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OPINIÃO -
A relevância da experiência do cliente

A dinâmica comercial tem vindo a utilizar um conjunto de experiências e tecnologias, cada vez mais conectadas, interativas e unificadas, procurando colocar o cliente sempre no centro das suas decisões. Atualmente, a organização comercial tem como objetivo implementar uma estratégia das experiências, que sejam atrativas, criativas e envolventes, procurando diferenciar-se de forma interessada, envolvida e inspiradora, criando experiências únicas para os clientes.

Para proporcionar um serviço ao cliente cada vez mais interativo, algumas das formas da sua dinamização são: videochamadas, inteligência artificial, canais de vídeo como Youtube e TikTok.

A inteligência artificial tem como como propósito que as máquinas se tornem aprendentes e autossustentáveis, capazes de se aptarem aos comportamentos dos consumidores e às tendências de consumo. A criação de conteúdo na construção e promoção das histórias das marcas e dos seus produtos, partilhando, interagindo e criando relações duradouras.

Exemplo dessa interação temos a “Retail Dive está a testar uma aplicação que a partir de casa, depois de inserir a palavra nos termos de pesquisa, apresentar-lhe-á diversas opções baseadas nas suas compras anteriores. Depois de adicionada ao seu carrinho, o consumidor poderá escolher essa o outra opção.”

Relativamente aos aspetos que contribuem para a coordenação de alternativas diferentes e inovadoras são: a escassez de colaboradores, bem como, a procura contante de proporcionar um alinhamento constante com os interesses e comodidade do cliente, utilizando para esse efeito, influenciadores digitais, embaixadores da marca, chatbot, redes sociais, entre outras.

Sobre a tecnologia e de acordo com a “Mobile as a driver of retail sales in 5 charts, o m-commerce valerá 41,8% do comércio eletrónico na área do retalho, sendo que irá aumentar, em 2026, para 743,39 mil milhões de dólares, representando 46,3% do comércio eletrónico a retalho.”

Verificamos que o consumidor pretende fazer compras de forma cada vez mais independente, rápida, em qualquer local, cómoda, simplificada e amigável criando uma experiência positiva e momentos agradáveis. Assim, os clientes esperam das organizações, experiências únicas, superação das suas expetativas e valor acrescentado na minimização das suas “dores”, desafios e capacidade para os conquistar, mantê-los sempre presentes, como utilizadores, embaixadores e fãs das suas marcas.

OPINIÃO -
A Preocupação

Artigo de Hélder Araújo Neto, Psicólogo

 

Trago mais um tema ligado à saúde mental; a preocupação. Este construto tem má reputação, de certo modo merecida, quando é excessivo, sendo que, mais adiante, versarei sobre o lado mais negativo. Desejo, no entanto, começar pelos aspetos mais positivos. A principal função da preocupação é proteger-nos dos perigos, sendo uma resposta do nosso cérebro a ameaças potenciais. Preocupação é algo que todos temos e que pode ser um hábito protetivo quando, por exemplo, colocamos protetor solar por nos preocuparmos com um eventual cancro de pele ou quando colocamos o cinto de segurança, para nos protegermos em caso de acidente, ou então quando fazemos exames médicos, regularmente, por nos preocuparmos com a nossa saúde. A preocupação pode também ter efeitos motivadores, como no caso de estarmos preocupados com determinado problema. Serve para sugerir que devemos estar atentos e manter a eventual resolução como prioritária. O desconforto causado pela preocupação pode levar-nos à ação para resolvermos efetivamente determinado problema e, assim, sentirmo-nos melhor.

Por outro lado, a preocupação pode ser nefasta, a vários níveis, que é de onde advém a sua má fama. A preocupação excessiva mantém-nos presos num estado de alerta constante, provocando a libertação de adrenalina e cortisol no nosso sistema, vendo o perigo em todo o lado, provocando, isso, com que a nossas respostas sejam, quase, só emocionais, perdendo, assim, a capacidade de raciocinar com lógica, para além de afetar-nos fisiologicamente, elevando a pressão arterial, aumentando a propensão para o aparecimento de arritmias e também piorando a qualidade do sono. Somos afetados também nas nossas relações sociais, e, sobretudo, na nossa relação connosco (para mim, a relação mais importante), com o nosso tempo, sendo que, passando tempo sozinhos, com os nossos pensamentos, pode tornar-se insuportável. Quem se preocupa, em excesso, não aproveita, não vive o presente, estando permanentemente a cogitar situações imaginárias (sem teste de realidade), no futuro ou a pensar que, numa situação transata, deveria ter dito isto – ou feito aquilo –, sofrendo na imaginação (futuro), ou na memória (passado). É este, portanto, um hábito cognitivo tremendamente prejudicial.

