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OPINIÃO -
O poder da partilha nas organizações

O ato de partilhar é enriquecer, pois gera valor, contribuindo para um melhor auto-conhecimento e uma melhor valorização pessoal e profissional, na medida que juntamos ideias, pensamentos, “caminhos com significado”, emoções, experiências, sentimentos e “estados de alma” capazes de estabelecer uma conexão, uma comunicação, um envolvimento, uma inspiração e algo novo e relevante.

Quando partilhamos, acrescentamos, estimulamos e contribuímos para um enriquecimento mútuo, entre nós e os outros. Neste sentido, se cada pessoa tem uma ideia e partilha-a com outra pessoa, cada um, fica com duas ideias diferentes da ideia inicial.

Cada vez mais precisamos de promover a diferença, estimular o debate, despertar o espírito crítico construtivo, de incentivar a partilha de ideias, experiências, coisas para melhorar a nossa casa comum, o nosso habitat, o nosso ecossistema e necessariamente o nosso mundo.

Num mundo cada vez mais exigente, com novos desafios e exigências, onde nos deparamos com novas realidades, em que se torna fundamental, ter um propósito de vida, procurando compreender, participar e empreender, estando à altura de um mundo em mudança.

Devemos por isso partilhar a nossa presença, os nossos conhecimentos, a nossa esperança, os nossos sonhos, os nossos êxitos, os sorrisos, as nossas emoções e a alegria de viver, pois só desta forma, contribuímos para uma crescimento em conjunto, para um enriquecimento humano e para uma sociedade mais tolerante, participativa e equitativa.

É na partilha que se aprende, observa, compreende novas perspetivas, novas ideias, novos conhecimentos e se cresce como ser humano e como profissional ao longo da vida.

Assim, é preciso escutar com intenção, observar os pormenores, estar atento à diferença, compreendendo o “mundo” do outro, as suas circunstâncias, as suas histórias, as sua visão do mundo, para desta forma, procurando também partilhar as nossas visões, compreendendo simultâneamente o que somos, o que transmitimos, o que “transportamos” e dando algo de nós, incorporando o que aprendemos.

A colaboração, a participação em conjunto, a criação, criatividade e inovação, incorporando o foco, a persistência, a resiliência e a curiosidade constantes, são aspetos cada vez mais valorizados numa realidade exigente, mutante e que todos os dias nos põe à prova.

Nas organizações é fundamental valorizar a diferença, compreendendo os mais jovens e menos jovens, que através da sua irreverência, com a sua força para mudar, com a sua vontade de participar na construção de novas ferramentas, processos e procedimentos, para construir um mundo melhor, estando à altura dos desafios constantes da sustentabilidade, da equidade, da preservação ambiental, das formas alternativas de mobilidade, da diminuição da pegada ambiental, da digitalização, da preservação das espécies, da co-criação e da constante vontade de construir um mundo melhor.

OPINIÃO -
A Festa do Avante e o bom senso na política

Aqueles que me conhecem sabem que sou insuspeito. Sou, assumida e convictamente, um homem de esquerda, muito embora já me tenha situado, em tempos mais jovens, numa esquerda um pouco mais “vincada”.

Há muitos anos cheguei a estar numa Festa do Avante, como estive ao longo da vida em estádios de futebol,  festivais de música, salas de cinema, peças de teatro, ou congressos de vária natureza. Por uns tempos, infelizmente, nada disto é sensato. Mesmo que, por exemplo, as nossas Festas Antoninas, ou a nossa Feira Franca sejam alguns dos muitos eventos que já deixam saudade. 

Acima dessa saudade está um bem maior: a saúde pública. 

Vivemos tempos excecionais nunca antes experienciados, que colocam à prova a humanidade. Com a crise do COVID-19, vivemos tempos que nos proporcionam a oportunidade de nos distanciarmos definitivamente de comportamentos autodestrutivos, fazendo-nos aproximar de um posicionamento reclamado pelas novas gerações. Uma consciência com marcas de sensibilidade ambiental, de direitos humanos, de defesa de causas, mas acima de tudo, um mundo que hoje nos lança o desafio de sermos capazes de nos regenerarmos, em nome do futuro do planeta que habitamos.

