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OPINIÃO -
Sabia que as multas por falar ao telemóvel a conduzir vão custar o dobro?

A grande maioria das multas atualmente passadas pelas autoridades são referentes ao uso do telemóvel durante a condução. De acordo com um estudo, usar o telemóvel enquanto se conduz multiplica o risco de acidente por 23 e 31% dos portugueses admite enviar e ler SMS enquanto conduz.

Está aí a chegar a nova versão do Código da Estrada e o valor das multas ao telemóvel duplicarão o seu valor. O condutor poderá também perder mais três pontos na sua carta de condução.

A proposta de decreto-lei está pronta a ser aplicada e define coimas entre os 250 e os 1250 euros. De relembrar que o atual código da estrada prevê coimas entre os 120 e os 600 euros.

Neste novo conteúdo legislativo, pode ler-se ainda que “atenta a crescente causa de sinistralidade rodoviária por utilização ou manuseamento continuado de aparelhos radiotelefónicos e similares durante a marcha do veículo, sanciona-se de forma mais gravosa a utilização ou o manuseamento, durante a marcha do veículo, daqueles aparelhos, com vista a dissuadir estes comportamentos de risco.”

Deixo agora ao leitor do Amarense os motivos pelos quais teremos este agravamento:

– Diminuição da capacidade de vigilância e dispersão da atenção;

– Durante os primeiros cinco minutos de conversação, a probabilidade de ter um acidente é seis vezes maior;

– Aumento da dificuldade em descodificar e memorizar sinais, perdendo informação essencial para uma condução segura;

– Descuido das regras de cedência de passagem nos cruzamentos e entroncamentos;

– Perda da noção da distância de segurança em relação ao veículo da frente, sendo difícil de ajustá-la consoante o trânsito;

– Abandono dos sinais de mudança de direção, o que pode ser perigoso tanto para o condutor como para os outros utentes da via;

– Má avaliação da velocidade;

– Redução do campo de visão;

– Tendência para não parar nas passagens de peões;

– Aumento do stress por atender ou telefonar;

De facto, com os fatores enunciados, temos de concluir que o uso do telemóvel durante o exercício da condução é efetivamente um grande risco para a nossa vida e integridade física, mas também para os outros.

Vamos todos cumprir, por nós e por todos, pela vida!

OPINIÃO -
Bombeiros e Município: Uma história de relações!

As relações humanas são um eterno mistério!

No mundo da política é frequente as relações pessoais e de grande confiança influenciarem as decisões políticas e institucionais e nem considero que isso seja sempre mau. O que já não é aceitável é que alguém que detenha grandes responsabilidades institucionais se deixe capturar pela fácil reação de eventuais más relações pessoais.

Sem indiretas e falsos moralismos, vêm-me à cabeça os mais recentes problemas que opõem a Direção dos Bombeiros Voluntários de Amares e o Município, com uma troca de acusações em público que pouco dignificam as instituições envolvidas.

É sabida a boa relação pessoal existente entre os líderes das duas instituições. Também é conhecida a ampla e saudável colaboração que, também fruto dessa relação, as duas entidades vão mantendo. 

Mas o que se passa agora?

Sem querer atribuir culpas a qualquer das partes, a única verdade que é inquestionável é a de que a obrigação de qualquer representante institucional é manter a urbanidade a leal cooperação institucional, independentemente de gostar mais ou menos do seu interlocutor. 

As relações institucionais nunca podem ser prejudicadas por fatores alheios à história e vida das instituições, muito menos, qualquer protagonista tem o direito de usar a instituição que representa para acertar contas pessoais, mal resolvidas.

Já vi grandes organizações serem representadas por grandes gestores e estrategas, mas que não sabiam atuar e estar no seu ecossistema político, com danos irreparáveis para a imagem pública dessas organizações.

Também aqui é crucial ter um perfil adequado e não é preciso ser um expert das relações públicas, para se perceber que quando representamos uma instituição – seja ela pública ou privada – há duas regras de ouro que não podemos nunca esquecer: 1º A representatividade que nos é conferida é temporal e não nos pertence. Nem a representatividade nem a instituição; 2º Qualquer instituição que representemos tem um determinado papel e é a esse que estamos confinados. Qualquer intromissão em entidade alheia é uma ingerência inaceitável e imoral. 