Continuando a descrever os aspetos negativos da preocupação excessiva, refiro que este é um componente central em diversas psicopatologias – como nas perturbações de ansiedade (sobretudo na PAG, perturbação de ansiedade generalizada, em que tudo é ameaçador e preocupante) –, mas, também, bastante presente em todas as outras, tal como na perturbação de ansiedade social, quando nos preocupamos com a avaliação negativa que os outros farão do nosso desempenho social, ou, então, na miríade de tantas outras fobias específicas. Este componente encontra-se, ainda, presente, por exemplo, na perturbação de stress pós-traumático, em que o foco da preocupação são as imagens intrusivas e pesadelos intermináveis.

Para terminar, há também o outro lado – que pode ser pernicioso – que é a despreocupação total. Quem não se preocupa, com o que quer que seja, pode, também, ter resultados nocivos dessa sua postura cognitiva e, por consequência, comportamental. A probabilidade de existirem comportamentos arriscados, a todos os níveis, é elevadíssima, e com os resultados que, com alguma imaginação, poderemos prever. Em forma de conclusão, a preocupação quer-se com doses equilibradas.

Com o, sempre pouco, espaço que me resta, quero deixar uma mensagem de esperança, que tento deixar sempre nos meus textos. Existe tratamento para a preocupação excessiva e para todas as psicopatologias a elas associadas. Nós, psicólogos, podemos munir-vos – a vós, que sofreis com o excesso de preocupação – com muitas ferramentas que vos serão úteis para acabar, ou minimizar, o sofrimento causado por este hábito cognitivo.

OPINIÃO -
Apoiar a Formação, para quando?

Opinião de Daniel Fernandes

 

É bom ter a oportunidade de aprender e seguir os nossos sonhos, tanto para nós como para o desenvolvimento da nossa terra. Infelizmente não temos aprendido muito com os nossos vizinhos. Neste momento, Vila Verde atribui um avultado valor de cerca de 100 000 euros em bolsas de estudo e Terras de Bouro cerca de 75 000 euros.

Já Amares, mesmo com 7 milhões a mais no orçamento atual do que no anterior, num valor que ultrapassa os 23 milhões de euros, continua a contemplar apenas 20 alunos com este privilégio, um investimento de cerca de 20.000 a 25.000. O executivo decidiu assim que apenas 0,1% do orçamento anual seriam para bolsas de estudo.

Queremos investimento, mas não queremos investir nos alunos de forma a criar investidores mais tarde. Não será este o momento de começarmos a investir na educação de forma séria e mais abrangente? É isso que nos faz falta, investir no conhecimento, apoiando os jovens a estudar e a formarem-se. Fazer da nossa Terra uma de oportunidades que nos ajuda a sonhar.

E para quando a valorização daqueles que não ingressam no Ensino Superior, mas formam-se noutras áreas?

É conhecida a falta de mão de obra para variadas industrias, mas mesmo assim parece que ninguém se importa em impulsionar a formação nestas áreas procuradas. Sabemos que nem toda a gente pretende estudar na Universidade, sendo assim, penso que está na hora de investir em formações certificadas para jovens e adultos terem a oportunidade de evoluírem dentro da sua própria esfera profissional.

Que tal também uma bolsa de estudo de formações certificadas para apoiarmos o crescimento de todos? Uma bolsa que permitirá os jovens e adultos a dirigirem-se a centros de formação e frequentarem gratuitamente uma formação útil e à sua escolha. Dessa forma serão valorizados no mercado de trabalho e terão à sua disposição ferramentas de difícil acesso de uma forma acessível e gratuita.

Vivemos numa sociedade universalizada e cada vez mais o conhecimento de línguas é fulcral para a vida pessoal e profissional, por isso no meu ponto de vista seria também uma mais valia haver no município de Amares uma oferta de cursos de línguas para todos aqueles que as quiserem aprender, de uma forma gratuita e certificada.