Diria que na base está exatamente isto: Estar ou não estar consciente do mundo que nos rodeia.

O que esperam as pessoas dos políticos? Decisões conscientes e confiáveis, desde Amares até aos confins da terra. Se só conseguem olhar para o umbigo… está errado!

Voltando à Festa do Avante, não posso deixar de considerar que o PCP ao teimar na organização do evento está a assumir um comportamento político irresponsável e pedagogicamente incorreto.  Infelizmente conta com a anuência de um Governo que até tem feito um grande trabalho nesta crise pandémica.

Sendo fiel aos valores da esquerda, defendo o exercício ideológico democraticamente livre, na mesma medida que considero absolutamente inalienável o interesse público e o bem-estar social. Não posso apoiar um liberalismo de esquerda que leve à inconsciência de atos que coloque em causa a segurança dos cidadãos.

No momento em que escrevo estas breves linhas o PCP prepara tudo e parece insistir no irresponsável ajuntamento de milhares de pessoas na Quinta da Atalaia, no Seixal. Neste mesmo momento, leio e vejo notícias com evidências que apontam para uma segunda vaga da pandemia na Europa e no nosso país. 

Qual é o sentido disto? 

Só posso fazer uma leitura: O PCP está mais preocupado em afirmar a militância e o seu fervor ideológico, do que propriamente em combater – com decisões ponderadas – a crise de saúde pública que há quase meio ano tem ceifado vidas humanas.

Que exemplo é este?

São estas “novelas” que explicam algum descrédito do povo em relação aos partidos políticos tradicionais. Os resultados do PCP nas eleições mais recentes começam a ser explicáveis. 

Pior: Este é terreno fértil para que os Ventura’s desta vida especulem e se popularizem como falsos moralistas. Logo ele, que tem destes e mais alguns pecados ainda piores.

É uma pena!

OPINIÃO -
Um povo sem cultura não se levanta, se ajoelha!

A cultura não serve apenas para entretimento, como alguns erradamente imaginam. Confirma-se que não vivemos sem cultura, é o coração do conhecimento, envolve a música, o cinema, o teatro, a dança, a literatura, a pintura, a gastronomia e outros saberes.

Viver sem ler é perigoso, pois nos obriga a acreditar no que nos dizem. Talvez por isso, os ditadores e certos regimes ao longo da História têm privilegiado a ignorância das populações para poderem perpetuar-se no poder e temem que a Cultura traga sabedoria ao povo. Um povo sábio é um povo que sabe caminhar para o futuro, sabe o que quer e para onde quer ir, evita desperdício e cria riqueza.

Necessitamos urgentemente de cultura, deve existir mais apoio e melhor gestão da agenda cultural por todo o país. Amares, na agenda cultural enriquecedora, pouco oferece aos seus munícipes. Não possui sala de cinema, sala de teatro ou auditório que possa albergar atividades culturais, como o teatro, o cinema, a dança ou até uma orquestra. Em 2012, foi inaugurada a Biblioteca Municipal de Amares, unificando as 8 bibliotecas escolares do concelho, no edifício do século XIX, onde anteriormente funcionaram os Paços do Concelho. Esta biblioteca foi apoiada pela Direção Geral do Livro e das Bibliotecas. Em homenagem ao poeta quinhentista falecido neste concelho, a biblioteca recebeu o nome de Francisco de Sá de Miranda. Devemos defender que a cultura retrata a característica e personalidade de um povo. 

É espantoso como um país da dimensão como Portugal tem grande variedade de manifestações culturais espalhados por todo o território, e que não seja prioridade estimular o interesse e a valorização da entidade nacional. Não teríamos uma identidade completa e todos os povos seriam iguais, visto que não haveria nada que pudesse os diferenciar entre si.

A falta de investimento leva a que muitas companhias de teatro terminem, porque esperar pelos financiamentos é penoso e podem não chegar. O espetáculo “Eu Variações”, que retrata no palco memorias de António Variações, artista ímpar da música portuguesa e de Amares, com um fantástico elenco constituído por Ricardo Mesquita de Oliveira, André Cortina, Carla Lourenço, Diogo Xavier, Rosa Vieira, Ruben Menino, Luís Mascarenhas com encenação e adaptação de Rafael Rodrigues Ribeiro, deveria ter maior apoio e visibilidade principalmente no concelho onde é natural António Variações.

