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OPINIÃO - -
Novo ano, novas reflexões…

Podemos definir sucesso como algo que se idealiza, projeta, trabalha e visualiza como fundamental para a procura constante da auto realização pessoal e profissional. Neste sentido, sucesso é “hoje, melhor que ontem e amanhã melhor que hoje” tal como se aplica em contexto organizacional na melhoria contínua, sendo o propósito central, o crescimento do ser humano, procurando crescer de forma global e humana, buscando melhorar o auto conhecimento, na interação com o ecossistema e sempre caminhando no percurso, daquilo a que chamamos a “busca da felicidade”.

Existem aspetos que merecem profundas reflexões, algumas passam por mudar o nosso foco, deixando de olhar para o TER, que são os resultados, a riqueza, a ostentação, os aspectos mais visíveis, mais facilmente identificados como critérios de sucesso para uma grande parte das pessoas, e passar a incorporação o SER Pessoa, os valores, a ética, o respeito, a responsabilidade, a resiliência, a auto motivação, a persistência, a definição de objetivos claros, mensuráveis, definidos no tempo, alcançáveis e ambiciosos, como fatores diferenciadores e distintivos, tal como disse Albert Einstein “procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso”.

Seguidamente é fundamental FAZER, agir e concretizar com criatividade, vontade e atitude, procurando abrir novos caminhos, novos desafios, novas etapas, novas oportunidades novas conquistas, procurando potenciar os nossos talentos, alianhado os nossos desejos com a prática constante, persistente e continuada com o objectivo de descobrir o “novo” a nossa paixão, seguindo o nosso coração e a nossa alma.

Como consequência e fruto do nosso trabalho, dedicação e esforço aparecerá, mais cedo ou mais tarde o TER, os resultados, o furto do nosso trabalho, que será o fruto daquilo que se tem projetado e implementado na prática e furto de muita resistência, paciência, dedicação esforço e resiliência.

Assim, os três pilares da obtenção do sucesso são, de forma sequencial, SER, FAZER e TER, sendo fundamental analisar de forma continuada os resultados verificar aquilo que podemos melhorar, afinando e redefinido a estratégia, o foco e a atenção para a obtenção de melhores resultados e que estejam em sintonia com os nossos sonhos, desejos e aspirações. Tal como afirmou Henry Ford “o insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteligência” .

Em síntese, e tal como afirmou Sócrates “conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”, e neste sentido é fundamental uma reflexão sobre o estado atual das nossas vidas, comparar com aquilo que gostaríamos de ter, pois se não gostarmos daquilo que a vida nos dá, temos que redefinir o nosso pensamento, a nossa atitude e a nossa perspetiva perante as circunstâncias e preparando no presente, o futuro.

OPINIÃO - -
Podem falar mais alto?

A minha primeira crónica do ano tem como mote o relatório do Conselho Nacional de Educação, sobre o estado da Educação. Muitas das ideias lá vertidas devem merecer uma profunda reflexão, um contributo que, modestamente, espero fazer ao longo de 2020.

A primeira ideia diz que as crianças passam quase quarenta horas por semana nos infantários ou creches. Isto é, mais do que algumas profissões dos pais trabalham por semana! Uma situação que deveria merecer profunda análise por parte dos encarregados de educação. Se deixam para a escola a tarefa de educar os filhos, com que moral vão depois exigir e ‘tomar de esforço’ junto da escola? Um contrassenso ‘vergonhoso’ que os pais fingem não saber.

O estado deplorável do material informático, com computadores antigos, recauchutados, muitos deles sem ligação à internet é outro dos problemas apontados pelo relatório. Já aqui chamei a atenção para este problema, considerado pelas instâncias superiores como menor, mas crucial para uma escola moderna, competitiva e atrativa. Depois do Magalhães, vive-se um autêntico naufrágio informático.

O desinvestimento na educação, visível para quem anda ‘enfarinhado’ no meio escolar, é uma realidade. São menos 700 milhões de euros em relação há dez anos atrás. Então o ensino profissional, para quando pensar nele seriamente?, sofreu um corte como não se via há dez anos.

