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OPINIÃO -
Freguesias, autarcas e as lições do COVID!

Sou daqueles que pensam que, com mais ou menos dificuldade, lá para o final de 2021 o mundo vai olhar para este COVID-19 como um pesadelo que vencemos com galhardia. Fica claro que estamos longe de ter o problema resolvido, mas é verdade que o país e os governantes têm sabido levar esta crise com perseverança, lucidez, pragmatismo e um humanismo que se assinala, numa sociedade que tende a ter os desempenhos económicos sempre no horizonte. 

Contudo, em plena crise, há cinco lições que já podemos retirar desta tempestade.

Primeira lição: Os Presidentes de Junta e os autarcas locais têm sido dos mais importantes aliados para uma atuação eficaz no terreno, pois são eles que garantem que ninguém fica para trás, nesta avalanche de trabalho que caiu nas mãos das autoridades públicas. São o cimento de toda a estratégia desencadeada no terreno. Também por isso, venha de lá rapidamente a reversão da agregação de freguesias fabricada pelo Ministro Relvas, porque essa só prejudicou o povo. 

Segunda lição: Em Portugal e em Amares, os autarcas têm que priorizar definitivamente as políticas públicas, orientadas para o bem estar social, para a proteção dos desfavorecidos, para o apetrechamento de respostas públicas. Fica demonstrado que Câmaras que só lançam eventos e festas não beneficiam o planeamento dos territórios e isso fragiliza, principalmente cidadãos desprotegidos, cada vez mais à mercê destas crises- surpresa. 

Terceira lição: No advento da globalização, para Amares, para o país, para a Europa, para o mundo ocidental tal como o conhecemos, fica claro que já não é só o turista que chega cá. A Ásia é já ali ao lado. A fome lancinante que se vive na África, é já aqui abaixo. Os fenómenos de insegurança social mais vividos nas “América’s”, são ali do outro lado. Ou seja, é tudo aqui perto. Não é de ninguém. É de todos! 

Quarta lição: Percebemos da pior forma que Bolsonaro’s e Trump’s – e também Ventura’s – não servem para governar. Estes populistas não passam de espertalhões que exploram o descontentamento social, em contextos favoráveis, mas quando a “terra treme” não passam de imbecis que se acobardam para não caírem da cadeira.

Quinta lição: Hoje, o mundo está muito mais consciente que as ameaças são invisíveis a olho nu. Já não são só os drones milionários, ou a energia nuclear, que tanto nos atormentam. Não é o domínio pela força do dinheiro, os lobby’s de instituições mais ou menos secretas, que mais ordenam no destino dos mundos. Hoje, num tempo em que os direitos humanos e as democracias são ameaçadas, basta um “bicho”, um ser biológico ínfimo, que não escolhe status, raça ou cor, para destruir qualquer estratégia e qualquer organização do mundo. 

E o futuro?
No advento da atual globalização, uma civilização inteira fica à mercê de um qualquer coronavírus, ainda mais letal, mais contagiante, mais avassalador que possa surgir nas próximas décadas.
O mundo tem que refletir. Temos que preparar-nos para uma nova forma de viver.
Os autarcas eleitos (onde me incluo), na pequena escala da nossa terra, têm responsabilidades acrescidas.
Depois da tempestade, vamos avaliar danos. Os eleitos pelo povo, nomeadamente nos Municípios, estão obrigados a olhar mais para o seu povo em vez de fazer de conta. À falta de festivais, ocupe-se o tempo a planear uma terra de gente que vai sobreviver, mas que precisa de autarcas que sejam capazes de reinventar a sua forma de atuação. A bem de todos.

Menos comunicação e mais ação!
Desejo a todos saúde.
Não se intimide perante o que lhe surgir no futuro.
Proteja-se, exija e atue! 