Atualmente aposta-se no abandono das nossas raízes culturais, o teatro teve sempre um lugar de destaque na cultura, somos herdeiros das tragédias gregas. O teatro de “revista”, uma forma cómica e satírica, retomou o espírito humorístico e crítico com que Gil Vicente batizou a dramaturgia nacional, procura expressar opiniões pessoais sobre o estado social e os problemas políticos da nação. 

A Astronomia também faz parte das manifestações culturais. Estuda saberes sobre o céu aliada às manifestações socioculturais dos povos. O Monte de São Pedro dispõe de uma vista panorâmica sobre os vales dos rios Homem e Cavado e da Vila de Amares, no cimo do miradouro em dias abertos, vislumbra-se o mar. Fica a sugestão, para quem gostar de fotografar ou utilizar telescópios aproveitar a ocasião da Super Lua, dia 16 de outubro de 2020, durante a lua nova e a uma distância de aproximadamente 356,912 Km da Terra.

“O tempo e o espaço são modos pelos quais pensamos e não condições nas quais vivemos”.

OPINIÃO -
Sabia que as novas matriculas podem valer multas e Chumbo na inspeção?

Está na moda o design mais moderno do novo modelo de matrículas, com dois grupos de letras e um de dois algarismos no mês. Não interessa se o carro é de mil e novecentos e tal ou de dois mil e tal, importa sim a moda. Até aqui tudo bem, contudo trago este mês até ao leitor do Amarense algumas recomendações legais para não vir a ter eventuais dissabores.

Desde que as vendas do setor automóvel permitiram a passagem para a nova configuração, foram muitos os que se apressaram a adquirir as novas placas, que se tornaram moda, mas nem todas cumprem ao milímetro os requisitos legais. Esta falta de rigor legal, podem corresponder ao chumbo na inspeção e multas ente os 120 e os 600 euros.

O Decreto de lei que altera o regulamento do número e chapa de matrícula, o código da estrada e o regulamento da habilitação legal para conduzir, introduz pela primeira vez a cominação das letras Y, K e W, num total de 28 ,milhões de combinações possíveis, mas com regras rigorosas estabelecidas pelo Instituto da Mobilidade e Transportes.

Assim, à regras a cumprir e portanto fique a saber que os novos modelos de matricula devem garantir a disposição dos grupos centrada vertical e horizontalmente o espaçamento entre os carateres tem de estar definida ao milímetro: 20 milímetros (mm) entre grupos, sem traços separadores; 10 mm entre carateres do mesmo grupo. O proprietário de um veiculo que apresenta chapa de matricula identificada da referida norma estará sujeito a contraordenação punível com coima de 120 a 600 euros, construindo também motivo para não aprovação da viatura numa inspeção periódica conforme o previsto no Anexo do Artigo 5.º do D/L n.º 144/2012.

Deixo também a ressalva de que nem todas as combinações possíveis de letras poderão vir a ser utilizadas, no sentido de se evitar a formação de palavras obscenas e combinações maldosas.

No novo modelo de chapas de matricula será possível estabilizar o processo de produção de matriculas durante um longo período de tempo, sendo possível estimar como tempo máximo possível de utilização do modelo AA-00-AA cerca de 74 anos, o qual, ainda que venha ser reduzido, nomeadamente pela não utilização de combinações que possuam formar palavras ou siglas que se entenda dever evitar, terá uma duração de utilização de 45 anos conforme descreve o IMTT.

Aos condutores, recomenda-se que sigam estes normativos para poderem “andar na moda” sem transgressões e dissabores.

Boas conduções!

OPINIÃO -
Rastreio de Saúde Visual Infantil

Os problemas da visão são frequentes na infância e podem influenciar negativamente o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças. A sua deteção precoce permite, no entanto, um melhor prognóstico de sucesso do tratamento, sendo esta avaliação possível, atualmente, a partir dos 6-12 meses de idade.