Apague-se o que de mal correu até agora e relativize-se os “ditos”, porque se há coisa que já aprendi na política é a de que há a verdade a defender, mas há uma boa percentagem dessa verdade que pode não o ser.

Lembro-me sempre de uma célebre frase um estadista britânico, que afirmava que uma mentira dá rapidamente a volta ao mundo, sem que a verdade tenha tempo de se vestir.

Pois é tempo colocar pés ao caminho. Há uma obrigação a cumprir que é de bem representar as entidades. Não é aceitável que duas organizações desta importância não falem há meses, principalmente num momento tão delicado como o que vivemos. A comunicação entre as partes é essencial para limar arestas, flexibilizar posições e (re)começar a trabalhar. Toca a engolir o ego, se fazem favor!

Aproveito para desejar a todos os leitores um Natal em harmonia familiar. Com saúde e muita sorte, pois são ambos muito preciosos nos tempos que vivemos.

Um abraço fraterno!

OPINIÃO -
De Madrasta a Mãe: uma história de vida

Artigo de Sara Diana Silva

 

Um dia, dei por mim, muito irritada, a corrigir o meu pai, dizendo-lhe, como se ele tivesse ofendido alguém: “Não lhe chames madrasta. Ela é uma ‘boadrasta’ e eu gosto muito dela.”

O substantivo “madrasta” consta do dicionário do diabo. Assemelha-se a um tabu, pois ninguém o quer usar e todos fingem não o conhecer. As crianças apelidam-nas “namoradas do pai”, mas não “madrasta”: ninguém se atreve a usar esse nome feio. A sua presença implica a ausência materna, seja por morte, abandono ou, até, pela dissolução da imagem de família idealizada, o que também dificulta o embelezamento do conceito de uma “substituta”. Quando é que elas se vão revoltar?

Existe uma inegável conotação negativa associada ao termo e prova disso é que, quando alguém diz “A vida foi muito madrasta para ele”, quer vincar o que está certo: a vida foi mesmo dura. Os dicionários da língua lusa explicam que este conceito, além de significar “mulher em relação aos filhos anteriores do companheiro”, pode também representar o adjetivo “cruel”. 

Crueldade, porém, é o que nós fazemos com as madrastas, pobres coitadas. Os provérbios portugueses também não ficam atrás, quando dizem que “Sogra e madrasta, só o nome basta”. Alguns contos populares ensinam-nos que as madrastas são criaturas do mal e da maldade – A Branca de Neve quase viu o seu coração arrancado e A Gata Borralheira foi até escravizada. Destas histórias, o ensinamento mais certo é: fugir das madrastas a todo o custo. 

No dia 3 de agosto de 2019, o jornal Expresso publicou uma notícia, afirmando que os “Portugueses são os europeus que mais se divorciam”, sendo esta a realidade para muitos jovens. As ideias pré-concebidas dos contos poderão dificultar uma relação saudável, pois os mais novos não se vão deixar iludir como a Gata Borralheira. É importante deixar trancada numa gaveta, a sete chaves, a ideia “quadrada” de que a madrasta tem a única função de substituir a mãe. Seria mais fácil se os enteados as incluíssem na sua lista de amigos. Na verdade, não nos podemos esquecer ainda de que a própria madrasta dos contos de fadas pode ter tido a sua própria madrasta cruel e apenas precisaria da ajuda de um bom psicólogo. Ninguém se lembrará disto, mas convém ensinar às crianças e aos jovens a ajudar o outro, em vez de o recriminar cegamente.

Se caracterizassem num conto a morte da madrasta bondosa como algo desolador e lamentável, em que o pai está triste e a casa num silêncio perturbador, talvez se aprendesse que as madrastas também fazem falta. Será que se quer incutir a ideia de que a mulher digna, viúva, não pode ter outro homem além do ex-marido, sendo logo rotulada de mulher de (má) vida?