OPINIÃO - -
O que fazer para combater a ansiedade em tempos de isolamento

Opinião de Bruna Silva

 

Vivemos tempos inéditos. As notícias entram-nos pelas nossas casas com novidades difíceis de assimilar. Ouvimos e lemos tantas informações e, ainda assim, sentimo-nos perante o desconhecido. É natural que estas sensações que experimentamos possam acarretar consequências no que diz respeito a ansiedade e stress. O que foge ao nosso controlo tem efeitos adversos na nossa mente. É de extrema relevância avaliarmos o que está à nossa volta passível de controlo, para que possamos aí concentrar a nossa energia. A Ordem dos Psicólogos Portugueses tem lançado uma série de documentos imprescindíveis, disponíveis para consulta no seu site.

O que podemos fazer para diminuir estes efeitos adversos?

Sem dúvida que é importante mantermo-nos atualizados. Mas é fácil deixarmo-nos envolver por informações que nos podem conduzir a erros de compreensão. Tente cingir-se a fontes oficiais de informação. No entanto, é importante controlar o tempo investido a esta tarefa, pois o excesso pode aumentar os seus níveis de ansiedade.

Ainda que mais limitado, tente manter o contacto social, principalmente com pessoas em quem confiamos. Faça-se valer do telefone, redes sociais, mensagens, videochamadas.

Consegue contabilizar as vezes em que pensou “quem me dera poder ficar em casa hoje”? Aproveite este momento para fazer coisas para as quais normalmente não tem tempo. Cabe-lhe a si ser criativo! Tente manter-se ocupado com atividades que lhe deem prazer.

Por outro lado, não se esqueça que estes dias terão fim próximo. Mantenha-se positivo! Por isso, e também para auxiliar este pensamento, tente manter a sua rotina diária. Isto inclui as horas de sono e de refeição, tal como o vestir-se, ainda que com roupas mais confortáveis.

Pratique exercício físico. Estar em casa é, por si só, uma forma de estar mais sedentária, por isso tente contornar esta condição. Existem inúmeras formas de exercício que podemos realizar em casa. Por exemplo, o UrbanAcademy tem publicado na sua página de Facebook todos os dias aulas virtuais, desafios e receitas saudáveis, que se encontram disponíveis para toda a população. Poderá parecer-lhe difícil iniciar esta prática, mas a sensação de controlo que experienciará de seguida será valioso. “Corpo são, mente sã”!

Alimentação equilibrada. Está comprovado que este é dos fatores mais relevantes para manter a sua saúde física e mental. Se sentir dificuldade em resistir àquelas tentações proibidas, existem algumas coisas que o poderão ajudar. Aproveite também este tempo para aprender dicas neste sentido.

Todos estes fatores o ajudarão a confiar nas suas capacidades e a manter-se positivo. E se precisar de ajuda, peça-a. O importante é concentrar-se nas suas necessidades!

OPINIÃO - -
Superação em tempos difíceis…

Podemos encarar a vida humana como uma corrida de obstáculos e de longo curso, começando na luta por um lugar ao sol, iniciando a nosso percurso, no interior da barriga da nossa mãe, numa luta pela conquista para a fecundação, ultrapassando variadíssimos obstáculos, sem desanimar nem perder o entusiasmo.

Após a fecundação, e após nove meses, nasceu um novo ser, que nascendo pequeno, frágil, vai crescer, aprender, lutar, persistir, numa luta constante para continuar a conquistar o seu lugar na sociedade, cooperando num sistema capaz de fazer a diferença e acrescentar valor à sua vida e à vida em sociedade.

Assim, a vida é feita de aprendizagem, na medida em que estamos sempre a começar quase do zero, quando iniciamos um novo curso, um novo emprego, uma nova posição de trabalho, uma nova função, uma nova realidade ou novas circunstâncias, tal como nas palavras de Abraham Lincoln “O êxito da vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim pelas dificuldades que superou no caminho.” Já Fernando Savater afirmou que “Cada escolha livre determina decisivamente a orientação das nossas escolhas futuras e isso não é argumento contra a liberdade mas sim motivo para tomá-la a sério e ser responsável.”

