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TERRAS DE BOURO - -
Turismo e “construção de edifício” na Vila do Gerês foram os temas de maior discussão na Assembleia Municipal de Terras de Bouro

O Turismo e a obra referente à construção de um edifício na Avenida 20 de Junho, na Vila do Gerês, foram os assuntos que mereceram maior atenção na primeira sessão ordinária de 2020 da Assembleia Municipal de Terras de Bouro, que teve lugar esta sexta-feira, 7 de Fevereiro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

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OPINIÃO - -
Economia Circular – não estraguem tudo, pá!

É quase inspiradora a citação do famoso e controverso escritor do séc. XIX, Oscar Wilde, quando pressagiava que o tempo permitia a realização de utopias. Infelizmente, comunicação e criação de verdades estão, nos dias de hoje, cada vez mais de mãos dadas e a utopia é vendida ao desbarato sem pudor nem constrangimento.

O tema Economia Circular merece esta reflexão, na medida em que se tornou célebre – e até sexy – usar o conceito para merecer atenção e aplauso. Temo que não tarde muito para que esta interessante concepção se torne banal e descredibilizada, por entre as festas e as feiras.

Quando falamos de Economia Circular, do que estamos a falar? É sabido que o mérito desta corrente emerge de um problema global. A crescente escassez dos recursos naturais no mundo, o aumento dos índices de poluição nos rios e nos mares, dos resíduos que se acumulam nos aterros sanitários, não são mais do que fruto do modelo económico linear, que não cuida dos limites ambientais do planeta. Ou seja, tudo é produzido a partir das matérias primas, para ser consumido rapidamente e jogado no lixo.

Nos dias de hoje quase tudo o que é extraído da natureza acaba transformado em lixo e é continuamente substituído por mais produção, com cada vez menos sustentabilidade e possibilidade dos ecossistemas recuperarem o seu equilíbrio.

Mas não terá a natureza do planeta outro sentido? Desde criança que oiço: “na natureza, nada se perde, tudo se transforma”. Na verdade, o que nasce, depois de morrer transforma-se em energia devolvida ao ambiente. Então como ficamos?

O que a Economia Circular propõe é deveras desafiante. O conceito desafia quem produz a projetar mais do que um ciclo de vida para os seus produtos, por forma a que estes reentrem na cadeia de valor depois de consumidos. O propósito visa diminuir drasticamente os resíduos, recuperar os ecossistemas e rentabilizar os recursos e materiais. É dentro deste conceito que entram as energias limpas, ou fontes de energia renováveis.

Ou seja, a causa é nobre, primordial… e é por isso que o seu uso propagandístico é redutor e irresponsável!

Há hoje uma grande falta de noção e despudor quando se usa e abusa de um conceito – que é fundamental para a educação das próximas gerações -, sem que sejamos capazes de dar um bom exemplo nas atitudes e prioridades enquanto gestores.

É muito importante introduzir os valores ambientais, a defesa dos recursos naturais, a rentabilização das energias, de uma forma pedagógica, continuada, coerente e consistente. Vamos ser sérios e construir desde hoje – com mais atitudes e menos propaganda – hábitos, processos e normas que nos conduzam amanhã ao tal futuro mais sustentável.

OPINIÃO - -
Violência no namoro! Prova de Amor? Não, Prova de desamor!

Artigo de Alice Magalhães

 

“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.”

Jean-Paul Sartre

O estudo nacional sobre a Violência no Namoro 2019, que a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) tem vindo a realizar nos últimos anos, refere dados preocupantes:

-o número de jovens, que namoram ou já namoraram, e diz ter sofrido pelo menos uma forma de violência por parte do companheiro ou ex-companheiro é de 58% (valor superior ao estudo de 2018, 56%), e

-a quantidade de jovens que entendem as práticas violentas como naturais são 67% no inquérito deste ano, quando no ano passado eram 68,5%.

A violência no namoro, enquanto forma de violência no contexto da intimidade, não difere substantivamente daquela que pode acontecer no decurso das relações conjugais, e como tal, é punida enquanto crime de violência doméstica (artigo 152.º do Código Penal).

A Violência Doméstica representa uma grave violação dos direitos humanos. A Organização Mundial de Saúde (OMS/ 2005), encara a Violência Doméstica como um problema de saúde pública, pelas consequências graves, imediatas ou não, que origina ao longo da vida. Portugal, a partir de 2000, considera a Violência Doméstica um crime público (Lei 7/2000).  No entanto, Já Agudelo (1990), afirma que embora a violência não seja um problema específico da área da saúde, afeta a saúde, pois “representa um risco maior para a realização do processo vital humano: ameaça a vida, altera a saúde, produz enfermidade e provoca a morte como realidade ou como possibilidade próxima”.

COMO SE PODEM MANIFESTAR AS FORMAS DE VIOLÊNCIA NO NAMORO?

Violência Física. Por exemplo, quando o/a teu/tua namorado/a te empurra, te agarra ou prende, te atira objetos, te dá bofetadas, pontapés e/ou murros, ameaça usar a força física ou a agressão.

Violência Sexual. Quando o/a teu/tua namorado/a te obriga a praticar atos sexuais (sexo anal, sexo oral e/ou vaginal), mesmo quando não queres, te acaricia (ou força carícias), sem que queiras, entre outras.

Violência verbal. Por exemplo, quando o/a teu/tua namorado/a te chama nomes e/ou grita,

te humilha, através de críticas e comentários negativos (ex.: “Não vales nada.”), te intimida e ameaça.

Violência psicológica. Quando o/a teu/tua namorado/a parte ou estraga os teus objetos ou roupa, controla a tua maneira de vestir, controla o que fazes nos tempos livres e ao longo do dia, te liga constantemente ou envia mensagens, ameaça terminar a relação como estratégia de manipulação, por exemplo.

Violência Social. Quando o/a teu/tua namorado/a, te humilha, envergonha ou tenta denegrir a tua imagem em público, especialmente junto dos teus familiares e amigos, mexe, sem o teu consentimento, no teu telemóvel, nas tuas contas de correio eletrónico ou na tua conta do Facebook, te proíbe de conviver com os teus amigos e/ou com a tua família, entre outras.