A realidade presente é a que mais me importa agora: ver, no nosso sofá, o meu pai, em paz serena, nos braços da minha madrasta, não podendo eu estar mais feliz por sentir que ele também está realmente bem.

OPINIÃO -
Amigos, amigos, covid à parte

É com uma certa consternação que volto ao tema da pandemia nesta coluna de opinião, mas enquanto enfermeiro não posso ignorar a responsabilidade especial que me cabe na promoção de comportamentos de saúde informados e responsáveis por parte dos meus estimados leitores.

Já ninguém ignora que estamos em plena segunda vaga de infeções por COVID-19 e que os números recentes ultrapassam já em larga medida os registados nos primeiros meses do ano. Temos mais novas infeções por dia, mais doentes em cuidados intensivos e mais mortes a lamentar.

O confinamento e as demais medidas implementadas no contexto do estado de emergência decretado em março, permitiram o tão desejado achatamento da curva, ou seja, que a evolução do número de infeções e a necessidade de camas hospitalares para o respetivo tratamento não ultrapassasse o número de camas disponíveis, o que redundaria num colapso do sistema nacional de saúde e na consequente perda de vidas. A resposta dos portugueses aos apelos lançados nessa fase foi extraordinária e os efeitos foram bastante positivos e encorajadores, ao ponto de termos sido dados como exemplo noutros países da Europa.

Sucede, porém, que o confinamento é uma dinâmica antinatural para os seres humanos, no geral, e para o povo português, em particular. Somos um povo de afetos, de partilha e de confraternização. Por tradição, juntamo-nos. Juntamo-nos para celebrar. E juntamo-nos para atenuar momentos de dor. E como “a sede de uma espera só se estanca na torrente”, fomos viscerais e gregários no nosso desconfinamento. Acreditámos (percebe-se hoje que cedo demais) que tudo tinha ficado bem, tal como tantas vezes e com tanta força tínhamos desejado. Ao mesmo tempo fomos descobrindo um pouco mais acerca do vírus e agarrámo-nos à parte melhor dessas evidências, por exemplo, à de que há uma grande franja de assintomáticos, pessoas que, sendo portadoras do vírus, pouco ou nada sofrem com ele. Fomos otimistas pensando que a sorte nos incluiria nessa categoria. Voltámos por isso a juntar-nos para partilhar alegrias e dores. E o resultado disso é o aumento exponencial de casos identificados de COVID que temos testemunhado. 

No passado 14 de outubro regredimos ao estado de calamidade e a 31 de outubro novas medidas restritivas foram decretadas pelo Conselho de Ministros, estando em discussão a hipótese de um novo confinamento. Para que tal não aconteça, ou para que um novo estado de emergência seja o menos restritivo possível, o que nos é pedido, no imediato, é o cumprimento escrupuloso destas cinco regras simples:

  • distanciamento físico de pelo menos 2 metros entre pessoas;
  • uso obrigatório de máscara em espaços fechados e ao ar livre, sempre que não esteja assegurado o referido distanciamento;
  • etiqueta respiratória, que passa por tossir ou espirrar para dentro do cotovelo, um cuidado que deve ter mesmo com máscara;
  • lavagem e desinfeção frequente das mãos;
  • instalação e utilização, nos telemóveis que o permitam, da aplicação StayAway COVID.

Algumas vozes críticas têm surgido face a estas medidas, nomeadamente considerando-as inconstitucionais e lesivas da liberdade individual, porém convém não esquecer que as medidas preconizadas surgem num contexto extremamente excecional, onde outros valores e direitos fundamentais, como o direito à saúde e à vida, estão igualmente ameaçados. É certo que durante mais algum tempo será necessário adiar as confraternizações e reinventar as relações familiares e de amizade, em prol da garantia de que estaremos cá todos, com os nossos, quando tudo isto passar.

Tal como preconiza a Direção-Geral de Saúde, devemos todos ser agentes de saúde pública, lembrando sempre que “Cuidar de Si é cuidar de Todos”.

OPINIÃO -
Formula 1, ondas da Nazaré e proibição de direitos fundamentais…. Terá a incoerência danos?

