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OPINIÃO - -
Vai um chumbo?

O novo governo está aí e, em termos de educação nada mudou ao que a caras diz respeito. O ministro é o mesmo logo as políticas serão, praticamente, as mesmas. No entanto, uma das ‘novidades’ apresentadas prende-se com o plano governamental para acabar com os chumbos do ensino básico, isto é até ao 9º ano.

Não percebi o que isto quer dizer até porque a realidade e a prática demonstram que esta é uma realidade já evidente nas escolas portuguesas, como facilmente se comprova. Mas já lá vamos.

Portugal é um dos países onde os alunos do ensino básico mais reprovam. Uma análise realizada em 2015 pela OCDE no estudo PISA mostrou que até aos 15 anos 31,2% dos alunos portugueses já tinham chumbado. Pior que Portugal só a Bélgica e a vizinha Espanha.

Já escrevi nestas crónicas, a minha relutância, enquanto pai, da inexistência de retenções nos diferentes níveis de ensino. É a minha opinião, vale o que vale, mas serei sempre pela promoção da excelência em detrimento da mediocridade. Serei sempre pela valorização de quem se esforça a trabalhar e pela penalização de quem encara a escola como uma obrigatoriedade, lugar de ócio e onde professores e funcionários estão ao dispôs destes calaceiros.

Ora, como é bom de ver, não partilho, na generalidade, da posição assumida pela Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap) que afirma “não se está a dizer que os alunos vão passar mesmo que não saibam, vamos é encontrar instrumentos para eles não ficarem para trás. O princípio parece-nos correto e não faz sentido manter tudo como está”, acrescentando que “se há alunos que não conseguem acompanhar a corrida, é preciso um plano de trabalho diferenciado, que é o que as famílias fazem, quando optam, por exemplo, por explicações”.

A minha discordância começa logo nesta ideia, muito portuguesa, de que se “se arranjarem instrumentos” para resolver um problema, como se este fosse um problema novo e ninguém tivesse pensado nele.

Porque não reforçar em meios humanos e lectivos a disciplina de estudo acompanhado que poderia funcionar como “explicações” dentro da escola? Criar, dentro desta disciplina, ‘turmas mais pequenas’ em funções das necessidades e dificuldades específicas dos alunos, até ‘misturando’ alunos de diferentes turmas, se tal fosse necessário?

Trago à colação, um elemento da Associação Nacional Diretores, Filinto Lima, que, sobre esta matéria referiu em declarações públicas: “as escolas precisam de mais recursos para baixar o insucesso: mais professores, mais técnicos especializados, mais docentes em coadjuvação. Reduzir as retenções é possível e acabar com elas seria o ideal, um sonho, mas raramente se atinge o ideal. Deviam atribuir a cada escola um número de turmas e nós comporíamos de acordo com os nossos alunos. Poderia fazer turmas de 30 ou de 15 alunos e ambas funcionariam bem, porque eu é que conheço a minha realidade”.

Finalizo lembrando que nada disto é novo. Uma notícia de 2016 saída no jornal Público referia que havia escolas do ensino básico em que os alunos chumbam quando têm negativa a três ou mais disciplinas e outras em que estes podem passar de ano mesmo que tenham sete “negas”.

Há matéria legislativa, há mais de uma década que refere a retenção “como medida excepcional” nos anos não terminais de ciclo. Para finalizar, posso concluir que a ideia do Governo é ir ainda mais longe do que está na lei, acabando, como qualquer regime de excepcionalidade? É governando para rankings e não para a criação de competências, espírito crítico e raciocínio lógico? É para nivelar por baixo?

Como alguém costuma dizer: “agora aturem-nos”.

TERRAS DE BOURO - -
Corrida de Cavalos em Terras de Bouro levou centenas de pessoas às ruas na véspera do dia de São Martinho

Está a decorrer ao longo do fim-de-semana, no centro da Vila de Terras de Bouro, a 19ª edição da Feira-Mostra de São Martinho nas Terras do Gerês. No terceiro e último dia do certame, na véspera do dia de São Martinho, o destaque foi para a corrida de cavalos, na Rua Aquilino Ribeiro, que juntou perto de duas dezenas de cavaleiros em busca da glória.

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EDIÇÃO IMPRESSA – -
Homenagem a Agostinho Domingues marcou cerimónia de entrega do Prémio Francisco Sá de Miranda

Homenagem a Agostinho Domingues marcou cerimónia de entrega do Prémio Francisco Sá de Miranda

Em dia de entrega do prémio literário Francisco de Sá de Miranda foi também homenageado, com a atribuição a título póstumo da Medalha de Mérito Municipal, o professor e historiador natural de Bouro Santa Maria, Agostinho Domingues. A viúva do homenageado, Maria José Domingues, realçou um homem que sempre primou pela «busca contínua pelo saber e o gosto de partilhar» e que «acreditava no ser humano como um agente de mudança».