Vivendo nós, numa fase difícil para toda a humanidade, nova e nunca vista anteriormente, colocando à prova a nossa capacidade de nos proteger, de nos reinventar, de refletirmos sobre o modo de viver em sociedade e tal como afirmou Fernando Pessoa “Pedras no meu caminho? Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo.”

Estamos num tempo de reflexão, de auto-conhecimento, de aprendizagem individual e de crescimento humano, precisamos de encontrar novas formas lidar com os novos desafios ao nível da saúde individual e coletiva, ao nível das novas formas de trabalho, na reorganização da conciliação da atividade laboral, vida pessoal e vida em coletividade, na procura constante do bem estar pessoal e social, na procura da equidade entre a vida em sociedade e o equilíbrio ambiental. Precisamos de compreender o pensamento de Lao-Tsé “Quem conhece os outros é sábio; / Quem conhece a si mesmo é iluminado.”

Neste sentido, a iluminação consiste em conhecer-se a si mesmo, pois somos um mundo em nós mesmos, na medida em que “somos o resultado do nosso pensamento”, e nos nossos pensamentos transportamos todo o nosso ser, toda a nossa existência. E tendo em consideração os obstáculos, as dificuldades, os desafios que encontramos e à medida em que crescemos, aprendemos e evoluímos, precisamos de “reprogramar a nossa mente” repensar aquilo que fazemos plantando um novo, pensamento, adquirir um novo hábito, obter um carácter relevante, para poder encontrar um novo destino, ou como afirmou Sócrates“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.”

OPINIÃO - -
Que medidas adotar durante o isolamento Social Profilático

Artigo de Marina Mesquita

Em Dezembro de 2019 foi identificado um novo vírus da família coronavírus (SARS-CoV-2) em Wuhan, cuja infeção ainda não tinha sido identificada em seres humanos até então. Assim, a infeção pelo vírus SARS-CoV-2, apelidada posteriormente pela Organização Mundial de Saúde de COVID-19 tornou-se um desafio diário para a comunidade científica.

Ainda não foi possível determinar, com certeza, a origem do vírus nem a sua capacidade total de transmissão mas, para já, sabe-se que o SARS-CoV-2é transmitido pessoa a pessoa, através do contato próximo com indivíduos infetados, superfícies ou objetos contaminados. A transmissão através da via respiratória parece ser a mais usual, quando o vírus é expelido através de gotículas que se libertam quando uma pessoa infetada tosse ou espirra e estas gotículas contactam com o nariz, boca ou olhos de quem está na proximidade.

Estima-se que o período de incubação da doença (isto é, o espaço de tempo entre uma pessoa ser infetada e começar a ter sintomas) seja entre 2 a 14 dias, pelo que é possível que uma pessoa infetada não manifeste ainda tosse, febre ou dificuldade respiratória mas esteja a transmitir o vírus aos que a rodeiam. Assim, a PREVENÇÃO é a melhor atitude para quebrar a cadeia de transmissão do vírus e proteger a saúde de toda a população, desde familiares, amigos, colegas de trabalho aos desconhecidos com quem nos cruzamos no dia-a-dia. Para que a prevenção seja eficaz, nunca se esqueça das medidas divulgadas pela Direção Geral da Saúde: evite o contacto físico com pessoas (ex: cumprimentar, apertos de mão); quando tossir ou espirrar tape a boca e o nariz com o braço; lave frequentemente as mãos com água e sabão ou, à falta destes, com uma solução à base de álcool.

No caso de ter tido contacto com um caso CONFIRMADO de COVID-19 ou se lhe foi recomendado isolamento social profilático pela Autoridade de Saúde, cumpra todas as medidas abaixo recomendadas no cartaz.

No caso de não viver sozinho, deve ficar numa divisória arejada separada dos restantes conviventes, com porta fechada. Preferencialmente, use um quarto de banho próprio; se não for possível, reforce a limpeza da casa de banho após a sua utilização, com água e lixivia.