Opinião de Mário Paula

 

É factual que a situação pandémica em Portugal avança negativamente de dia para dia. 

Recentemente, fomos bombardeados, pelas redes sociais e imprensa, com imagens do grande prémio de Formula 1 no Algarve e das já mundialmente aclamadas ondas da Nazaré.

Ao mesmo tempo, faziam-se ouvir vozes críticas à controversa proibição de circulação entre concelhos de 30 de outubro a 3 de novembro, limitando liberdades individuais constitucionalmente consagradas.  O que terão estes três acontecimentos em comum? A incoerência, pois está claro.

As imagens de aglomerados de multidões, sem o devido distanciamento, no Grande Prémio e no aclamado Canhão da Nazaré, causam enorme dano na opinião pública. Podem, consequentemente, levar a comportamentos de desvalorização da situação pandémica pelos menos resignados, sobretudo dada essa efetiva incoerência das mensagens transmitidas pelas autoridades competentes.

É sabido que, em condições normais, o Autódromo Internacional do Algarve poderia ter cerca de noventa mil espectadores. Dadas as medidas restritivas da atualidade, o limite seria de “APENAS” vinte e sete mil e quinhentas pessoas. Em suma, este evento foi autorizado com a lotação de quase trinta mil pessoas, para satisfação de interesses económicos e financeiros adjacentes ao evento de dimensão mundial. Seria algo perfeitamente normal e compreensível, se milhares de avós não estivessem privados de verem os seus netos e entes queridos, se os profissionais de saúde e demais profissionais da “linha da frente” não estivessem exaustos na luta contra este inimigo invisível, se o futebol de formação não estivesse arredado dos relvados desde Fevereiro, se os profissionais de espetáculos e divertimentos noturnos não estivessem abandonados e arredados de exercer a sua profissão,  se um estádio de futebol com capacidade para 65 mil pessoas não estivesse proibido de receber um único adepto, se de 30 de Outubro a 3 de Novembro não nos tivesse sido “recomendada” a permanência na nossa residência e posteriormente o confinamento parcial de 121 concelhos, incluindo Amares. Seriam muitos outros “Se” …

Quem poderá julgar as multidões que espontaneamente se aglomeraram no canhão da Nazaré, não estaria presente a ideia de: “Se ainda no fim de semana anterior estavam vinte e sete mil na Formula 1 em Portimão…” 

Sem querer defender o “certo e o “errado”, entre os quais atualmente se traça uma linha muito ténue, a única coisa que me cruza o pensamento é somente: incoerência. 

OPINIÃO -
Invasão de boys & girls

O governo chegou a um consenso junto das associações de municípios e de freguesias para avançar com um novo mecanismo para aumentar o número de freguesias, e, que iria em breve entregar uma proposta de lei no Parlamento. De acordo com as regras pensadas pelo Executivo socialista, este diploma pode resultar na criação de 600 novas freguesias, como retificação de pontuais incorreções efetuadas por Miguel Relvas durante o governo de Passos Coelho em 2013, onde se procedeu à extinção de 1168 freguesias. O governo pretendia avançar com as alterações ao mapa administrativo do país antes de outubro de 2021. O presidente da república, não aceita mexida nas freguesias em véspera de eleições, por considerar que uma reforma a menos de 8 meses da convocação de eleições locais é sempre visto como um gesto de campanha eleitoral. Tema que gerou inúmeras críticas, devido a uma potencial invasão de boys e girls partidários aos novos cargos e gerar dúvidas sobre os vencimentos dos ocupantes deste cargo.

Em 2012, Portugal era composto por 4260, atualmente existem 3091 freguesias (Na região autónoma dos Açores a freguesia de Corvo é considerada para efeitos estatísticos pelo INE, contudo ela não existe, legalmente, como órgão oficial). O distrito de Braga no plano de reforma da administração local de 2013 implicou a maior redução de freguesias, num total de 168. Em meados da década de 1830, o concelho de Amares englobava 12 freguesias, 1 com sede em Amares e 11 – Besteiros; Caires; Caldelas; Carrazedo; Dornelas; Ferreiros; Figueiredo; Fiscal; Prozelo; Sequeiros e Torre. Por decreto de 1895 foi extinto o concelho de Terras de Bouro, sendo 11 das freguesias que o compunham integradas no concelho de Amares. Por decreto de 1898 foi restaurado o concelho de Terras de Bouro e respetivas. 