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OPINIÃO - -
Diabetes e insulina: Mitos e realidades

A Diabetes é, atualmente, a mais comum das doenças não transmissíveis, com elevada prevalência e incidência crescente, atingindo cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo, continuando a aumentar em todos os países. Estima-se que em 2040 haja um aumento para 642 milhões de pessoas atingidas pela doença. Na Europa, Portugal posiciona-se entre os países que registam uma das mais elevadas taxas de prevalência da Diabetes, estimada em 13,3% da população com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, correspondendo a mais de um milhão de indivíduos, de acordo com os últimos dados do Observatório Nacional da Diabetes.

No dia 14 de novembro comemora-se o Dia Mundial da Diabetes, com o objetivo de sensibilizar para a problemática desta doença e para travar o crescimento imparável desta pandemia.

A diabetes é uma doença metabólica crónica caraterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue. Em muitos casos, a insulina é o melhor tratamento para a diabetes, permitindo normalizar os níveis de açúcar no sangue e, assim, prevenir complicações. Não obstante, muitas pessoas com diabetes têm ainda receio de iniciar insulinoterapia por desconhecimento da realidade, competindo às equipas de saúde desmontar os falsos mitos e crenças, que geram receios injustificados.

Se é um doente com diabetes e os seus níveis de açúcar estão a aumentar apesar de todos esforços realizados, a insulina poderá ser o melhor passo para tratar a sua diabetes. Vamos desmistificar…

Mito: Iniciar insulina significa que a diabetes se está a agravar, que não a soube controlar e que estou ser castigado

Realidade: Não. A diabetes é uma doença progressiva que ocorre quando o organismo não produz insulina em quantidade suficiente. Assim, é expectável que mais cedo ou mais tarde possa vir a precisar deste tipo de tratamento. A insulina é uma substância natural que o corpo saudável produz e que permite que os alimentos possam fornecer energia ao organismo. Se não se consegue controlar a sua diabetes com comprimidos, a insulina poderá ser a melhor opção.

Mito: As injeções de insulina são dolorosas e vão interferir com o meu dia a dia

Realidade: Muitos doentes ficam surpreendidos quando finalmente se apercebem do tamanho reduzido da agulha e que após algum tempo a administração de insulina se torna uma rotina como lavar os dentes.

Mito: A insulina causa dependência

Realidade: A insulina é uma substância natural de que o organismo necessita e não causa dependência. Nos diabéticos, o facto de iniciar insulina não significa que se vá iniciar uma dependência, nem que este tratamento seja necessário para sempre.

Mito: A insulina causa aumento de peso

Realidade: A insulina permite que o organismo utilize melhor a energia fornecida nos alimentos podendo causar ligeiro aumento de peso, aumento este sobretudo dependente do tipo de alimentação que tiver. Com a adoção de um plano alimentar adequado às suas necessidades e a prática regular de exercício físico, a quantidade de insulina necessária é menor, o ganho de peso é menor e pode ainda surpreender-se com a perda ponderal e a reversão da necessidade deste tipo de tratamento.

Sempre que surgir alguma dúvida ou receio, não hesite em contactar com o seu enfermeiro de família. Envie as suas dúvidas e sugestões para [email protected].

OPINIÃO - -
A gestão eficiente do tempo

Todos os colaboradores numa organização devem contribuir para executar a estratégia implementada, através de tarefas e procedimentos diários com o propósito de contribuir para uma melhoria contínua de todo o organismo devendo a estratégia ser eficiente e simultaneamente capaz de constituir uma mais valia para todos os seus membros.

Nas palavras de Dalai Lama “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.”

A gestão eficiente do tempo é também um dos requisitos para uma eficaz aplicação das técnicas de desenvolvimento pessoal, pois todos dispomos das mesmas horas por dia contudo nem todos as gerimos da melhor maneira sendo a ausência de uma gestão correcta do tempo e das prioridades um factor de desestabilização da aplicação das regras do marketing pessoal.

Definir de forma correcta as tarefas diárias a implementar, escritas se necessário for, pode constituir per si um guia para as actividades e tarefas verdadeiramente necessárias e prementes separando o acessório do essencial sendo que o objectivo é que sejam cumpridos os prazos, os compromissos assumidos no tempo oportuno constituindo assim uma contínua melhoria da concretização dos objectivos a curto, médio e longo prazo.

Segundo Pitágoras “Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo e bem feito.” Já Sêneca “Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida. Neste sentido, a organização diaria, bem como, o seu registo escrito são fatores importantes na gestão eficiente do tempo.

Podemos dizer que através da expressão escrita fica naturalmente um registo daquilo que cada um reflecte, pensa e supõe ser o mais apropriado para o momento presente e o futuro, podendo sempre medir a performance, a evolução e crescimento de cada um.

Tal como afirmou Arthur Schopenhauer “As pessoas comuns pensam apenas como passar o tempo. Uma pessoa inteligente tenta usar o tempo”. Assim, devemos usar o tempo para pensar, registar e implementar ações congruentes com os sonhos, as metas e objetivos previamente definidos.