Não se esqueça de medir a temperatura diariamente de manha e à noite e esteja atento ao aparecimento de sintomas como febre, tosse, falta de ar, dificuldade respiratória, mialgias (dores musculares) e artralgias (dores nas articulações). Se manifestar sintomas, contacte a Autoridade de Saúde que lhe recomendou o isolamento social profilático para orientação.

OPINIÃO - -
COVID-19, AMOR-20

Opinião de Jacinta Marta Fernandes

 

O COVID-19 surgiu em 2019, depressa se propagou para 2020 e se disseminou pelo mundo inteiro. Este vírus, que partiu de uma pessoa, apenas uma, rapidamente propagou-se a mais de cem mil, em cerca de três meses (este artigo foi escrito a início de Março). De facto, uma contaminação galopante… Com ele, veio o pânico, o medo, o caos, mas também a desinformação, alguns alarmismos e comportamentos infundados e inconsequências daqueles que se julgam imunes ou que a desgraça é sempre alheia.

Toda esta situação poderá ser vislumbrada, noutra dimensão, como uma espécie de «ensaio sobre a cegueira»!

Não é altura para inconsciências! Aliás, esta será a melhor altura, para a maioria de nós, ter a oportunidade de praticar ou despertar a consciência! Vivemos numa era de globalização: não só económica ou de mobilidade, mas de inter-relações. Não estamos isolados! São quase inexistentes as barreiras físicas e, cada vez mais, o que acontece de um lado do mundo, rapidamente, terá efeito no outro.

Talvez esta tenha sido uma forma de mostrar como estamos todos ligados! E que uma nova era de humanização é necessária.

Por graça, do caos surge a ordem: medidas de contingência vão sendo implementadas e acções tomadas. Será entendível, portanto, que o isolamento seja uma medida óbvia, para parar algo transmissível e contagiante, em prole dos mais vulneráveis e de todos nós.

O afastamento físico que se requer no momento, será também uma forma de nos fazer parar um pouco. Que este abrandamento e recolhimento seja uma oportunidade de introspecção, de um olhar para dentro. Uma oportunidade de reflexões e questões. Como vivo a minha vida? Como me nutro, como trato o meu corpo e a minha alma? Que tipo de barreiras crio, constantemente, a mim e aos outros? De que forma trato ou afecto os outros? Que tipo de comportamentos e hábitos posso alterar para melhorar a natureza e o planeta onde vivo?

Afinal, o que é ser-se responsável? Cada gesto, cada palavra, cada pensamento, quando criados, possuem um determinado impacto, vibraram numa determinada energia e afectarão alguém…

Na verdade, sempre temos forma de cocriar empatia, responsabilidade, solidariedade, entre-ajuda e compaixão. E todas estas acções, como muitas outras, não serão mais do que formas “víricas”, ou de contágio, de amor…

Façamos este exercício metafórico ou paralelismo: tal como o COVID, o AMOR pode ser espalhado feito vírus, a partir de cada um de nós.

E que neste ano 2020 a humanidade possa disseminar o AMOR-20!

OPINIÃO - -
Higiene do Sono, uma ferramenta de saúde mental face à Pandemia

O momento que nos encontramos a viver é deveras desafiante para todos, desde os que se encontram em isolamento involuntário, vendo assim alteradas todas as suas rotinas e constrangida a sua liberdade, até àqueles que, por força das responsabilidades laborais, se veem obrigados a sair de casa e, por isso, mais expostos à ameaça de contágio pelo novo coronavírus.

Angústia, medo, ansiedade, tristeza, raiva, muitas podem ser as reações emocionais neste momento e existem já recomendações por parte da OMS para a preservação da saúde mental face aos desafios da Pandemia: manter o contacto com familiares e amigos através do telefone e redes sociais; manter um estilo de vida saudável, cuidando a sua alimentação, exercitando-se e abstendo-se de consumos nocivos; manter-se informado, selecionando fontes credíveis e limitando o tempo de exposição a notícias perturbadoras, são algumas dessas recomendações.