No início de 2013, o concelho de Amares englobava 24 freguesias e Terras de Bouro 17. Pela Lei nº11-A/2013 de 28 de janeiro, o concelho de Amares passou a englobar 16 freguesias e Terras de Bouro 14 freguesias. Número de eleitores no concelho de Amares (17412) e Terras de Bouro (6774) em 31 dezembro de 2019 estavam distribuídos da seguinte forma:

Barreiros – 703; Bico – 712; Caires – 803; Carrazedo – 707; Dornelas – 506; Fiscal – 637; Goães – 548; Lago – 1744; Rendufe – 1026; Bouro (Santa Maria) – 718; Bouro (Santa Marta) – 463; UF Amares e Figueiredo – 2549; UF Caldelas, Sequeiros e Paranhos – 1063; UF Ferreiros, Prozelo e Besteiros – 4142; UF Torre e Portela – 554; UF Vilela, Seramil e Paredes Secas – 537.

Balança – 327; Campo do Geres – 172; Carvalheira – 332; Covide – 330; Gondoriz – 291; Moimenta – 723; Ribeira – 223; Rio Caldo – 822; Souto – 485; Valdosende – 578; Vilar da Veiga – 1139; UF Chamoim e Vilar – 418; UF Chorense e Monte – 582; UF Cibões e Brufe – 352.

O concelho de Amares em 2019 contava com 18129 habitantes sendo que a proporção de população com mais de 65 anos correspondia a 19,11%, Terras do Bouro com 6361 habitantes e uma proporção de 27,01% na população com mais de 65 anos. Entre 2011 e 2019 o peso da população com mais de 65 anos aumentou de 19,04% para 22,15%. Em 145 municípios (47,1% do total) um em cada quatro habitantes é idoso. Nos últimos anos registou-se um menor afluxo de imigrantes e um aumento da emigração, o número de concelhos em que mais de 25% dos residentes têm mais de 65 anos aumentou de 107 para 145.

Afinal para que quer o governo implementar mais freguesias se não cuidam da população, das localidades, permitem a desertificação e pretendem gastar mais dinheiro do Estado?!

“Para ser um partido de Poder, não é necessário ser partido de Governo – basta ser indispensável nas decisões de fundo.”

OPINIÃO -
Tempos difíceis, exigem criatividade…

Podemos definir criatividade como a habilidade de idealizar e obter ideias diferentes, procurando formas e formatos diferentes de concretizar um objetivo ou um propósito. Assim, a criatividade proporciona formas alternativas, rápidas, fáceis e eficientes de cumprir uma meta ou objetivo. 

A criação de novas ideias e construtos mentais, assumem, na sua generalidade, um pensamento divergente e disruptivo e numa perspetiva de “destruição criativa” de ideias pré-concebidas procurando uma nova construção mental e alternativa. Neste sentido, o ato de inventar contribui para procurar um caminho novo, uma nova perspetiva, uma visão e uma estratégia diferente, que consiga acrescentar valor e obter sucesso.

Algumas das técnicas criativas são: 

O brainstorming; técnica de produção de ideias, avaliação das mais relevantes e registo das mesmas, com a respetiva organização e finalidade;

O brainwriting; consiste na identificação do tema central por parte do responsável, os participantes acrescentam as suas ideias, escrevendo-as, o responsável recolhe todas as ideias que serão discutidas em grupo, organizando as melhores para a resolução do problema.

A técnica da construção de cenários; reside na identificação de estratégias procurando potenciar os pontos fortes de uma empresa ou organização, maximizando as oportunidades de desenvolvimento e sustentabilidade organizacional.

A técnica dos dois hemisféricos cerebrais; ajuda a potenciar todo o potencial humano, identificando as pessoas criativas, gerar novas e relevantes ideias e partilhá-las, promovendo a co-criação e sinergia conjunta das pessoas envolvidas.