Lá está, forma-se para a incompetência, para os rankings. Que sentido é que faz, falar-se em retorno da aprendizagem na vida social e profissional, se o que se está a desenvolver é uma escola acrítica, pouco preparada para as realidades e com alunos sem qualquer tipo de interesse naquilo que estão a aprender?

Que retorno é que se quer? Não haverá aqui mais um contrassenso? Mais um atirar areia para os olhos?

O relatório do Conselho Nacional de Educação também apresenta casos de sucesso, curiosamente, quase todos na região da Grande Lisboa.

Finalizo com mais dois aspetos explorados no documento que nos deveriam fazer pensar a todos. A maior percentagem de alunos beneficiários da Acção Social Escolar está concentrada nos percursos curriculares alternativos e nos cursos de vertente profissionalizante ou vocacional (os tais que sofreram um desinvestimento nunca visto). É a famosa expressão de uma escola para ricos e outra para pobres no ensino público? E já agora, onde estão os paladinos do ‘público, público’, do combate às desigualdades sociais, de uma escola para todos? Não os ouço! Podem falar mais alto?

E usando outro chavão de que nunca é tarde para aprender, saliento o aumento do número de universidades da terceira idade, no nosso país. Passaram de 113 para 307. Afinal, há ou não interesse em aprender? Quem de direito já parou para pensar no que está a fazer à educação em Portugal?

OPINIÃO - -
O Lixo nas ruas – Quem é mesmo o responsável?

“A única revolução possível é dentro de nós”. Esta afirmação do famoso advogado hindu Mahatma Gandhi, que inspirou movimentos civis pacifistas no sec. XX, poderia muito bem apoiar a tese de autorresponsabilização, que tanto jeito dá a quem tem de facto responsabilidades maiores.

De há uns tempos a esta parte temos assistido a um degradar progressivo das condições sanitárias das ruas de Amares, no que diz respeito aos pontos de recolha de lixo doméstico.

De um lado, o utente que paga impostos e taxas queixa-se (e com razão) que este serviço não é aceitável, nem em momentos de crise e “superprodução” de resíduos, como são as épocas altas e festivas. Por outro lado, cresce uma corrente de opinião, muito conveniente e subtilmente alimentada por responsáveis políticos, que o problema maior está na suposta falta de civismo das pessoas, no descarregar ilegítimo de tralha e toda a parafernália que lá em casa esteja a estorvar.

Se concordo que há, de facto, algumas atitudes cívicas que deixam muito a desejar e que contribuem para o caos que se vive, também penso que é visível para todos que o serviço de recolha de lixo em Amares é a todos os níveis insuficiente.

O concelho está mais urbano, há mais gente a habitá-lo do que há 10 ou 20 anos e os dias mais consumistas de hoje propiciam mais produção de resíduos. Quanto ao serviço de recolha continua com a organização do “outro século”, o mesmo tipo de rotas, a insuficiente frequência de recolhas e, pior de tudo, sem recursos para desempenhar a tarefa, que afinal de contas, no nosso pequeno concelho, nem seria difícil de organizar.

O que fizeram os responsáveis autárquicos? Começaram a casa pelo telhado.

Instalaram-se ecopontos (já agora, convinha quem de direito assegurar o seu esvaziamento e manutenção periódicos), sabendo-se que só as novas gerações, daqui a uns anos e na idade adulta, terão dentro de si espontaneamente o significado do “azul”, “verde” e “amarelo”. Gastam-se dinheiro e energias a promover valiosos projetos de sustentabilidade e economia circular, quando nem quem os representa está a ser o melhor exemplo. É importante investir na pedagogia e no futuro, mas e o “agora”? A realidade não vai mudar num estalar de dedos!

O real problema é que não adianta dizer às pessoas que o melhor está para vir, enquanto nada fizermos para resolver os problemas de hoje.

E pior do que ter parado no tempo, enquanto o problema cresceu, é ter piorado este serviço com uma clara opção de desinvestimento nos recursos, reparando ferramentas obsoletas e alugando pontualmente carros de recolha.