O Rastreio de Saúde Visual Infantil, implementado nos Cuidados de Saúde Primários, destina-se a todas as crianças com 2 anos e 4 anos de idade. Este rastreio consiste na realização de um exame de foto-rastreio aos olhos da criança, de uma forma rápida, segura e inofensiva, utilizando uma tecnologia inovadora, que permite identificar os fatores de risco capazes de provocar ambliopia (o chamado “olho preguiçoso”).

As alterações da visão podem surgir em idades muito precoces, normalmente sem sinais nem sintomas clínicos, daí a extrema importância na adesão ao rastreio. Se não forem detetadas e tratadas atempadamente, há o risco de, mesmo corrigindo as alterações oculares, não ser já possível obter a melhoria da visão desejada, o que terá um grande impacto no desenvolvimento psicomotor e social da criança, com consequentes dificuldades na aprendizagem escolar e até limitações socioeconómicas importantes na idade adulta.

Através do exame de rastreio podem ser detetados problemas como a ambliopia (designação médica para a expressão “olho preguiçoso” e ocorre quando a visão num olho não se desenvolve de forma adequada), o estrabismo (defeito no alinhamento dos olhos, que condiciona de forma grave o desenvolvimento da visão), a miopia (quando a visão dos objetos distantes é desfocada e a dos objetos próximos é nítida), a hipermetropia (quando os objetos distantes são vistos de forma nítida e os objetos próximos de forma desfocada), o astigmatismo (quando a córnea não é perfeitamente curva e provoca uma visão desfocada ao perto e ao longe) e a catarata congénita/infantil (opacificação do cristalino – a lente natural do olho).

Tão importante quanto a deteção precoce destes problemas é a sua prevenção. Deixo-lhe por isso alguns cuidados que deverão ser implementados de forma a promover a saúde ocular da criança:

  1. Restringir o uso de ecrãs: equipamentos tecnológicos, como tabletes, telemóveis e computadores emitem uma luz prejudicial, motivo pelo qual deve limitar o seu tempo de utilização pelas crianças a um máximo de 45 minutos por dia.
  2. Adotar cuidados com o sol: as crianças devem passar algum tempo ao ar livre, nomeadamente pela estimulação luminosa, no entanto, os olhos delas são suscetíveis aos perigos dos raios UV. Por isso, nas horas mais críticas, os olhos devem estar protegidos com óculos de sol com elevado Índice de Proteção dos Raios UV.
  3. Adotar práticas saudáveis: Uma dieta equilibrada e exercício físico regular são essenciais para manter os olhos dos seus filhos saudáveis e com boa visão.

Os pais e outros agentes educativos podem também exercer um papel fundamental de vigilância da saúde ocular das crianças. Até aos dois anos, as crianças são ainda pequenas demais para se aperceberem e comunicarem que têm um problema de visão, pelo que é importante estar atento a situações/sinais de alerta. Mesmo em idade escolar, esteja atento a sintomas como:

  • Assimetria nos movimentos oculares (os olhos não mexem ao mesmo tempo);
  • Sensibilidade à luz;
  • Olhos lacrimejantes;
  • Embate frequente contra objetos;
  • Olhos franzidos ou a cabeça inclinada para um lado;
  • Esfregar os olhos frequentemente;
  • Segurar os objetos muito perto da cara;
  • Declínio repentino dos resultados escolares;
  • Desinteresse em participar em atividades;
  • Ver televisão muito perto do ecrã.

OPINIÃO -
Trilogia (petróleo, agricultura e farmácia) viciada

Somos dependentes do petróleo. E desta forma grandes empresas petrolíferas obtêm lucros impressionante, elas possuem enormes recursos para manipular toda e qualquer forma de energia alternativa, controlam as reservas petrolíferas mundiais e mantém o elevado valor do “ouro negro” nos mercados financeiros. Impedem tudo que coloque em perigo o monopólio.

Quem esta por trás destas grandes empresas petrolíferas?