 A técnica da intuição consciente; que consiste no fato de relaxar, fechar os olhos e imaginar cenários de resolução dos problemas, da forma mais detalhada possível, registar as soluções imaginadas, podendo desta forma encontrar as soluções.

 A técnica do mapa mental; reside no registo do problema no centro de uma folha, desenhar diversas linhas com palavras-chave como “objetivos”, “benefícios” desenvolvimento” “técnicas” e “valores” seguidamente, a ideia central é gerar ideias em torno das palavras-chave, estabelecendo relações com cada uma delas, avaliando a consistência e aplicabilidade.  

A técnica da descontinuidade tem como propósito uma mudança forçada de hábitos para que a mente passe a ver a realidade de outro ângulo, como deixar o automóvel em casa e deslocar-se de bicicleta, correr todos os dias ou chegar mais cedo ao local de trabalho, incentivando criatividade no dia a dia.

Nesta perspetiva, a criatividade é uma competência que deve ser treinada, desenvolvida e incentivada, tendo em consideração os desafios atuais de uma pandemia global, que nos põe à prova, que nos desafia, que exige resiliência e persistência, sendo simultaneamente complexa, incerta e turbulenta, em todas as dimensões da vida humana, quer ao nível individual e coletivo, que exige de nós, positividade e inovação, procurando o sucesso, hoje e no futuro.

OPINIÃO -
Sabia que continuamos em Estado de Calamidade?

Apesar do grande fluxo e dinâmica de informação nos chegar diariamente via redes sociais e outros meios de comunicação, em boa verdade, continuo a ser questionado diariamente, pelas mais diversas vias, por parte de amigos e conhecidos dos pormenores que regulam “esta coisa” do Estado de Calamidade, e portanto, este mês trago ao leitor O Amarense, clarificações para o ajudar a tomar as suas decisões assentes nos preceitos legais.

A resolução do conselho de Ministros 92 – A/2020 de 02 de novembro, declara a renovação da situação de calamidade até às 23H59 de dia 19 de novembro de 2020. Assente no Critério do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, uniforme em toda a União Europeia, que define como situação de elevada incidência a existência de 240 casos por cada 100 000 habitantes, o concelho de Amares, simultaneamente não considerado de baixa densidade populacional, passará a estar regido pelas seguintes normas nos próximos 15 dias:

– Dever cívico de recolhimento domiciliário, determinando-se aos Amarenses que devem abster-se de circular em espaços e vias públicas, bem como em espaços e vias equiparadas a vias públicas, exceto em deslocações autorizadas.

– Os estabelecimentos de comercio a retalho e de prestação de serviços, assim como os que se encontrem em conjunto comerciais, encerrem às 22H00. Quanto aos estabelecimentos de restauração não podem ter mesas com mais de sies pessoas, encerrando às 22H30.

– São proibidas a realização de celebrações e outros eventos que impliquem uma aglomeração de pessoas em número superior a 5, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar.

  É proibida a venda de bebidas alcoólicas em áreas de serviço ou em postos de abastecimento de combustíveis e, a partir das 20:00 h, nos estabelecimentos de comércio a retalho, incluindo supermercados e hipermercados.

– É proibido o consumo de bebidas alcoólicas em espaços ao ar livre de acesso ao público e vias públicas, excetuando-se os espaços exteriores dos estabelecimentos de restauração e bebidas devidamente licenciados para o efeito.

– No período após as 20:00 h, a exceção prevista na parte final do número anterior admite apenas o consumo de bebidas alcoólicas no âmbito do serviço de refeições.

– Não podem abrir antes das 10H00 da manhã, os estabelecimentos, salvo os salões de cabeleireiro, barbeiros, institutos de beleza, restaurantes e similares, cafetarias, casas de chá e afins, escolas de condução e centros de inspeção técnica de veículos, bem como ginásios e academias.

– As autoridades de saúde comunicam às forças e aos serviços de segurança do local de residência a aplicação das medidas de confinamento obrigatório a doentes com COVID-19, a infetados com SARS-CoV-2 e aos contactos próximos em vigilância ativa. 

