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EDIÇÃO IMPRESSA -
«Nem acreditei quando me disseram que ia deixar de estar sozinho no comando»

Enfim, comandante. Aos 47 anos, Domingos Ferreira foi oficialmente nomeado pela Direcção dos Bombeiros de Amares como primeiro comandante, depois de o anterior líder da corporação, António Gonçalves, que há muito está afastado, ter atingido o limite de idade. Nos galões leva 30 anos de bombeiros, quase 10 deles como único elemento de comando da corporação, divididos em dois momentos, entre 2007 e 2015 e entre 2019 e 2021. Em entrevista ao jornal “O Amarense”, Domingos Ferreira considera que a nomeação «é o reconhecimento de alguém que esteve à frente do corpo activo durante muitos anos sozinho e que aguentou o barco até onde pôde».

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OPINIÃO -
Dos cenários de guerra ao combate à pandemia: uma história que se escreve com “E” de Enfermagem

Opinião de Gonçalo Alves

 

Celebra-se a 12 de Maio o Dia Internacional do Enfermeiro, um dia no ano para reconhecer o valor de tantos homens e mulheres que trabalham abnegadamente em prol do outro, contribuindo ativamente para a comunidade envolvente, salvando vidas, promovendo saúde, cuidando, formando, prevenindo.

Esta data – 12 de maio – foi escolhida pelo Conselho Internacional de Enfermeiros por assinalar o aniversário de nascimento de Florence Nightingale (1820-1910), que é considerada a fundadora da enfermagem moderna. Nightingale destacou-se enquanto enfermeira-chefe durante a Guerra da Crimeia (1853), reconhecendo-se igualmente a importância do seu trabalho na profissionalização da enfermagem, especialmente para as mulheres. Em 1860, ela fundou a Escola de Enfermagem do Hospital St. Thomas em Londres, lançando assim as bases da enfermagem profissional, tal como a conhecemos hoje. Reconhecem-se a Nightingale outros contributos para reformas sociais relevantes no seu tempo, como a melhoria da assistência de saúde para todos os setores da sociedade britânica, o combate à fome na Índia, a abolição das leis de prostituição consideradas severas para as mulheres, e a defesa de formas aceitáveis de participação das mulheres no mercado de trabalho. 

Inspirando-se na e homenageando a vida e obra de Florence Nightingale, o Dia Internacional do Enfermeiro visa homenagear todos os enfermeiros do mundo e recordar a relevância destes profissionais ao nível da prestação de cuidados de saúde às populações.

É sabido que sou enfermeiro e filho de enfermeira. Foi de resto a entrega e paixão da minha mãe pela profissão que me fez querer desde cedo abraçar esta missão maior que é a Enfermagem. Hoje tenho a honra de representar os meus colegas junto dos órgãos de gestão e de poder nessa condição dar o meu humilde contributo para um reconhecimento cada vez mais justo e expressivo do valor dos enfermeiros. E é também nessa condição que o leitor me dará a liberdade de, neste espaço, homenagear os meus colegas de profissão e em particular aqueles que diretamente trabalham comigo no ACES Gerês-Cabreira.

Não quero ser redundante na referência à pandemia COVID19, mas ela veio confirmar a minha certeza de que temos uma equipa extraordinária, pronta, capaz e competente. Têm sido tantos e tão intensos os nossos desafios no último ano e vocês têm estado sempre à altura. Talvez isso não seja percetível para a população em geral, mas eu sei o quanto têm (temos!) sacrificado as vossas famílias, as vossas férias, as vossas refeições. Recebemos novas diretrizes diariamente e fizemos no último ano mais adaptações e restruturações ao nosso trabalho do que provavelmente em toda a nossa vida profissional: nos métodos, nos horários, no volume e nas condições de trabalho. E cá estamos nós, mais uma vez, a protagonizar a esperança de um povo neste complexo e exigente processo de vacinação covid. Eu tenho muito orgulho nesta Equipa. Tenho em cada um dos meus colegas um exemplo. E sendo óbvio que não precisávamos de uma pandemia para mostrar o nosso valor, o certo é que estivemos à altura, temos superado as provas sucessivas e vamos certamente continuar a fazê-lo. A todos e todas vocês o meu muito obrigado!