Pela sua função restauradora, de conservação de energia e de proteção, o sono é essencial ao ser humano. Ele é um fiel barómetro das nossas inquietações e, muitas vezes, o primeiro sintoma de que algo não está bem nas nossas vidas é a dificuldade em dormir. É por isso possível, face à presente pandemia, que o leitor se esteja a confrontar com este tipo de problema.

A privação de sono, comprometendo as suas atividades diárias, pode trazer-lhe dificuldades sociais, somáticas, psicológicas e cognitivas, a curto, médio e longo prazo. Nas crianças e adolescentes, ela pode até comprometer o seu são desenvolvimento.

A Higiene do Sono consiste num conjunto de gestos e hábitos simples, que, adotados de forma sistemática, melhoram a qualidade do sono. As regras que a seguir partilho consigo vão ser úteis não apenas nestes conturbados tempos de pandemia, como pela vida fora.

  • Estabeleça um horário regular para dormir e acordar e tente cumpri-lo independentemente de ser dia útil ou fim-de-semana.

  • Durma apenas o número de horas necessárias. Um adulto saudável precisa em média de 7 a 9 horas de sono por noite, mas esta necessidade varia de indivíduo para indivíduo. Uma forma de perceber se o que dorme é suficiente é avaliar em que medida o sono foi reparador e revitalizante.

  • Se tem o hábito de fazer sestas, não exceda os 45 minutos de sono durante o dia.

  • Pratique exercício físico regular, mas evite fazê-lo imediatamente antes de se ir deitar.

  • No mesmo sentido, evite atividades estimulantes, como ver filmes de ação ou usar o computador ou telemóvel, ao deitar.

  • Antes de dormir, faça algum tipo de relaxamento (por exemplo: ouvir música calma, ler um livro, tomar um banho quente ou meditar).

  • Evite o consumo de álcool e nicotina, especialmente quatro horas antes da hora de dormir, e o consumo de cafeína (café, chá, refrigerantes, chocolate) seis horas antes da hora de dormir.

  • Evite comidas pesadas, picantes ou doces, quatro horas antes da hora de dormir, no entanto, não se deite com fome. Uma refeição pequena e ligeira antes de se ir deitar é aceitável.

  • Ao jantar, privilegie alimentos ricos em cálcio e vitamina B, pelas suas propriedades sedativas.

  • Evite o excesso de quaisquer líquidos à noite. Isto evitará interromper o sono para ir à casa de banho.

  • Caso desperte durante a noite, não coma, sob pena de habituar o organismo a despertar sempre que haja sensação de fome.

  • Utilize pijamas e roupa de cama confortáveis e adequadas à estação. Não deve sentir frio, nem calor durante a noite.

  • Mantenha o quarto bem ventilado e a uma temperatura agradável.

  • Bloqueie o mais possível os ruídos e elimine a luminosidade ao máximo.

  • Reserve o seu quarto para dormir e praticar sexo. Evite utilizá-lo para trabalho ou recreação geral (ex., tv, videojogos, telemóvel e tablet).

OPINIÃO - -
Quarenta, Quarentena, Quaresma e Ressurreição.

Rapidamente Wuhan alcançou todo o mundo. Quarenta anos após o lançamento da primeira rede móvel, a rede 5G poderá não reunir condições suficientes, para conseguir tal acesso e rapidez num curto espaço de tempo.

Covid-19 um vírus que causa doença ao ser humano, a infeção pode ser semelhante a uma gripe comum ou apresentar-se como uma doença mais grave, como a pneumonia. Foi detetado e identificado em dezembro de 2019, no território chines, na cidade de Wuhan. O vírus atingiu centenas de pessoas na China alastrou-se também à Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, EUA, Singapura e Vietnam. No entanto, devido ao novo Ano Lunar Chinês, havia o risco de o vírus se espalhar largamente, com as deslocações de milhares de pessoas a fim de comemorar. Já provocou milhares de mortos e cada vez existem mais pessoas infetadas em todo o Mundo. Segundo a OMS, o epicentro da epidemia está concentrando agora na Europa. Em Roma, Itália, foram confirmados positivo confirmando-se positivo a 2 turistas chineses que se encontravam na cidade de Roma a 31 janeiro, poucos dias depois, na região de Lombardia confirma-se mais 60 casos e a primeira fatalidade.