– Determinar às forças e serviços de segurança e à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica o reforço das ações de fiscalização do cumprimento do disposto na presente resolução, quer na via pública quer nos estabelecimentos comerciais e de restauração.

Deixo também nota informativa que os estabelecimentos de comércio a retalho ou de prestação de serviços devem atender com prioridade os profissionais de saúde, os elementos das forças e serviços de segurança, de proteção e socorro, o pessoal das Forças Armadas e de prestação de serviços de apoio social.

Mais importante que as normas será o civismo de cada um de nós, com efeito sejamos todos um agente de saúde pública!

OPINIÃO -
Não! A culpa não é do Covid!

A crise pandémica que o mundo está a viver é um risco real, que põe em causa toda a humanidade, abalando as sociedades tal como as conhecemos. Também é certo e sabido que o coronavírus Covid-19 veio transformar as nossas vidas, em alguns casos de forma definitiva.

Não podemos é transformar esta desgraça na desculpa de todos os males.

É comum ouvirmos muitos políticos justificar a sua escolha de não fazer o que é esperado por efeitos do… Covid.

No entanto, as empresas que lutam todos os dias para manter postos de trabalho não podem pagar as contas com medicamento para o Covid.

As famílias não sustentam as suas bocas com teorias do Covid. 

Os jovens que lutam por um primeiro trabalho – coisa rara nos dias que correm – não podem socorrer-se do Covid.

Nem sequer as crianças podem justificar as eventuais más notas na escola com a pandemia do Covid. 

Ninguém ficou isento das suas responsabilidades de base, por causa da crise pandémica. 

A todos nós portugueses – que demos ao longo da história grandes provas de resiliência e adaptação às adversidades – é pedido que sejamos corajosos e rigorosos no combate a esta crise, mas ao mesmo tempo que sejamos capazes de fazer a nossa parte para manter  a sociedade funcional.

Estamos de acordo: Juntos poderemos!

No entanto não admito – chega a ser insuportável – que quem tem responsabilidades políticas, tendo sido legitimado pelo voto do povo, se desculpe com Covid para esconder a sua inércia, incompetência e, principalmente, a defesa do seu próprio “quintal”.

Com a recente aprovação do Orçamento da Câmara já sabemos por onde vai andar o dinheiro público dos Amarenses em 2021. Antes de escrever este artigo tive o cuidado de passar os olhos em alguns resumos do que vai acontecer ao mesmo dinheiro público nos concelhos da região.

Um dado em comum: Quase todos se queixam do Covid!

No caso de Amares, os problemas de sempre vão continuar a existir e não… a culpa não é do Covid!

É ano de eleições autárquicas e então os recursos (poucos, porque a casa está pobre)  são canalizados para estratégias e agendas pessoais e não para resolver problemas.

Espanta-me que, e de tanto falarem no Covid, nenhuma das Câmaras da região crie, por exemplo, um Fundo de Reserva para acudir a casos de extrema urgência no inverno que se aproxima, que ameaça ser o pior de sempre na democracia portuguesa.

Na próxima primavera muitas empresas e famílias de Amares podem já não ver o florir da estação, pois é facto que não somos um concelho competitivo.

Por culpa de quem tem gerido os destinos do concelho, temos muitas carências por resolver e… a culpa não será do Covid! 

A culpa será daqueles que têm a responsabilidade de gerir dinheiros públicos e não sejam capazes de fazer verdadeiro serviço público com esses recursos.

Escreveu em tempos um escritor francês: “Quem se desculpa, acusa-se!”

OPINIÃO -
Semana Europeia do Desporto… Amares ligada a um ADN de sucesso?

Espaço Jovem
Opinião de Mário Paula

Para os mais distraídos, dou a saber que se realizou, entre 23 e 30 de setembro, a Semana Europeia do Desporto. Esta é uma iniciativa da Comissão Europeia, com o principal objetivo de promover benefícios da prática regular de desporto em toda a população. Este evento é celebrado, simultaneamente, por vários Países Europeus, incluindo Portugal, e em Amares não foi exceção.

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