Está na hora de parar de responsabilizar as pessoas. É como acusar a tartaruga de desleixo, por não ganhar uma corrida à sua “amiga” lebre.

Voltando ao Gandhi, enquanto ativista que desafiou os povos para protestos não-violentos, pode muito bem inspirar um qualquer movimento por estes dias na nossa terra.

Quem sabe, um destes dias, os Amarenses não boicotam uma qualquer dessas festarolas abundantes, onde tanto dinheiro se gasta, como forma de garantir que pelo menos, em matéria de resíduos o mal será menor!

Desejo a todos um bom ano de 2020.

OPINIÃO - -
Frio: Grupos de Risco, Cuidados Redobrados!

Artigo de Alice Magalhães

 

A exposição ao frio intenso, durante vários dias consecutivos, pode ter efeitos negativos na saúde da população em geral, e em particular nos grupos de risco.  Previna-se e colabore na prevenção dos outros!

Crianças pequenas são mais sensíveis ao frio intenso: perdem o calor do corpo de forma mais rápida do que os adultos e não produzem calor suficiente para compensar as perdas. Principais cuidados:

          Não sair de casa nos dias de frio intenso. Se tiver de sair, a criança deve ser bem agasalhada, principalmente a cabeça e as extremidades do corpo (mãos, orelhas e pés);

          Utilizar várias camadas de roupa em vez de uma única peça grossa;

          Dar de beber regularmente;

          Transportar a criança num carrinho para se poder movimentar, e verificar se está protegido do frio;

          Não utilizar porta-bebés tipo mochila para transportar a criança, pelo perigo comprimir as pernas e provocar enregelamento.

Pessoas com 65 ou mais anos ou com mobilidade reduzida produzem menos calor corporal pois o seu metabolismo é mais lento e fazem menos atividade física. Principais cuidados a ter:

          Seguir as recomendações do enfermeiro e médico de família/assistente;

          Apoiar as pessoas idosas ou com mobilidade reduzida a seguir as recomendações adequadas em situações de frio, ao nível da alimentação, vestuário, cuidados com os equipamentos de aquecimento e precauções ao sair de casa;

          Manter um acompanhamento de proximidade de pessoas idosas sozinhas/isoladas ou com mobilidade reduzida, por parte de familiares, amigos e vizinhos, devendo fazer um telefonema ou contactar pessoalmente, pelo menos uma vez por dia, para ajudar e verificar o seu estado de saúde e conforto.

Portadores de doenças crónicas são mais vulneráveis aos efeitos do frio: pessoas com diabetes, doença cardíaca, vascular, reumática, mental, insuficiência respiratória (asma e doença pulmonar crónica obstrutiva) e ainda pessoas que tomam medicamentos psicotrópicos ou anti-inflamatórios. Principais cuidados a ter:

          Seguir as recomendações gerais e aconselhar-se com o enfermeiro ou médico de família;

          Reduzir as atividades físicas no exterior, se revelar sintomas em caso de frio intenso;

          Certificar-se de que tem sempre consigo os medicamentos necessários.

Pessoas diretamente expostas ao frio têm maior risco de enregelamento ou outros problemas associados a temperaturas baixas. Devem:

          Seguir as recomendações gerais e, se necessário, aconselhar-se com o médico de trabalho;

          Ingerir bebidas quentes, sem cafeína e não alcoólicas;

          Usar equipamento adequado ao trabalho a desenvolver e às condições meteorológicas;

          Aproveitar para aquecer durante as pausas;

          Desenvolver a atividade laboral com outros colegas por perto.

Praticantes de atividade física no exterior, expostos ao frio: Devem:

          Começar e terminar a atividade física de forma lenta e gradual;

          Proteger as extremidades do corpo;

          Ingerir bebidas quentes sem cafeína e não alcoólicas, antes, durante e depois da prática de atividade física;

          Realizar atividade física com companhia;

          Evitar as horas do dia de frio mais intenso;

          Parar de imediato a atividade se sentir formigueiro ou adormecimento dos membros.