Tudo começou em 1870, quando John Davison Rockefeller e seu irmão William Rockefeller fundam a Standard Oil, tornando-se uma das famílias mais ricas e influentes dos EUA. Desde então, a Standard Oil deu origem à gigantesca indústria petrolífera e, que sobrevivem até hoje, a Exxon, a Chevron, a Mobil e BP. Foram também os primeiros responsáveis pela mudança global da agricultura em larga escala. Em 1960, surge a “revolução verde”, com intuito de ser benéfica para todos. Baseada em enormes quantidades de fertilizantes, herbicidas e pesticidas produzidos à base do petróleo, para a plantação de enormes áreas com solo fértil. Originou novos e elevados lucros para a indústria petrolífera. 

Mas, nunca cumpriram as promessas de terminar com a fome e promover a saúde. A revolução verde, no início, aumentou a produtividade, porque todo solo cultivável podia ser utilizado para produção. Podemos agora determinar que grande parte das propriedades particulares e familiares estão a desaparecer, a biodiversidade está a ser destruída por químicos que contaminam o solo e as águas, colocando um risco à saúde de todos. Em 2010, 1 em cada 7 pessoas no mundo não tinha alimento suficiente. 

Foram introduzidos 3 instrumentos para consolidar a cadeia alimentar. O primeiro, utilizar a engenharia genética como medida de controlo. O segundo, patentear as sementes originadas pela genética e declarar as sementes naturais como um crime. O terceiro, implementar tratados do livre comércio que deixaria as pessoas comuns e agricultores sem a sua liberdade, para escolher semente natural. 

Quem controla a produção de alimentos, controla as pessoas. Quem controla a produção energética, controla nações inteiras. Quem controla o dinheiro, pode controlar o mundo.

Energia e alimentação, são duas áreas fundamentais para a sobrevivência, conseguimos verificar que a mesma elite controla tudo, que mais podem influenciar?

De novo os Rockefeller, que criaram a Associação Nacional de Educação, com a ajuda da fundação Carnegie e depois com a fundação Ford. Tal como a educação, a saúde é outra área dominada pelas grandes instituições financeiras. A Associação Médica Americana (AMA), é em grande parte financiada pelos Rockefeller, que utilizam fundos para influenciar algumas decisões e investigações. De alguma forma, o estudo da medicina é financiado pelas grandes indústrias farmacêuticas. 

Porque não aparecem curas para as doenças?

Nos anos de 1920, Dr. Royal Rife, inventou um dos microcopio mais avançado do seu tempo, desenvolveu também uma nova técnica, que aparentemente destruía células cancerígenos. Em 1934, juntamente com a Universidade do Sul da Califórnia foram efetuados testes clínicos em 16 doentes com cancro terminal ao fim de 3 meses, todos foram curados. Pouco tempo depois, o laboratório de Rife, sofreu um incêndio e os arquivos perderam-se. Rife foi suspenso e o seu trabalho esquecido. Rene Caisse, Harry Hauksy e Max Gerson são outros nomes na área da medicina que descobriram outros métodos de cura que funcionavam. Se investigarmos sobre isso, alguém tenta fazê-los passar por completos charlatães. 

Teremos cura para o Covid-19 ou fomos enganados?

OPINIÃO -
Os talentos do futuro…

Vivemos num tempo de novos desafios, novas realidades e também novas oportunidades para o trabalho do futuro, neste sentido, assistimos a uma confluência cada vez maior entre o digital e o físico ou por outras palavras “onelife”, como podemos verificar através de sistemas como: a inteligência artificial, machine learning, realidade virtual e aumentada, blockchain, entre muitos outros, e por outro lado, a necessidade de uma adaptação do colaborador a uma exigente realidade, através de aspetos como: co-criação crowdsourcing, inteligência emocional, adaptabilidade, flexibilidade, criatividade, empatia, resiliência e melhoria contínua, entre outros…

A Inteligência artificial segundo Murphy, K. (2012) é “o conjunto de métodos capazes de detectar padrões automaticamente num conjunto de dados e usá-los para fazer previsões sobre dados futuros, ou para tomar outro tipo de decisões num ambiente de incerteza”.