Tal como eu, outras pessoas acompanhavam com alguma curiosidade e uma momentânea inquietação à evolução do surto na cidade de Wuhan. Inicialmente, por parte da DGS, era bastante notória a omissão sobre o assunto, quando questionados, contestavam com algumas das seguintes afirmações: “(…) não temos que ficar alarmados. “; “(…) é um bocadinho excessivo a possibilidade de contágio entre humanos.”; “Não há grande possibilidade de chegar um vírus destes a Portugal.

No território nacional, os 2 primeiros casos confirmados surgiram a 2 de março, a 16 março ocorreu a primeira fatalidade e já com 331 casos confirmados. Até á data de envio deste artigo, em Portugal, contabilizava 1600 casos confirmados, entre os quais, 169 em internamento, 41 em cuidados intensivos, 5 recuperados e 14 óbitos. Seguramente, segundo as estatísticas de especialistas em Epidemiologia, os números serão superiores.

A resposta dos portugueses foi mais rápida que as afirmações de Graça Freitas, na prevenção e contenção à evolução do Covid-19. Fecharam escolas, procedeu-se ao isolamento social, decretou-se Estado de Emergência e entramos em Quarentena.

A história da quarentena nasceu há muito tempo. No seculo 14, a peste bubónica matou mais de um terço da população da Europa. Na época, pouco se sabia sobre a doença. O governo de Veneza, temendo que o mal viesse do mar, determinou que as embarcações ficassem isoladas durante 40 dias antes do desembarque dos passageiros. Porquê 40 dias? Ninguém sabe. Uns falam na influência da quaresma, período de 40 dias que Jesus passou no deserto antes de ser testado pelo demónio.

Este ano teremos a Páscoa, dois dias antes do pico da epidemia, 14 de abril, previsão avançada pela ministra da saúde. Que se testemunhe essa data e se introduza o período de Ressurreição, primordial para Portugal!

OPINIÃO - -
Sabia que o Covid-19 Tracker – Malware Covidlock é uma ciberameaça?

Estamos perante um novo modelo de prática criminal, práticas essas relacionadas com crimes praticados via internet. A pandemia que nos assombra Covid-19, infelizmente é uma já uma forma de burlar aos mais distraídos.

No âmbito do acompanhamento e monitorização de ameaças relacionadas com a segurança no ciberespaço sinaliza-se o aproveitamento por parte de cibercriminosos do contexto atual de propagação do vírus «COVID-19» na realização de diversos ciberataques. Entre estes ataques salienta-se a aplicação «COVID-19 Tracker», app que promete dar acesso a um map tracker do Coronavírus, bem como informação estatística referente ao mesmo, mas que na realidade é um esquema de «ransomware» para equipamentos android, e que mereceu, inclusive, destaque nos OCS1. O Centro Nacional de Cibersegurança apela a que quem já tenha sido burlado contacte esta entidade, através do e-mail [email protected], e a PJ.

Os utilizadores que a instalam e lhe concedem todas as permissões solicitadas vêem o seu dispostito bloqueado, sendo-lhe exigido um resgate no valor aproximadamente 90 euros pagos em bitcoin num prazo de 48horas, única forma de ter acesso à chave de desencriptação. Para além do sítio supra identificado, esta aplicação, que não está disponível na Google Play Store, pode ser encontrada em lojas de aplicações alternativas, com APK Mirror ou F-Droid4.

Este é um exemplo em que a propagação do novo coronavírus tem originado, um maior número de ciberataques, a coberto de alegadas campanhas de instituições internacionais, de recolhas de donativos fraudulentas e da suposta divulgação em tempo real de informação sobre a pandemia.