Pessoas isoladas ou em carência social e económica frágeis ou com dependência que necessitem de apoio institucional ou de apoio de pessoas próximas, devem ser alvo dos mesmos cuidados que as pessoas com 65 ou mais anos ou com mobilidade reduzida.

OPINIÃO - -
Sabia que existem normas de segurança relativamente ao fogo-de-artifício?

No passado dia 26 de dezembro de 2019, foi notícia a morte de um Amarense, vítima do rebentamento de um foguete, durante uma sessão de fogo na Festa de Santa Luzia em Ferreiros. Aproveito a oportunidade e desde já endereço aos seus familiares e amigos as minhas condolências. Com efeito, entendi relembrar a importância dos preceitos legais que regulam esta atividade e que podem servir para sensibilizar que “com o fogo não se facilita”, bem como da importância do cumprimento das normas de segurança relativamente ao fogo-de-artifício sublinhando que qualquer utilização de artigos pirotécnicos terá sempre de cumprir a Lei.

Um cidadão que adquira fogo-de-artifício com marcação “CE”, em operador/revendedor devidamente certificado, das categorias F1, F2 ou F3, terá de cumprir os seguintes pontos:

“1. Estando devidamente certificado e com marcação “CE”, na utilização deste fogo-de-artifício terá o consumidor que cumprir as prescrições contidas no respetivo rótulo, designadamente, as instruções de utilização e as distâncias mínimas de segurança.

  1. Se essa utilização decorrer da realização de espetáculo pirotécnico, distinto, portanto de uma utilização particular a título esporádico, esse lançamento carece de licença a conceder pela autoridade policial do município.
  2. Mesmo o fogo-de-artifício da categoria F2 e F3, não podem ser transportados, detidos, usados, distribuídos ou serem portados, nos locais previstos no artigo 89.º da Lei n.º 50/2013, de 24 de julho, que altera a Lei n.º 5/2006, de 23 de fevereiro, nomeadamente:
  3. Em recintos religiosos ou outros ainda que afetos temporária ou ocasionalmente ao culto religioso;
  4. Em recintos desportivos ou na deslocação de ou para os mesmos aquando da realização de espetáculo desportivo;
  5. Em zona de exclusão;
  6. Em estabelecimentos ou locais onde decorram reunião, manifestação, comício ou desfile, cívicos ou políticos;
  7. Em estabelecimentos de ensino;
  8. Em estabelecimentos ou locais de diversão;
  9. Feiras e mercados.

Por último, a importa também reforçar a necessidade do cumprimento do previsto artigo 5.º e 6.º da Norma Técnica n.º 3/2018, referente às condições de utilização e condicionalismos sobre os locais de utilização, bem como, do constante na Norma Técnica n.º 4/2018 referente aos limites de disponibilização, posse, transporte e armazenamento de artigos de pirotecnia (Normas disponíveis em www.psp.pt – Armas e Explosivos – Legislação – Explosivos e Pirotecnia).”

Cumprir estas normas podem em muitos casos evitar desastres, que infelizmente, vem ocorrendo ano após ano. Votos de um Bom Ano de 2020 a todos os leitores do Amarense.

OPINIÃO - -
Rastreio do Cancro Colo-rectal

O cancro colo-rectal é a doença mais comum na Europa e o terceiro cancro mais comum no mundo, representando cerca de 13% de todos os cancros.

A maioria dos cancros colo-rectais está localizada no cólon, sendo pois designados por cancro do cólon e representam 9% de todos os cancros na Europa. Cerca de um terço dos cancros colo-rectais localizam-se apenas no recto, sendo estes designados por cancro rectal.

O cancro colo-rectal é mais frequente nos homens do que nas mulheres. Em Portugal, cerca de 1 em cada 20 homens e 1 em cada 35 mulheres irá desenvolver cancro colo-rectal em algum momento da sua vida. Em geral, a frequência do cancro colo-rectal é superior nas regiões mais industrializadas e urbanizadas.

A maioria dos doentes com cancro colo-rectal tem mais de 60 anos aquando do diagnóstico, sendo que o cancro rectal é raro em pessoas com idade inferior a 40 anos.

