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OPINIÃO -
Rastreio de Saúde Visual Infantil

Os problemas da visão são frequentes na infância e podem influenciar negativamente o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças. A sua deteção precoce permite, no entanto, um melhor prognóstico de sucesso do tratamento, sendo esta avaliação possível, atualmente, a partir dos 6-12 meses de idade.

O Rastreio de Saúde Visual Infantil, implementado nos Cuidados de Saúde Primários, destina-se a todas as crianças com 2 anos e 4 anos de idade. Este rastreio consiste na realização de um exame de foto-rastreio aos olhos da criança, de uma forma rápida, segura e inofensiva, utilizando uma tecnologia inovadora, que permite identificar os fatores de risco capazes de provocar ambliopia (o chamado “olho preguiçoso”).

As alterações da visão podem surgir em idades muito precoces, normalmente sem sinais nem sintomas clínicos, daí a extrema importância na adesão ao rastreio. Se não forem detetadas e tratadas atempadamente, há o risco de, mesmo corrigindo as alterações oculares, não ser já possível obter a melhoria da visão desejada, o que terá um grande impacto no desenvolvimento psicomotor e social da criança, com consequentes dificuldades na aprendizagem escolar e até limitações socioeconómicas importantes na idade adulta.

Através do exame de rastreio podem ser detetados problemas como a ambliopia (designação médica para a expressão “olho preguiçoso” e ocorre quando a visão num olho não se desenvolve de forma adequada), o estrabismo (defeito no alinhamento dos olhos, que condiciona de forma grave o desenvolvimento da visão), a miopia (quando a visão dos objetos distantes é desfocada e a dos objetos próximos é nítida), a hipermetropia (quando os objetos distantes são vistos de forma nítida e os objetos próximos de forma desfocada), o astigmatismo (quando a córnea não é perfeitamente curva e provoca uma visão desfocada ao perto e ao longe) e a catarata congénita/infantil (opacificação do cristalino – a lente natural do olho).

Tão importante quanto a deteção precoce destes problemas é a sua prevenção. Deixo-lhe por isso alguns cuidados que deverão ser implementados de forma a promover a saúde ocular da criança:

  1. Restringir o uso de ecrãs: equipamentos tecnológicos, como tabletes, telemóveis e computadores emitem uma luz prejudicial, motivo pelo qual deve limitar o seu tempo de utilização pelas crianças a um máximo de 45 minutos por dia.
  2. Adotar cuidados com o sol: as crianças devem passar algum tempo ao ar livre, nomeadamente pela estimulação luminosa, no entanto, os olhos delas são suscetíveis aos perigos dos raios UV. Por isso, nas horas mais críticas, os olhos devem estar protegidos com óculos de sol com elevado Índice de Proteção dos Raios UV.
  3. Adotar práticas saudáveis: Uma dieta equilibrada e exercício físico regular são essenciais para manter os olhos dos seus filhos saudáveis e com boa visão.

Os pais e outros agentes educativos podem também exercer um papel fundamental de vigilância da saúde ocular das crianças. Até aos dois anos, as crianças são ainda pequenas demais para se aperceberem e comunicarem que têm um problema de visão, pelo que é importante estar atento a situações/sinais de alerta. Mesmo em idade escolar, esteja atento a sintomas como:

  • Assimetria nos movimentos oculares (os olhos não mexem ao mesmo tempo);
  • Sensibilidade à luz;
  • Olhos lacrimejantes;
  • Embate frequente contra objetos;
  • Olhos franzidos ou a cabeça inclinada para um lado;
  • Esfregar os olhos frequentemente;
  • Segurar os objetos muito perto da cara;
  • Declínio repentino dos resultados escolares;
  • Desinteresse em participar em atividades;
  • Ver televisão muito perto do ecrã.

TERRAS DE BOURO -
Crianças das Oficinas de Trabalhos de Verão de Terras de Bouro visitaram exposição na Basílica de S. Bento da Porta Aberta

Nos dias 1 e 2 de Setembro, as crianças que frequentam as Oficinas de Trabalhos de Verão – no caso, de Moimenta, Rio Caldo e Vila do Gerês – promovidas pelo Município de Terras de Bouro e no âmbito do Projeto PNPG GO, visitaram uma exposição que a Irmandade de S. Bento da Porta Aberta apoiou e acolheu, tendo a mesma como objectivo «sensibilizar através mensagens e desenhos elaborados pelos meninos com referências ao difícil período que vivemos tão condicionados pela COVID 19».

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