Não instale qualquer aplicação móvel (Android ou IOS-Apple) que não seja fidedigna e disponibilizada pelas lojas oficiais dos fabricantes (Google Play e AppStore). Esta entidade pede ainda a que quem procura informação atualizada sobre o Covid-19 o faça nos sites de “fontes credíveis”, nomeadamente a Direção-Geral da Saúde e a Organização Mundial de Saúde.

Com a generalidade da população a evitar sair à rua, foram, de resto, já três os alertas de “phishing” (roubo de informação confidencial) emitidos, em apenas cinco dias, pela Procuradoria-Geral da República. Os destinatários das burlas têm sido clientes do Millenium bcp e do Crédito Agrícola e consumidores da EDP titulares de cartão de crédito.

No caso das instituições financeiras, os cidadãos atingidos começaram por receber e-mails intitulados, respetivamente, “Notificação nova mensagem” e “Importante – informações da conta # 0012807325”. Após clicar no links, os clientes foram encaminhados para páginas falsas que aparentam tratar-se do homebanking.

Já na última situação, o e-mail tem “Reembolso Nº 100000251” no assunto e garante que os clientes da EDP serão reembolsados em 52,56 euros. Em todos, o conselho é não clicar nos links nem fornecer dados.

Não se deixe burlar pelas ciberameaças e fique em casa no combate a este “inimigo”!

OPINIÃO - -
Magalhães? Cadê?

Num tempo de isolamento, recolhimento e reflexão sobre a nossa condição humana e social, em que os desafios que se colocam a todos, no futuro, serão extremamente exigentes, não quero deixar de iniciar esta crónica, apelando a todos para ficarem, o mais possível, em casa.

A educação tem, nestas duas semanas após o encerramento dos estabelecimentos de ensino, uma verdadeira prova da sua vitalidade, do seu actual estado, das suas fragilidades e das suas forças. Sabendo que, em termos presenciais, a escola como a conhecemos acabou no presente ano letivo, convém perspetivar os tempos mais próximos, sobretudo o terceiro período.

A primeira evidência é que não estamos preparados para o ensino à distância. Há famílias sem as mínimas condições para responder aos desafios que são colocados nesta matéria ou porque não têm computadores ou porque a rede de internet é praticamente inexistente ou ainda, porque a sobrecarga da rede é tal que torna tudo mais lento.

Depois, os conteúdos não estão adequados para este sistema de ensino. Não faz muito sentido andarem-se a imprimir exercícios para voltar a digitalizar e enviar, depois, para os professores. Como, também, não faz muito sentido dar aulas, neste sistema, como se dentro de uma sala se estivesse, com a duração prevista.

A segunda evidência é que chegados a 2020 se percebe quão impreparada está a sociedade, a escola e as famílias para a realidade virtual. Fala-se em 5G e há quem esteja já a testar o 6G mas o percurso que um país como o nosso tem que fazer para massificar tudo isto é longuíssimo. Ou então, criaremos um país com várias velocidades reflectindo-se isso nas próprias escolas.

Já agora onde está o programa de um governo anterior que queria tornar as novas tecnologias uma realidade quotidiana, tendo, inclusive, distribuído computadores por milhares de alunos, os famosos Magalhães, lembram-se?

Não era já, nessa altura, objectivo tirar sobrecarga das salas de aula, permitindo aos alunos estudar, pesquisar e descobrir fora do contexto escolar? E os professores não iriam ter ferramentas adequadas e adaptadas? Mas como se pode falar em ensino à distância em escolas com um parque informático obsoleto e sem qualquer garantia de fiabilidade?

O terceiro período vai ser difícil. Há uma nova realidade para a qual a comunidade educativa não está preparada mas há também um buraco negro de incerteza quanto às lições que todos os agentes poderão e deverão tirar de tudo isto. E não ponho na equação os exames e as provas de aferição (realidades distintas) para que tudo não fique ainda mais negro.

Uma palavra final para o Ministro da Educação e apenas para lamentar que Tiago Brandão Rodrigues não seja mais pró-ativo sobre o que podem esperar as escolas. Já todos sabemos que a realidade é excepcional, que é tudo novo para todos mas soluções para o presente e ideias para o futuro têm que ter a sua cara e as suas palavras. Deixar para o secretário de Estado é relativizar um problema que é grave.