Os sintomas de cancro colo-rectal não são exclusivos, podendo aparecer noutras doenças, pelo que a presença destes sintomas não significa que exista já cancro colo-rectal, recomendando-se no entanto a procura dos cuidados de saúde. Deverá assim estar atento se tiver os seguintes sintomas: diarreia ou prisão de ventre, sensação de que o intestino não ficou totalmente vazio depois de evacuar, sangue nas fezes, consistência diferente das fezes, dor ou desconforto por cólicas, súbita perda de peso sem razão aparente, enorme cansaço sem causa aparente e náusea ou vómitos.

Até à data, ainda não se sabe ao certo porque ocorre este tipo de cancro. Foram identificados alguns fatores de risco, como o envelhecimento, regime alimentar, sedentarismo, diabetes, obesidade, tabagismo e historial prévio ou familiar. Em sentido oposto, fatores como a adoção de hábitos de vida saudáveis, um regime alimentar rico em vegetais, frutas e produtos integrais e o aumento da atividade física, podem ter um efeito protetor contra o desenvolvimento do cancro colo-rectal.

No âmbito do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, a Direção-Geral da Saúde encontra-se a convocar os utentes entre os 50 e os 74 anos de idade para o rastreio do cancro colo-rectal, a nível nacional. Este rastreio consiste na realização de um teste primário com pesquisa de sangue oculto nas fezes, na população assintomática e sem outros fatores de risco. Em caso positivo, é proposta a realização de colonoscopia.

Possivelmente o leitor, se se encontra naquelas idades, poderá já ter recebido carta de sensibilização e convocatória para este rastreio. Se for o caso, importa que abrace esse desafio com toda a confiança, porquanto o rastreio tem um impacto significativo na redução da incidência e da mortalidade deste tipo de cancro. Com efeito, o rastreio diminui a mortalidade por cancro colo-rectal em aproximadamente 16%.

Envie as suas dúvidas e sugestões para [email protected].

OPINIÃO - -
O retrato de Portugal na EU na ciência e tecnologia

A realidade demonstra que as despesas em investigação e desenvolvimento (I&D) em Ciência e Tecnologia representa 1,3% do PIB, como nos indicam os números e segundo a Pordata para 2018. Esta percentagem fica aquém da registada por países como: Estónia, República Checa e Eslovénia, bem como, abaixo da percentagem da União Europeia a 28 países é 2%.

De acordo com a mesma fonte, as despesas das empresas portuguesas em Investigação e Desenvolvimento I&D em % do PIB é de 0,6 %. Uma % muito abaixo dos 1,3 % da UE a 28 e abaixo de países como: a Polónia, Espanha e Hungria.

Mais concretamente no que diz respeito às despesas das empresas com Website empresarial, verificamos que apenas 65% do total das empresas portuguesas investem no digital, enquanto que na União Europeia a 28 a % é de 77. Ficando à quem de países como: Lituânia, Estónia ou Malta, por exemplo.

Já ao nível pessoal ou familiar os agregados domésticos com ligação à Internet no total de agregados domésticos portugueses, verificamos que apenas 77 % do total dos lares portugueses estão Online, também abaixo dos 87% da UE 28. Abaixo de países como: Letónia, Chipre e Eslováquia.

Tendo por base esta realidade, podemos observar que teremos um longo caminho a percorrer, para acompanhar a realidade europeia ao nível da Investigação e Desenvolvimento (I&D) ao nível da educação e formação contínua, ao nível da industria, comércio e serviços, bem como, na capacidade de criar valor, inovar e capacitar as pessoas e empresas para a evolução tecnológica e cada vez exigente, sistémica e digital.

Paralelamente, e tendo em atenção as necessidades constantes ao nível do ambiente, da eficiência energética, da sustentabilidade, da melhoria contínua da mobilidade na sua relação com os recursos naturais e humanos.

Para isso, um dos fatores diferenciadores e promotores da agregação de valor reside na gestão eficiente do talento humano, proporcionando condições humanas, económicas e tecnológicas, promovendo um ambiente criativo e inovador capaz de contribuir para o empreendedorismo e criação de valor nas empresas e organizações.

