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OPINIÃO -
Dia Mundial da Saúde em Tempo de Pandemia

No passado dia 7 de abril, assinalou-se o Dia Mundial da Saúde. Uma data que se assinala globalmente desde 1950, por iniciativa da OMS, com o intuito de despertar a reflexão para temas relevantes de e para a saúde, e também assim aumentar os níveis de literária em saúde das populações, bem como promover hábitos de vida saudáveis. 

Em Portugal, todos os anos, o Conselho Nacional de Saúde sugere um tema de reflexão e o Dia Mundial da Saúde é assinalado um pouco por todo o país com inúmeras iniciativas públicas, como exposições, debates, palestras, congressos e programas televisivos. 

Para o Dia Mundial da Saúde 2020, decorria já a iniciativa “Uma Agenda da Juventude para a Saúde na próxima década”, em parceria com o Conselho Nacional da Juventude, a Direcção Geral de Educação e outras entidades e parceiros, com o objetivo de promover o envolvimento das crianças e jovens na reflexão sobre a sua saúde e bem-estar físico e mental. Uma aposta a meu ver certeira, porque o que entendemos hoje por saúde é muito mais do que apenas combater doenças, é um conjunto de hábitos e atitudes a implementar desde a mais tenra idade, numa lógica de prevenção da doença e, perdoem-me a redundância, promoção da saúde. 

Sucede que o Dia Mundial da Saúde em 2020 acabou irremediavelmente marcado pela pandemia COVID-19. De forma irónica, mas não menos pertinente, não assinalámos a data com congressos, debates ou programas televisivos ao vivo. Fomos antes convidados a ficar em nossas casas, protegendo-nos e aos que nos rodeiam da ameaça deste vírus. Mas talvez de forma mais consciente e consistente do que nunca, neste Dia Mundial da Saúde, pensámos em saúde e adotámos as posturas que tantas vezes nos recomendavam as entidades de saúde e, por força da correria do dia-a-dia, das prioridades do trabalho, acabávamos por negligenciar. 

No combate à Pandemia, os portugueses têm sido, na generalidade, exemplares no cumprimento do que lhes foi sendo pedido pelas entidades competentes, almejando- se o tão desejado “achatamento da curva”, ou seja, uma atenuação do número de casos de pessoas infetadas no mesmo momento, salvaguardando assim a capacidade de resposta do Sistema Nacional de Saúde. Um sinal de esperança, sem dúvida, mas de longe uma garantia de que o problema está sanado. Pelo contrário, parece-me bastante oportuna a expressão popular de que “a procissão [neste caso a pandemia e os seus efeitos] ainda vai no adro”. Por isso, num momento em que já se fala de desconfinamento, não posso deixar de apelar à serenidade e consciência de todos: 

– mantenha redobrados cuidados de higienização;
– guarde a necessária distância física dos outros;
– utilize sempre máscara e promova o seu uso por quem o rodeia;
mantenha o confinamento, ou seja, “fique em casa”, saindo apenas para o estritamente necessário;
– evite espaços fechados e aglomerados de pessoas, que, aliás, ainda não estão permitidos;
– antes de se deslocar ao centro de saúde, contacte o seu médico ou enfermeiro de família por telefone ou correio electrónico.

Em caso de sintomas (como febre, tosse ou dificuldade respiratória), contacte imediatamente o seu centro de saúde ou a Linha Saúde 24, evitando sair de casa ou deslocar-se ao centro de saúde ou hospital, sem que para tal tenha uma orientação clara dos serviços.
Envie as suas dúvidas e [email protected]. 

EDIÇÃO IMPRESSA -
Presidente dos Bombeiros de Amares muito crítico com a Câmara Municipal: «Sentimo-nos abandonados e entregues à nossa sorte»

O Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Amares, onde há dois operacionais infectados com Covid-19, mostra-se «muito preocupado» com o futuro da corporação e acusa a Câmara Municipal de «ter ignorado os Bombeiros» desde que começou a pandemia Covid-19. «Sentimo-nos abandonados e entregues à nossa sorte», diz José Gonçalves.

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OPINIÃO -
A todos aqueles que estão em casa 

Opinião de Bruna Silva

 

Não há dúvidas de que a pandemia tem trazido alterações significativas a todas as pessoas. Falo para os pais que se dividem entre teletrabalho e crianças em aulas virtuais; para os avós, a quem lhes é negada a visita dos netos e filhos; aos atletas, que alteraram a sua rotina para um treino em casa. Há fases difíceis e esta é, com certeza, uma delas, e pode conduzir a desmotivação, isolamento e exclusão social. Aguardamos, (im)pacientemente, o instante em que nos liberam as saídas, mas é importante não esquecermos que o que vivenciamos agora poderá ter consequências para a nossa vida futura. Considero que temos vindo a percorrer um caminho que, embora lento, nos impulsiona para a perceção da saúde mental. Mas há sempre mais a fazer. E é sobre algumas dessas ações, e para os jovens e os seus pais, que dirijo as próximas palavras. 

Às vezes parece-nos que qualquer pessoa no mundo está a tirar melhor proveito deste momento do que nós próprios: está a aprender receitas novas, o trabalho está a ter mais rendimento, já leu um número incontável de livros, etc. Bem, é importante não nos esquecermos que os momentos de bloqueio, de nostalgia, de zanga, não são os que são transmitidos nas redes sociais. A utilização destas plataformas está, precisamente, associada a sentimentos de solidão e redução de bem-estar. Não estou a dizer para nos abstermos destas redes, apenas para reduzirmos o tempo de ecrã e darmos preferência a formas ativas de comunicação à distância. De preferência, partilha a tua experiência com amigos, com certeza encontrarás compreensão. Às vezes, também pode acontecer dares por ti a sentires-te só: tenta perceber se isso não se deverá ao facto de que estamos, realmente, em isolamento, ou se é uma sensação que já existia antes. Pode ajudar começares um diário, escreveres coisas positivas tuas, das pessoas que te rodeiam e do mundo, iniciares uma lista de desejos ou do que gostavas de empreender na próxima semana. Isto irá ajudar-te a organizares melhor o teu tempo, a reduzir o tal tempo de ecrã e, cereja no topo do bolo, a monitorizares o teu estado emocional, que é tão importante! Por outro lado, tenta diversificar as tuas atividades ao longo do dia. Um dia passado em frente à televisão é prejudicial na medida em que todos os dias se assemelham idênticos e intermináveis. Atividades de lazer são imprescindíveis e, na realidade, têm até um impacto positivo no teu desenvolvimento, por isso, quanto mais e diferentes, melhor! É natural que te pareça que a criatividade te foge (a ansiedade é fator preponderante), mas tenta dizer a ti mesmo que não há problema e concentra-te naquilo que está ao teu alcance. Há dias melhores e piores. Lembra-te de todas aquelas vezes que parecia não haver nada a fazer e, ainda assim, conseguiste pensar numa solução. 

BRAGA -
“Aqui dentro até se ouvem os passarinhos”. Pequenos centros comerciais de Braga desesperam por reabrir

Os comerciantes dos pequenos centros comerciais de primeira geração, que inauguraram a época dos grandes espaços de comércio em Braga, esperam que Ricardo Rio, o presidente da autarquia, consiga “mover as suas influências” e convença o Governo a permitir a sua reabertura ainda antes dos outros, os “grandes”, os “novos”.

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