Caso para dizer, senhor Ministro não fique em casa e fale com a comunidade educativa nem que seja por skype e através de um ecrã de televisão.

OPINIÃO - -
O COVID-19 em Amares

Anunciou-se lá longe na China. Chegou à Europa e entrou em Portugal. Amares já lhe conhece a força. O novo coronavírus trouxe uma crise ao mundo ocidental que promete escrever páginas negras na história. Não se iluda aquele que pensa que vamos passar por isto como quem passa por uma constipação. Não se pense que chegado o verão o problema fica para trás. Os especialistas garantem que quem escapar ao contágio neste pico da pandemia, não estará a salvo quando voltar a atacar no próximo inverno.

Nem tudo será fácil e igual depois desta crise, mas nem tudo é tão desastroso como se apregoa. O vírus mais temido do momento felizmente está longe de ser um dos mais mortais, mas reúne um conjunto de características que fez o mundo leva-lo muito a sério. Desde logo porque contou com dois fatores que o transportaram numa pandemia: salta de pessoa em pessoa com enorme facilidade e ainda não tem uma vacina que nos torne imunes. O mais crítico é que este vírus é capaz de provocar pneumonias e infeções respiratórias fatais em pessoas mais fragilizadas.

A chegada mais tarde a Portugal e a propagação lenta no concelho de Amares fazem-me pensar nas questões da interioridade e dos territórios mais isolados, que, ironicamente, nestes casos acabam mais protegidos – veja a baixa propagação no Alentejo. Na verdade, nos fenómenos epidémicos a taxa de crescimento de infetados é exponencial onde o contagio é mais rápido, onde há mais interação social, nos aglomerados onde há mais gente em contacto.

Quando Amares recebeu a primeira visita do “bicho”, já ali ao lado em Braga havia dezenas de infetados. Isto comprova que os circuitos de gente entre Braga e Amares, por exemplo, são pouco intensos e, eventualmente, mais cautelosos, pois já estávamos de sobreaviso.

Outro fator que me deixou particularmente orgulhoso foi perceber o enorme sentido de responsabilidade manifestado pela atitude corajosa de uma grande parte dos comerciantes de Amares, que encerraram voluntariamente os seus estabelecimentos ainda antes de declarado o estado de emergência. Nunca poderei prova-lo, mas acredito que esta atitude pode ter evitado umas boas dezenas de contágios, quiçá até salvado vidas humanas.

Agora vêm aí tempos difíceis e estou em crer que Portugal se preparou para não vivermos uma crise como aquela que italianos e espanhóis estão a sofrer, com o colapso dos recursos de saúde. Se daqui a semanas tivermos conseguido tal façanha, isso deve-se a um país que se organizou, mas principalmente a um povo que na sua maioria poderá ter dado uma enorme lição de civismo e solidariedade. Oxalá eu esteja certo!

Por agora, cada um de nós seja consciente e batalhe, da forma que estiver ao seu alcance, cumprindo rigorosamente as instruções. Depois da tempestade pensaremos o que fazer. Mas aí, serão os governantes e líderes deste país – com ou sem ajuda europeia – que terão que engendrar uma forma de voltar a fazer este cantinho da Europa funcionar.

Os autarcas eleitos (onde me incluo) têm responsabilidades acrescidas. Cabe-nos encontrar soluções antecipadamente. Temos missões pela frente… Proteger os nossos idosos, levando até eles tudo o que precisem. Apoiar as organizações sociais. Auxiliar as famílias de parcos recursos. Ajudar quem dá empregos às nossas famílias. E também nós, depois da tempestade temos que avaliar danos. Atuar!

Amanhã haverá um novo mundo. O nosso deu mais um tombo, mas vai seguramente reaprender a andar. E mais rápido do que se imagina!

Desejo saúde a todos e muita perseverança.

Estamos juntos!