Nesta perspetiva, é fundamental capacitar as pessoas para a transformação digital, investindo tempo, dedicação e esforço, numa aprendizagem contínua, na busca constante do alinhamento das motivações e interesses individuais aos desafios empresariais e conseguir obter um posicionamento distintivo para um Portugal moderno e coerente com os desafios atuais e futuros.

OPINIÃO - -
Da Esquerda até à Direita, escolher ainda conta para alguma coisa

No intervalo dos soundbites da política dei por mim, num destes dias, a refletir até junto de alguns jovens o porquê de Joacine Moreira não ser muito diferente do André Ventura, nos princípios, nos fins e até na metodologia.

Lá bem no fundo, estamos na presença de dois extremistas – um à esquerda, outro à direita – que usam e abusam do populismo e da “boca fácil” para cativar atenções e cavalgar o descontentamento latente dos portugueses. Na minha opinião, ambos ocos de ideologia, ambos perigosos, sendo que de nenhum dos dois se ouvirá algum dia uma proposta, uma solução, ou uma reforma estruturante.

Extremismos à parte –assunto quiçá a combater e aprofundar, se o “incêndio” ameaçar a democracia de forma séria – importa ainda refletir o pano de fundo dos chamados partidos tradicionais.

Aqui e ali, por culpa própria e em nome de orientações “resultadistas”, estes partidos têm dado o flanco, descredibilizando com uma ou outra atitude o ecossistema político, contribuindo de forma evidente para fenómenos de abstenção de votar e/ou participar.

Desde que me conheço enquanto ser pensante – que desde novo gosta e aprecia política – que me identifico com ideais de Esquerda. Confesso que outrora simpatizei até com figuras partidárias bem à esquerda, embora tenha sempre rejeitado extremismos, por achá-los demasiado fraturantes e até utópicos.

A Esquerda política sempre foi o meu habitat, na medida em que privilegia valores como o bem-estar social, a proteção dos desfavorecidos, combatendo flagelos ainda tão atuais como as desigualdades e a discriminação. Provenho de famílias humildes, de gente do trabalho e nunca conheci os tais berços de ouro de que se fala, logo, diria que é o meu posicionamento natural. Talvez advenha daí o meu ativismo e a minha permanente disponibilidade para causas.

A Direita é legítima, mas nunca me atraiu. Este posicionamento aceita que as sociedades têm de viver sob hierarquias que ditam as regras, onde quem nasce por baixo, por lá permanece, a não ser que seja capaz de, por si próprio, subir a montanha. Uma orientação política que neste espectro protege elites e defende que os mercados são quem mais ordena, facilitando o neoliberalismo, o capitalismo e a privatização da coisa pública.

Em resumo: Um posicionamento que, à partida, defende que a seleção natural e as desigualdades estruturam as sociedades merecerá sempre a minha oposição! O resto… é consequência!

Mas como disse antes, a escolha é livre e legítima e até motiva algumas boas prosas com amigos com quem me debato saudavelmente, quando se proporciona. Será sempre assim, cada um saberá para onde vai e o que quer.

A mim, o Socialismo, com algumas das suas variantes foi-me conquistando. Uma sociedade onde se defende o bem público ao serviço dos cidadãos de forma equitativa, ou uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades está hoje no espectro político do Socialismo Moderado ou Democrático com o qual me identifico.

Acredito que sem radicalismos, sem extremismos, sem totalitarismos, sejam de Esquerda ou de Direita, ainda nos podemos situar onde melhor nos sentirmos, sem calar a opinião, mas mantendo sensatamente a lucidez. Para mim… acredito que é por aqui que podemos cuidar da nossa democracia!

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Vacinação contra a gripe: A arma preventiva mais eficaz!

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe afeta cerca de 3 a 5 milhões de pessoas por ano. Estes vírus estão na origem de centenas de milhares de mortes derivadas de problemas respiratórios. Uma das melhores formas de prevenir esta doença aguda viral é a toma da vacina. E ainda que não faça parte do Plano Nacional de Vacinação, a vacina está disponível desde o dia 14 de outubro, como informa o Serviço Nacional de Saúde.