Só desta forma, com um constante empenho na formação e qualificação dos nossos habitantes é que podemos assumir que somos um concelho avançado e letrado, até lá almejamos o sonho admirando-o de longe por um canudo.

OPINIÃO -
Deambulações breves sobre ataques cardíacos, o Hospital de Braga e o SNS

Por Manuel Araújo

Começo por me declarar agnóstico teísta, por isso, não sou fã de movimentos, associações ou seitas religiosas que amedrontam e ameaçam os “pecadores” com cenas mirabolantes de medo e ficção, como o céu, o inferno, virgens, etc., a fim de lhes infligir castigos e penitências. Por outro lado, esses grupos recompensam os “pecados” das pessoas mais humildes, oferecendo-lhes lugares cativos no céu e milagres, em troca de dinheiro ou de bens de valor, como ouro, anéis, pulseiras, etc. Alguns até prometem 72 virgens após “limpar o cebo” dos “porcos infiéis”. Todos esses grupos abusivamente recorrem ao mesmo Deus, rebaptizando-o e chamando-o pelo nome mais adequado ao objectivo pretendido.

A-propósito, e talvez por isso, de não acreditar, há alguns meses, fui castigado por algum desses seres invisíveis vingativos com um ataque cardíaco grave. Foi no final de Março, numa noite ao deitar-me senti uma indisposição, aperto e queimaduras no externo, dores que se expandiam para os braços. Notei uma certa confusão mental, com progressiva perda de consciência. Tentei encontrar os comprimidos de Nitroglicerina para colocar debaixo da língua quando suspeitamos que algo vai por o coração “saltar” ou parar, mas não os encontrei.

Estava só, no andar superior e liguei de imediato para o 112. Desci ao rés-do-chão a aguardar a chegada de ajuda e para estupefacção, em menos de cinco minutos os paramédicos tocam à porta. Soube que me injectaram algo. Senti frio. Muito frio… ligaram-me a umas maquinetas e aguardei. A ambulância chegou logo a seguir e levaram-me directamente ao serviço de cardiologia, onde, de imediato, realizaram um cateterismo. Disseram que se demorasse mais alguns minutos, já nada havia a fazer.

Após me colocarem um “stent”(um dispositivo metálico, colocado numa artéria para mantê-la aberta e evitar obstruções) no Hospital de Braga, fiquei internado nos cuidados intensivos por cerca de uma semana.

Embora seja comum a comunicação social e algumas pessoas que conheço, dizerem “cobras e lagartos” dos hospitais públicos, devo dizer que conheço um dos melhores hospitais de Zurique, onde trabalhei nas urgências e depois, no laboratório de farmácia e posso dizer que o hospital de Braga é tão bom quanto o de Zurique, e talvez até melhor.

Agradeço sinceramente a todos os trabalhadores da saúde que me trataram, incluindo os médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar e todos os outros profissionais que me ajudaram.

Após ter sido tratado com excelência pelos profissionais de saúde no Hospital de Braga, fiquei ainda mais agradecido ao ouvir a história do meu grande amigo que prefere o anonimato, de Braga, que teve um ataque cardíaco grave semelhante ao meu e também foi tratado com excelência no mesmo hospital. Ele contou-me que pessoas com um ataque como o dele só sobrevivem uma em milhão, mas graças ao profissionalismo e dedicação da equipa de saúde, ele conseguiu superar essa situação difícil. É por isso que quero deixar aqui o meu mais sincero agradecimento a todos os profissionais de saúde do Hospital de Braga e ao Serviço Nacional de Saúde em geral, pelo excelente tratamento recebido e pelo sucesso da recuperação.

Todos os que “emprenham pelos ouvidos” e denigrem o Serviço Nacional de Saúde, não sabem do que falam. Eu e esse amigo, somos prova viva de que o SNS é um serviço de qualidade e que merece todo o nosso respeito e gratidão. Por isso, quero deixar aqui o meu agradecimento, tardio, a todos os profissionais de saúde que me trataram e ao Pedro, pelo cuidado e dedicação que demonstraram no nosso tratamento.

A minha experiência de sobrevivência a um ataque cardíaco grave trouxe-me reflexões diferentes sobre a vida e sobre os ataques cardíacos em si. Alguns dizem que foi sorte, outros que foi Deus e que devo agradecer. No entanto, independentemente da minha crença pessoal, só posso agradecer ao Hospital de Braga e ao incrível Serviço Nacional de Saúde pelo seu tratamento excepcional e por me terem salvado a vida. Obrigado!

