional, que foi seu professor, em Chaves. Retenho, também, na memória, um homem de idade provecta, com o qual me cruzava na Rua de S. Marcos, em Braga, de cigarro na boca, trôpego, munido de um boné puído, ainda que, sempre, sempre, com o símbolo do Belenenses na lapela. Descobri, mais tarde, que era o símbolo do Belenenses. Portanto, cresci com aquela imagem e com os elogios que o meu pai ia deixando à história do clube.

Este percurso, de grande dignidade social e desportiva, estende-se a todas as modalidades. Em todas elas, o Clube conseguiu alcançar os maiores feitos e apresentar, orgulhosamente, a sua flâmula. Assim, naturalmente, visto de azul nos dias dos jogos. É uma honra para qualquer um de nós, adeptos e sócios deste Clube, olhar a entrada da equipa em campo. Vestida de azul, «consagrado e popular», envergando a cruz ao peito, a mesma que «foi o tema das conquistas de além-mar», e, sempre, «com a certeza de vencer», debatendo-se, com aquele brio centenário, honrando o seu passado, alcançando as vitórias ou encaixando as derrotas. «Nada tendo a temer», estamos com os nossos. Durante os 90 minutos, a nossa vida é o Belenenses. Após o jogo, a nossa vida continua a ser sonhar com o Belenenses.

Ora, contra todas as probabilidades, aprendi a viver no belíssimo Estádio do Restelo. Habituei-me a apoiar a equipa desde longe. Consegui compreender as suas fragilidades. Permito-me compadecer-me com as enormes contingências, ainda que a desistência não se encontra ao nosso alcance. Ser-se adepto do Belenenses é, por conseguinte, neste mês de centenário, uma vitória linda de se apreciar. Continuarei azul e, para sempre, pastel.

«Somos do Restelo, e vamos reerguê-lo. Belém! Belém! Belém!»