Apesar das frequentes recomendações para a toma da vacina da gripe, assim como as provas da sua efetividade preventiva, ainda subsistem alguns mitos que devem ser esclarecidos. Conheça os mais frequentes, assim como os factos que os contrariam:

  1. Tomar a vacina provoca gripe

Essa ideia é completamente errada, uma vez que a vacina contém apenas o vírus morto, portanto incapaz de provocar a doença. Os efeitos adversos que se conhecem são a possibilidade de o braço inchar ou a temperatura aumentar ligeiramente. Existem também casos de pessoas que sentiram dores musculares nos dias seguintes à toma da vacina.

  1. Na gravidez, pode prejudicar o bebé

Pelo contrário. É mesmo muito importante a vacinação das grávidas, pois quando a mãe é vacinada o bebé também fica protegido. (a partir do terceiro mês de gestação)

  1. Basta apenas tomar a vacina uma vez para nunca mais ter gripe

Como o vírus da gripe sofre constantes mutações, o efeito da vacina tem uma validade de apenas 12 meses. É por essa razão que a composição das vacinas é renovada a cada ano para acompanhar as transformações do vírus.

  1. A vacina da gripe não é segura

Testada e aprovada pela OMS, a vacina da gripe não só ajuda a prevenir a prevalência da doença como também a minimizar as suas complicações. Por ser uma doença altamente contagiosa, basta uma pessoa doente para contaminar o ambiente. Ao impedi-lo, esta vacina previne quadros de epidemia.

  1. Não existe uma altura ideal para se vacinar

. A vacina deve ser administrada durante o outono/inverno, de preferência até ao fim do ano civil. Em Portugal, este ano é possível desde 14 de outubro.

  1. Quem nunca teve gripe não precisa de tomar a vacina

Durante a vida, a grande maioria das pessoas vai ter um ou mais episódios de gripe. Deste modo, a sua toma é a melhor forma de prevenção.

  1. Tomar vários anos consecutivos enfraquece o sistema imunitário

A toma anual desta vacina confere uma maior imunidade quando comparado com quem nunca a tomou. Esse hábito é recomendável devido às mutações do vírus.

  1. Não se deve tomar caso tenha alergias

Não existe qualquer contra-indicação na toma da vacina da gripe em pessoas com alergias. No entanto, caso tenha registado alguma reação à toma desta vacina anteriormente, deve consultar a sua equipa de saúde antes de o voltar a fazer.

Como ter acesso à vacina da gripe?

As vacinas disponíveis em Portugal este ano são, pela primeira vez, tetravalentes. Ou seja, incluem 4 tipos de vírus da gripe, esperando-se maior abrangência em relação às vacinas trivalentes, anteriormente utilizadas.

Algumas pessoas têm direito gratuitamente à vacina da gripe, disponibilizada no Serviço Nacional de Saúde, sem necessidade de receita médica. Para a receberem basta dirigirem-se aos centros de saúde. Beneficiam desta medida:

Residentes em instituições, incluindo Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, Lares de Apoio, Lares Residenciais e Centros de Acolhimento Temporário

– Doentes integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

– Pessoas apoiadas no domicílio pelos Serviços de Apoio Domiciliário, com acordo de cooperação com a Segurança Social ou Misericórdias Portuguesas

– Doentes apoiados no domicílio pelas equipas de enfermagem das unidades funcionais prestadoras de cuidados de saúde ou com apoio domiciliário dos hospitais do SNS

– Doentes internados em unidades de saúde de ACES ou em hospitais do Serviço Nacional de Saúde, que apresentem patologias crónicas e condições para as quais se recomenda a vacina (Quadro II). Os doentes poderão ser vacinados durante o internamento ou à data da alta

– Reclusos em estabelecimentos prisionais

– Pessoas com as seguintes patologias crónicas ou condições:

– Diabetes Mellitus

– Terapêutica de substituição renal crónica (diálise)