OPINIÃO -
Escola Secundária de Amares: finalmente será desta?

Artigo de Mário Paula

Esta reflexão criou-se com um sentido de responsabilidade enorme, não fosse o assunto de elevado interesse para o futuro, para Amares e para os amarenses em geral, especialmente tendo em vista o seu futuro – a Escola Secundária de Amares (ESA).

Atualmente com centenas de pessoas na sua comunidade educativa, desde estudantes, a pessoal docente e não docente, sem deixar de relevar todas as pessoas que, no seu percurso, passaram pela escola e enriqueceram o seu já enorme legado.

A ESA, inaugurada em 1985, não sofreu nenhuma intervenção infraestrutural nestes seus 37 anos de existência. Apenas se verificaram pequenas empreitadas, como por exemplo a remoção do amianto. Esta escola caiu no esquecimento de todos, com nenhum governo central a atentar ao seu estado degradado, apesar de todas as reivindicações e promessas.

Quem já visitou, ou visita diariamente a nossa escola, sabe que a caixilharia está obsoleta, as infiltrações são constantes, o pavilhão desportivo sofre de carências básicas, em suma, as instalações estão desadequadas aos tempos que correm. O programa “Parque Escolar”, dos Governos de José Sócrates, requalificou a maior parte das escolas secundárias do distrito, tendo a nossa escola secundária ficado de fora por inércia dos decisores à data.

Atire-se, ainda assim, o passado para trás das costas e aprenda-se com os erros cometidos. Fale-se do presente e do que podemos fazer para mudar o rumo das coisas.

Nas correrias da campanha para as últimas eleições legislativas, este processo ganhou vida com a azáfama política a que já estamos habituados. Efetivamente, os projetos da reestruturação já estão realizados na DGESTE e com o Município amarense articulado com o governo central. Indicadores muito favoráveis para que a requalificação da nossa escola passe à realidade brevemente, para o bem e usufruto de Amares e de todas as comunidades que frequentam e frequentarão a Escola Secundária Amares.

Que se entregue, nesta época festiva, um presente ao concelho, com o começo da intervenção ansiada há demasiado tempo, sem mais promessas e ilusões. Os jovens amarenses merecem!

Despeço-me desejando umas boas festas a todos os amarenses.

OPINIÃO -
Neste Natal, ilumine-se!

Opinião de Marco Alves

 

Na sequência da crise geopolítica que se faz sentir, com graves consequências no setor energético, foi lançado um plano com instrumentos para uma redução voluntária de 15% no consumo energético para os Estados-Membros da UE. Para Portugal, há uma redução obrigatória de 7% na redução de consumo energético. O governo português estabeleceu um plano que engloba medidas, por separado, de redução nas áreas da energia, eficiência hídrica e mobilidade, onde abrange os setores da administração pública, central e local, e privado. Uma das medidas que contempla a administração pública local para a energia, designada por CR1 (reduzir o consumo energético associado à iluminação pública), prevalece os seguintes critérios:

– Ações sem investimento: Ajuste dos horários de funcionamento da iluminação pública, bem como os níveis de iluminação, evitando ainda que permaneçam ligadas durante os períodos diurnos. Deve ser garantida a segurança dos cidadãos, a segurança rodoviária e integridade patrimonial.

– Ações com investimento: Implementação de sistemas mais eficientes, em toda a rede de iluminação publica através de instalação de sistemas de regulação e controlo, incluindo sensores de movimento.

Com o objetivo de mitigar a crise, a Câmara Municipal de Amares decidiu desligar a iluminação pública em todas as freguesias do concelho, no período entre as 02:00 e 06:00 horas. O orçamento municipal previa um valor na ordem dos 600 mil euros para a iluminação pública e em setembro os valores faturados neste ano já ultrapassaram os 800 mil euros. No entanto, têm existido algumas contradições e polémicas em torno do corte total de iluminação pública, nomeadamente no que diz respeito à segurança. A decisão de desligar em todas as freguesias a iluminação pública entre as 02:00 e 06:00 horas foi unânime entre os presidentes de freguesia?