Nas palavras de Bengio, Y. e outros (2015) “Machine learning são no aspecto mais básico, um sistema de probabilidades que permite que modelos computacionais, que estão compostos por múltiplas camadas de processamento, aprendam sobre dados com múltiplos níveis de abstração.”

A realidade virtual consiste genericamente, numa experiência imersiva, inserindo o utilizador num ambiente diferente do que o rodeia, proporcionando uma nova experiência. Já a realidade aumentada mantém-se no mundo real, mas introduz objetos virtuais, com os quais o utilizador, pode interagir, tendo o propósito melhorar a conectividade com o mundo real.

O blockchain tem como essência, a estruturação de dados, registando forma encriptada todas as operações realizadas e previamente validadas por uma rede de interligações independentes através de um algoritmo consensual entre os seus membros.

Os benefícios da co-criação são fundamentalmente, métodos de resolução de problemas, incorporando maior estratégia, criatividade e colaboração em co-autoria e co-responsabilização, promovendo um maior envolvimento dos colaboradores e a inovação.

O crowdsourcing consiste sinteticamente, num modelo coletivo de colaboração com o propósito de agregar os vários talentos, procurando uma solução relevante para um problema, promovendo a criatividade e inovação.

A inteligência emocional constitui um verdadeiro fator de diferenciação nas organizações, na mediada em que os colaboradores devem encontrar um equilíbrio emocional individualmente e o seu alinhamento com a cultura organizacional e vice-versa.

A adaptabilidade e flexibilidade são necessidades constantes, pois os colaboradores precisam de encontrar soluções adaptadas às novas necessidades de satisfação de todos stakeholders, na procura constante e inovadora de produtos e serviços mais atuais e amigos do ambiente.

A empatia, resiliência e melhoria contínua, são também fundamentais para comunicar com sentido e significado, ultrapassando os obstáculos e as dificuldades sem nunca desistir, bem como, contribuir sistematicamente, para que o dia de amanhã seja melhor que o de hoje.

OPINIÃO -
É bom viver em Amares?

A resposta para mim é, SIM. 

Ainda é bom usufruir da nossa terra, que tem gente boa, paisagens e lugares maravilhosos e fatores múltiplos, que fazem valer a pena desfrutar destas terras de entre Homem e Cávado.

No entanto, nos últimos tempos temos percebido que temos perdido anos de desenvolvimento que estão a colocar Amares na cauda dos concelhos da região. 

Não vale a pena esconder: Viver em Amares significa não ter garantido um conjunto de recursos – muitos deles básicos – que a esmagadora maioria dos concelhos da região tem como adquiridos.

Três linhas de reflexão simples que merecem uma atenção dos responsáveis políticos e dos Amarenses em geral.

Primeiro, os Amarenses ganham pouco. Soubemos recentemente num estudo sobre o rendimento dos portugueses que o concelho de Amares está no 213º lugar dos Municípios portugueses, no que diz respeito a rendimentos líquidos. Em média, cada Amarense com emprego recebe 564€/mês limpos (7.897€/ano). Amares tem uma taxa de desemprego mais alta que a média nacional e da região e uma alta percentagem de emprego precário. Não temos uma economia próspera e um concelho competitivo e empregador. Não há no nosso território um planeamento que facilite a laboração e o sucesso das nossas empresas, que promova a criação de novo emprego e que atraia investimento para o concelho.

Em segundo lugar estamos longe de ter satisfeitas necessidades básicas. Se no saneamento vamos agora chegar a taxas de cobertura pelo menos aceitáveis, a verdade é que num concelho banhado por dois fartos e abundantes rios continua a faltar água nas torneiras sempre que chegamos ao verão. A rede de abastecimento que temos conta 30 anos! Inaceitável um facto que só resulta da inabilidade e irresponsabilidade política de quem gere os investimentos do Município.

Por último, num concelho que se diz de atração turística e onde se anuncia taxas de ocupação esgotadas – como se um copo cheio significasse o mesmo que meia garrafa – continuamos a desprezar as condições mínimas de atratividade, com estradas municipais esburacadas, jardins e espaços verdes públicos abandonados e, pior de tudo – um serviço de recolha de lixo insuficiente que tem sido alvo de permanente desinvestimento de há uns anos a esta parte.