– Trissomia 21

– A aguardar transplante de células precursoras hematopoiéticas ou de órgãos sólidos

– Submetidas a transplante de células precursoras hematopoiéticas ou de órgãos sólidos

– Sob quimioterapia

– Fibrose quística

– Défice de alfa-1 antitripsina sob terapêutica de substituição

– Patologia do interstício pulmonar sob terapêutica imunosupressora

– Doença crónica com comprometimento da função respiratória, da eliminação de secreções ou com risco aumentado de aspiração de secreções

– Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

– Profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e

– Bombeiros com contacto direto com as pessoas consideradas nas alíneas anteriores

– Guardas prisionais

Seguras e eficazes, as vacinas podem ter reações adversas que são localizadas e transitórias. Dor, vermelhidão e ligeiro inchaço no local da picada são os principais efeitos secundários. Também podem causar dores de cabeça e febre. Estes problemas desaparecem passado pouco tempo.

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Sabia que? A investigação policial tem competências genéricas e específicas?

É muito comum, tanto em meios rurais como em meios urbanos, no âmbito da investigação criminal a crimes ocorridos, o cidadão lesado/ofendido, identificar “aqueles polícias à civil” como inspetores da Polícia Judiciária. De facto, noutros tempos era mesmo assim, e competia a esta força, a exclusividade na investigação local do crime.

Com a Lei de organização criminal, datada do ano de 2008, passou a estar legislado que são órgãos de polícia criminal de competência genérica a Polícia Judiciária, Polícia de Segurança pública, Guarda Nacional Republicana, atribuindo a outras forças competências especificas.

Assim, deixo o registo que é da competência genérica da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública a investigação dos crimes cuja competência não esteja reservada a outros órgãos de polícia criminal e ainda dos crimes cuja investigação lhes seja cometida pela autoridade judiciária competente para a direção do processo.

É da competência da Polícia Judiciária Crimes dolosos ou agravados pelo resultado, quando for elemento do tipo a morte de uma pessoa; Escravidão, sequestro, rapto e tomada de reféns; Contra a identidade cultural e integridade pessoal e os previstos na Lei Penal Relativa Às Violações do Direito Internacional Humanitário; Contrafação de moeda, títulos de crédito, valores selados, selos e outros valores equiparados ou a respetiva passagem; Captura ou atentado à segurança de transporte por ar, água, caminho de ferro ou de transporte rodoviário a que corresponda, em abstrato, pena igual ou superior a 8 anos de prisão; Participação em motim armado; Associação criminosa; Contra a segurança do Estado, com exceção dos que respeitem ao processo eleitoral; Branqueamento; Tráfico de influência, corrupção, peculato e participação económica em negócio; Organizações terroristas, terrorismo, terrorismo internacional e financiamento do terrorismo; Praticados contra o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República, o Primeiro-Ministro, os presidentes dos tribunais superiores e o Procurador-Geral da República, no exercício das suas funções ou por causa delas; Prevaricação e abuso de poderes praticados por titulares de cargos políticos; Fraude na obtenção ou desvio de subsídio ou subvenção e fraude na obtenção de crédito bonificado; Roubo em instituições de crédito, repartições da Fazenda Pública e correios; Crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual de menores ou incapazes ou a que corresponda, em abstrato, pena superior a 5 anos de prisão; Furto, dano, roubo ou recetação de coisa móvel que possua importante valor científico, artístico ou histórico e se encontre em coleções públicas ou privadas ou em local acessível ao público; Possua significado importante para o desenvolvimento tecnológico ou económico; Pertença ao património cultural, estando legalmente classificada ou em vias de classificação; ou Pela sua natureza, seja substância altamente perigosa; Burla punível com pena de prisão superior a 5 anos; Insolvência dolosa e administração danosa; Falsificação ou contrafação de cartas de condução, e são ainda muitos outros que iriam encher a página neste artigo.

Importa ressalvar que nos dias de hoje, com esta legislação a Polícia judiciária transporta muito da investigação criminal para a PSP e GNR, os quais têm cumprido este desígnio com grande competência.