De salientar que o município já investiu na rede de iluminação pública, introduzindo as luminárias de led, com vista à redução do consumo e atingir a neutralidade carbónica. No período em que foi instalado a tecnologia led, porque não foi otimizado o sistema de regulação e comando?

A introdução de um sistema otimizado com recurso para 2 ou 4 modos (25%, 50%, 75% e 100%) da capacidade total de iluminação seria sempre vantajosa para o município. A expressão conhecida e popular “correr atrás do prejuízo” continua bem vincada no destino nacional, continuamos a agir de forma diligente a fim de obter um resultado bom ou favorável.

Que neste Natal e em todos os dias do próximo ano possamos fazer de Jesus nosso melhor amigo, pois ele é o maior motivo do Natal e da nossa existência.

OPINIÃO -
O poder da imaginação

A imaginação, sendo a capacidade ou predisposição para criar, inventar e transformar algo de forma diferente e combinar ou reorganizar aspetos, ideias ou elementos, de forma construtiva e inovadora. Albert Einstein afirmou quem eu acredito na intuição e na inspiração, a imaginação é mais importante que o conhecimento, pois o conhecimento é limitado, enquanto a imaginação abraça o mundo inteiro.

A atividade imaginativa é algo que as crianças possuem com abundancia, construindo histórais abundantes de fantasia, numa caminhada conjunta da fantasia com a realidade. Já crescidos, a imaginação é uma ferramenta que reside em cada um de nós, construida palas nossas experiências, vivênciaas e sentimentos, sendo fundamental para encontrar novas ideias e soluções, bem como, novas formas de pensar e agir.

Podemos treinar a nossa imaginação através da mudança de perspetiva, procurando um “angulo” novo ou diferente, desafiando os pressupostos, os preconceitos, deixando as ideias correr livremente e sem limites, pensando o contrário, usando metáforas, visualizando imagens, invertendo as situações, encontrando paradoxos, novas hipóteses, caminhos e alterantivas, experimentando, interpretando, verificando, escutando e refletindo sobre o estado natural das coisas.

Para Dale Carnegie, a melhor maneira de nos prepararmos para o futuro é concentrar toda a imaginação e entusiasmo na execução perfeita do trabalho de hoje, ou como refere Stephen Covey, eu posso mudar, eu posso viver da minha imaginação ao invés da minha memória, eu posso amarrar-me ao meu potencial ilimitado ao invés do meu passado limitado.

Criatividade e imaginação são conceitos inerentes à capacidade de conceber e aplicar combinações, interconexões e construtos diferentes dos habituais, procurando pensar e agir “fora da caixa” ou pensar sem caixa alguma, sendo relevante para toda a atividade humana, como nas artes, nas ciências, na cultura, no empreendedorismo, nas organizações, nas relações interpessoais, nas atividades diárias, na busca de soluções aos problemas.

Tendo em consideração que vivendo momentos dinâmicos, complexos e exigentes, onde é necessário implementar valores éticos e humanos procurando acrescentar valor e diferenciar positivamente, num equilíbrio contínuo ao nível da nossa própria sobrevivência e sustentabilidade, e em que a criatividade se torna numa “ferramenta” capaz de obter respostas aos desafios e problemas atuais e futuros.

OPINIÃO -
Chegamos ao Outono/Inverno

Opinião de João Ferreira

Finalizamos uma época tradicionalmente marcada pelos incêndios rurais e começamos um outro período que desponta outros perigos que potenciam riscos vários.

Mesmo com mudanças do clima, este período fica marcado com chuva e baixas de temperatura. Começa o uso de combustíveis lenhosos para aquecimento, vêm as primeiras chuvas intensas, acontecimentos normais se não tiverem consequências.

Surgem os incêndios nas chaminés, garagens inundadas, ruas alagadas, quedas de árvores, movimento de terras.