Pelo meio, os responsáveis sacodem a água do capote, acusando os Amarenses de falta de civismo, gastos de água desmesurados, colocação de lixo fora dos (cheios) contentores, quando todos sabemos que quando os recursos faltam é mais fácil apontar o dedo que encontrar soluções.

Continua a ser muito bom viver em Amares. Temos um potencial imenso a explorar, que só está ensombrado por uma gestão que fecha os olhos ao essencial: a qualidade de vida dos Amarenses.

Quando se perceber que Amares tem que desinvestir nos eventos, para planear mais e apostar na qualidade de vida na nossa terra (e não porque um vírus assim o forçou), viveremos definitivamente num pequeno, mas fantástico concelho.

Talvez trabalhemos mais nele e não nos concelhos vizinhos. Talvez tenhamos tudo o que precisamos nele. Talvez vivamos muito mais nele.

Desejo-lhe umas boas férias!

OPINIÃO -
Beber? Sim, mas com moderação!

Opinião de Magda Durães

 

O consumo de bebidas alcoólicas sempre foi socialmente aceite em Portugal, em particular na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, da qual Amares faz parte. O vinho é tão importante na cultura amarense que até faz parte da bandeira do município. Acontece que os portugueses não sabem beber com moderação e, com frequência, ignoram as consequências adversas do consumo do álcool.

Até à data, foram identificadas 25 doenças crónicas e outras patologias inteiramente atribuíveis ao consumo de bebidas alcoólicas, ou seja, doenças nas quais o consumo de álcool é a principal e única causa, sendo suficiente para que a doença se desenvolva. Existem ainda muitas outras doenças para os quais o álcool é fator de risco, isto é, condições em que o consumo de bebidas alcóolicas, por si só, não é suficiente para ser responsável pela doença, precisando da conjugação com outros fatores como, por exemplo, os fatores genéticos.

Segundo o Perfil Local de Saúde 2018 do ACeS Gerês/Cabreira, no triénio 2012-2014, a taxa de mortalidade era consideravelmente superior nos cinco concelhos do ACeS (Amares, Terras de Bouro, Vila Verde, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho) em comparação com a zona norte no que diz respeito aos acidentes de viação e quedas acidentais, ao tumor maligno do cólon (intestino grosso) e às doenças crónicas do fígado, incluindo cirrose. O consumo de álcool poderá ser apontado como denominador comum de todas estas causas de mortalidade.

Se é evidente que a intoxicação alcoólica aguda propicia os acidentes de viação e as quedas acidentais, já não é tão evidente que o consumo de álcool pode trazer consequências que demoram anos ou, até mesmo décadas, a manifestarem-se. É sobre essas consequências que versa este artigo.

A longo prazo, o consumo de álcool é inteiramente responsável pelas perturbações da memória, alterações cardíacas (cardiomiopatia alcoólica), do estômago (gastrite alcoólica) e do fígado (em vários graus – desde o vulgar “fígado gordo” até à cirrose). É também responsável pela pancreatite aguda/crónica induzida pelo álcool e por alterações irreversíveis no feto devido ao consumo de álcool durante a gravidez (síndrome fetal alcoólico).

O consumo crónico de álcool é fator de risco para cancro em vários órgãos do corpo humano – boca, nasofaringe, esófago, cólon e reto, fígado, laringe, mama – e para doenças como a depressão, epilepsia e hipertensão arterial.

Apesar do consumo moderado poder ter um efeito protetor quanto aos eventos cardiovasculares, Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) e Acidente Vascular Cerebral (AVC), os riscos começam quando o seu consumo é excessivo. E quando é que o consumo é excessivo? Talvez fique surpreendido com o que vai ler a seguir…

 Considera-se consumo excessivo de álcool:

Mais de uma bebida padrão (10g de álcool), por dia, nas mulheres de qualquer idade;

Mais de duas bebidas padrão (20g de álcool), por dia, nos homens com menos de 65 anos;

Mais de uma bebida padrão (10g de álcool), por dia, nos homens com 65 ou mais anos.