Como testemunho de António Barreto “ (…) instala-se o caos urbano às primeiras chuvas, espalha-se pelas ruas a areia, pedra e brita, desfazem-se os montinhos de entulho à beira das obras inacabadas (…) desabam as casas velhas, mal conservadas e cedem as modernas construídas à pressa. Os bairros antigos estão podres. Os modernos rodeados de lamaçal (…) Toda a gente pergunta de quem é a culpa? Das bombas atómicas, dos frigoríficos, do buraco do ozono, do efeito de estufa, das construções, das barragens, dos automóveis, da urbanização selvagem, da modernização, da agricultura intensa, dos planos autárquicos ou dos governos? Quem sou eu para responder? Só sei uma coisa: NÃO É SOBRETUDO DO CLIMA”

Prepare-se para as diferentes épocas do ano. Neste período limpe a sua chaminé, ao longo do tempo e a constante utilização das lareiras, através da combustão, é criada nas paredes uma substância altamente inflamável chamada de creosoto, que não sendo removida pode provocar incêndios. Aconselha-se assim a limpeza das chaminés por equipas especializadas ao fim de cada queima de duas toneladas de lenha. Segundo dados da ANEPC, a maioria de chamadas de incêndio estrutural para os bombeiros correspondem a incêndios em chaminés. Se tiver um incêndio na chaminé ligue 112 ou para o seu Corpo de Bombeiros local, colabore e siga as indicações. Em segurança remova ou extingue o material incandescente (fonte de calor), feche as portas e janelas (para não aumentar a combustão) e não projete água para a chaminé. Evacue o espaço com calma e em segurança, pessoas e animais.

Quanto a um outro risco, o das inundações, estas devem-se por vezes à pouca permeabilidade dos solos (aumentando a escorrência) e mau dimensionamento para a circulação de águas pluviais. Há outros factores que agravam, mas estes talvez possamos “manipular” como manter as sarjetas/caleiros desimpedidas/limpas, remover folhas, lixo, terra. Evite terras soltas ou outros materiais que possam ser arrastados pela chuva e provoquem obstruções. Numa vertente mais ambiental, aproveite e recolha e armazene água das chuvas para reutilização, use para regas, limpezas, entre outros usos. Verifique árvores com algum porte, se não estão enfraquecidas e que possam partir com ventos fortes.

Com o Natal e as suas decorações tenha muito cuidado com as instalações elétricas.

O clima está em constante e brutal mudança. Hoje o tempo está assim, amanhã, mesmo com as previsões, quem sabe? Esteja atento aos avisos e aos conselhos dados. Se verificar algum perigo que não possa ou consiga resolver com meios próprios, informe/comunique às autoridades competentes e sinalize esse perigo.

Tenha uma boa época natalícia, em segurança.

Prepare-se, seja o principal agente de Proteção Civil.

OPINIÃO -
Inteligência Emocional

Artigo de Hélder Araújo Neto, Psicólogo

 

Os textos que aqui trago, embora estejam num espaço – sendo intitulados – de artigos de opinião, na verdade, não o são. Não é a minha opinião. O que escrevo é informação baseada em factos científicos, envolvida numa roupagem mais acessível. Todavia, o mais importante é continuar o caminho, que considero interessante, do conhecimento que tento transmitir. Neste caso, vou empreender pelo caminho da inteligência emocional.

As teorias mais recentes romperam com o modelo tradicional do conceito de inteligência, em que se media o Q.I. (Quociente de Inteligência). Uma das mais amplamente aceites é a do psicólogo norte-americano Howard Gardner que, nos anos 80 do Séc. XX, preconizava que existiam oito tipos de inteligência. A saber: Inteligência Linguística; a Inteligência Lógico-matemática; a Inteligência Espacial; a Inteligência Musical; a Inteligência Corporal-cinestésica; a Inteligências Intrapessoal; a Inteligência Interpessoal; e a Inteligência Naturalista. Ressalvo que o autor considera que nenhum destes tipos é mais importante do que o outro.

O conceito de Inteligência Emocional surgiu alguns anos mais tarde, pela mão de outros autores/investigadores que, basicamente, fundia as inteligências Intrapessoal e Interpessoal. A definição de Inteligência Emocional pode ser um tipo de inteligência que nos dota da competência para compreender, gerir e regular as nossas emoções e sentimentos, bem como interpretar as emoções nos outros, ajudando nas interações sociais, permitindo, por exemplo, a presença de empatia.

A sabedoria popular diz que nunca devemos tomar decisões importantes, quando estamos tristes, nem efetuar promessas quando estamos alegres. Este adágio é um exemplo de Inteligência Emocional, porque avisa que não nos devemos deixar levar pelas emoções, que devemos usar as emoções a nosso favor, não sendo usados por elas. Uma pessoa inteligente emocionalmente consegue impedir que emoções como a tristeza, a raiva e o medo interfiram ou direcionem as suas decisões.

Nas consultas com os meus pacientes, tento sempre dotá-los com competências cognitivas e comportamentais, que acabam por contribuir para o desenvolvimento da sua Inteligência Emocional. Um exemplo é quando trabalho com eles as questões de ações guiadas pelos valores e não pela emoção. Para ilustrar, imaginemos o seguinte: alguém que pesa 120 quilogramas e tem como valor (algo que é importante para si) ficar mais magro e saudável. O que fará? Inscrever-se-á num ginásio para iniciar o processo de emagrecimento. No dia previsto para o primeiro treino, a pessoa sente-se triste, deprimida, sem vontade ir ao ginásio. Se o individuo não for, está a ter um comportamento guiado pela emoção; está a ser pouco inteligente, emocionalmente. Se, apesar de não lhe apetecer, for ao treino, está a ser inteligente, emocionalmente, porque sabe que está a ter um comportamento de acordo com os seus valores, e que a probabilidade de o seu humor melhorar, no fim do treino, é elevada, uma vez que cumpriu um objetivo, que libertou endorfinas, que iniciou o caminho para uma vida saudável.

Para terminar, percebo que só consigo aflorar o tema (e os temas que aqui trago de uma forma geral) mas, aflorando-o, almejo deixar sementinhas de curiosidade que contribuam para que o leitor se interesse pelo(s) tema(s) e, munido dessa curiosidade, faça a sua própria investigação e encontre caminhos para o desenvolvimento pessoal, para que o hoje seja sempre melhor que o ontem. Por fim, aproveito para lembrar que a Inteligência Emocional é uma competência que pode ser desenvolvida e melhorada, tal como as outras Inteligências, e que esse desenvolvimento contribui para um melhor desempenho nas diversas esferas em que a vida acontece: família, relacionamentos, trabalho, estudo, diversão, descanso, conquistas, etc.

OPINIÃO -
A relevância dos valores humanos

Os valores humanos são pilares de uma sociedade justa e equitativa, sendo a essência para uma convivência sã e em comunidade, onde a entreajuda, a colaboração, a compreensão e o altruísmo devem prevalecer e conviver em simultâneo, pois precisamos de preservar as bases de uma sociedade com futuro.

Valores são um conjunto de princípios, regras, pensamentos que caracterizam cada ser humano e que podendo variar de pessoa para pessoa, reflete as suas crenças, perceções, sensibilidades, que se tornam hábitos, construindo um destino, sendo também as características que nos diferenciam dos restantes seres vivos e que estão associados à dignidade e ao aspeto, que nos torna humanos.

Num tempo cada vez mais conturbado, incerto, complexo e muito exigente em diferentes aspetos e perspetivas sociais e económicas, quer ao nível pessoal e organizacional, bem como na “gestão da coisa pública” e sustentabilidade presente e futura e onde está em causa a nossa própria sobrevivência.

Muitas vezes existe a tentação de partir por caminhos mais fáceis e mais cómodos, mas pouco éticos, injustos e próprios de uma sociedade doente e decadente de valores humanos, algo que vai acontecendo na atualidade, que nos tem levado ao estado atual das coisas. Como alternativa sustentável e com futuro, torna-se fundamental semear valores como: a empatia, o amor, humildade, amizade, solidariedade, a tolerância, equidade, respeito e responsabilidade individual e coletiva.

Segundo Kant ética consiste em agir de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma lei universal, ou por outras palavras, agir, fazendo o bem, de forma desinteressada, proporcionando ao outro aquilo que desejamos para nós. 

Precisamos cada vez mais de fortalecer o SER humano (valores, princípios no respeito pelos outros) acrescentando VALOR numa interação harmoniosa entre o “EGO” e o “ECOssistema”; FAZER (desenvolvimento de ações e atividades éticas e respeito pelos outros) e; TER um conjunto de coisas e bens materiais que sejam o resultado dessa dedicação, resiliência e esforço capaz de proporcionar bem-estar e felicidade. 

 A relevância do SER torna-se algo cada vez mais útil e necessário para proporcionar uma coexistência plena de responsabilidade, de fortalecimento de energia positiva, de autoconhecimento, de autoestima, de auto motivação, de superação contínua, viajando dentro de nós, de perdoar e de respeitar a natureza, os oceanos, as espécies, incluindo naturalmente, a nossa própria subsistência.