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Figura 1 – Bebida padrão consoante tipo de bebida e sua graduação alcoólica.

É também considerado excessivo o consumo esporádico, numa única ocasião, de mais de 40g de álcool na mulher e 50g no homem (equivalente a 4 e 5 copos de vinho, respetivamente).  O binge drinking corresponde a um padrão de consumo superior a esta quantidade e mais de 2 vezes por mês e, em Portugal, tem particular incidência nos jovens.

Existem situações em que o consumo de bebidas alcoólicas é totalmente desaconselhado, como no caso de: crianças e adolescentes; grávidas; dependência de outras substâncias; algumas doenças nomeadamente do fígado e do coração; juntamente com alguns medicamentos; nos condutores ou trabalhadores que operam máquinas.

E agora é tempo de responder a algumas questões: no seu caso, sabe que tipo e quantidade de bebidas alcoólicas pode consumir diariamente sem estar a ter consumos excessivos? Preocupa-se com as consequências do consumo excessivo de álcool que poderão manifestar-se daqui a 20-30 anos?

A partilha de informação dá-nos a capacidade de fazer escolhas esclarecidas. Hoje em dia, estamos cada vez mais e melhor informados. Mas é tempo de mudar. As escolhas que fizer hoje, certamente, terão o seu impacto no futuro. Por isso, escolha beber com moderação.

Se tem consumos excessivos de álcool ou tem algum familiar/amigo com consumo excessivo, procure ajuda. Consulte o seu Médico e/ou Enfermeiro de Família.

OPINIÃO -
Sabia que dá multa se não passar na passadeira?

Nos meus vinte anos de carreira ao serviço da Polícia de Segurança Pública, no que concerne aos comportamentos e atitudes dos peões, fica e permanece a percepção de que os mesmos vivem um conceito de “quero, posso e mando” no que à sua circulação diz respeito na via pública. Porém, o Código da Estrada apresenta restrições e consequentes penalizações.

Além dos condutores, os peões também têm as suas responsabilidades na estrada. É muito comum vermos peões a atravessarem as faixas de rodagem e às vezes sem qualquer cuidado.

Vamos ver então o que refere o Código da Estrada:

Quem circula a pé também está abrangido pelo Código da Estrada. É preciso respeitar a sinalização, os condutores e toda a lei.

O artigo 99, do CE, revela quais os Lugares em que podem transitar (os peões):

  • 1 – Os peões devem transitar pelos passeios, pistas ou passagens a eles destinados ou, na sua falta, pelas bermas.
  • 2 – Os peões podem, no entanto, transitar pela faixa de rodagem, com prudência e por forma a não prejudicar o trânsito de veículos, nos seguintes casos:
    • a) Quando efetuem o seu atravessamento;
    • b) Na falta dos locais referidos no n.º 1 ou na impossibilidade de os utilizar;
    • c) Quando transportem objetos que, pelas suas dimensões ou natureza, possam constituir perigo para o trânsito dos outros peões;
    • d) Nas vias públicas em que esteja proibido o trânsito de veículos;
    • e) Quando sigam em formação organizada sob a orientação de um monitor ou em cortejo.
  • 6 – Quem, com violação dos deveres de cuidado e de proteção, não impedir que os menores de 16 anos que, por qualquer título, se encontrem a seu cargo brinquem nas faixas de rodagem das vias públicas é sancionado com coima de (euro) 30 a (euro) 150.

O maior dilema, em minha opinião é mais importante a saber é a questão das passadeiras.

“Os peões só podem atravessar a faixa de rodagem nas passagens especialmente sinalizadas para esse efeito ou, quando nenhuma exista a uma distância inferior a 50 m, perpendicularmente ao eixo da via.” Caso não cumpram a coima vai dos 10 aos 50 euros. É também fundamental que o atravessamento da faixa de rodagem deve fazer-se o mais rapidamente possível. Os peões em norma interpretam que a passadeira é uma travessia garantida onde circulam a “passear” e com entrada na mesma de forma rápida e repentina. Mais que a contra-ordenação inerente, passar na passadeira tem regras, porque importa mais a nossa integridade física e vida.

Boas Férias!