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OPINIÃO -
A liberdade como um caminho…

Podemos caraterizar liberdade como um direito e uma forma de agir em conformidade com o nosso pensamento, um modo de agir, sem restrições, constrangimentos, de forma livre, procurando atuar em consonância com as ideias, sentimentos e expressões físicas, mentais e emocionais do ser humano.

A construção da liberdade implica, agir de acordo com a autodeterminação individual e coletiva, como um povo ou nação, todavia, para que isso aconteça é necessário, a permissão, a tolerância, a abertura, a aceitação pela diferença, a promoção da liberdade de ação, expressão, mas também justiça, equidade e respeito pela liberdade dos outros ou por outras palavras, a definição da legislação, para que a prática seja uma realidade.

Antes do 25 de abril de 1974 não era permitido, turmas mistas nas escolas, liberdade de expressão, direito de votar, as enfermeiras, telefonistas e hospedeiras da TAP não se podiam casar, não era permitido reunir para discutir ideias politicas, não era permitido festejar o dia do trabalhador, aspetos que demonstravam que não vivíamos em liberdade.

Hoje, 48 anos depois, ainda estamos a construir aquilo que denomina como liberdade, com grandes desafios e obstáculos para que Portugal seja verdadeiramente, um país livre. Os principais desafios da prática da liberdade e democracia, são a busca constante da meritocracia ao serviço da “gestão da coisa pública” em vez da “gestão da influência politico partidária”, onde na maior parte das vezes, se verifica a defesa dos interesses individuais ou de grupos, em vez do bem comum e da sociedade.

A promoção da ética e do respeito da pessoa humana, independentemente, origem, condição ou orientação e sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião ou de outra natureza, origem, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição, pois só desta forma, teremos uma sociedade livre.

O combate à corrupção, que deve ser uma prática constante, procurando incentivar, educar e motivar as pessoas para a promoção do trabalho, do mérito, da competência individual, em vez da utilização da influencia e da “cunha”, fator que não contribui para uma sociedade justa e equitativa.

A renovação do sistema de justiça que tem vários e sérios problemas, como por exemplo, a desigualdade de tratamento entre cidadãos, sendo (“fraca” com alguns e “forte” com os fracos), a morosidade e a desadequação da mesma face aos novos problemas da sociedade portuguesa.

O incentivo ao crescimento económico e promoção da iniciativa empresarial, através do apoio ao empreendedorismo, através da criação de condições físicas, económicas e sociais favoráveis à produção de produtos e serviços portugueses, bem como, a promoção do bem estar, contribuindo, para o pleno emprego, bem como, para uma sociedade em constante mudança.

OPINIÃO -
A Qualidade do Ar no interior dos edifícios – Um Problema Invisível

Artigo de Joana Costa

 

Sabia que:

        • Existe poluição do ar interior dos edifícios.
  • O ar interior pode ser duas a cinco vezes mais poluído do que o ar exterior.
  • Segundo a Organização Mundial da Saúde
  • cerca de 3,8 milhões de mortes por ano podem ser causadas por doenças relacionadas com a poluição do ar interior, 
  • a poluição do ar interior é considerada o 8º fator de risco que provoca doenças respiratórias;
  • a exposição à poluição do ar interior é responsável por:
  • 27% das mortes por pneumonia,
  • 18% das mortes por acidente vascular cerebral,
  • 27% das mortes por doença cardíaca isquémica,
  • 20% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crónica,
  • 8% das mortes por cancro de pulmão,
  • quase metade das mortes por pneumonia em crianças com menos de 5 anos.

Hoje em dia, a maioria das pessoas passa a maior parte do tempo no interior dos edifícios (cerca de 22 horas) o que é preocupante devido à má qualidade do ar interior dos mesmos.

Os poluentes do ar interior têm origem, principalmente, em fontes que se encontram no interior dos edifícios, mas também em fontes exteriores. Cada poluente provoca efeitos negativos na saúde. O aparecimento de sintomas surge devido a vários fatores, tais como o tempo de exposição aos poluentes, a sua concentração e o estado de saúde da pessoa. 

PRINCIPAIS TIPOS DE POLUENTES PRINCIPAIS FONTES DE POLUIÇÃO  PRINCIPAIS EFEITOS NA SAÚDE 
Monóxido de Carbono Esquentador/fogão a gás, lareiras, fumo do tabaco Dores de cabeça, tonturas, morte
Dióxido de Carbono Respiração humana, lareiras, fumo do tabaco Dores de cabeça, cansaço, falta de ar
Compostos Orgânicos Voláteis Tintas, carpetes, inseticidas, velas, fumo do tabaco, mobiliário em madeira, produtos de limpeza Dores de cabeça; irritação na pele, olhos e vias respiratórias; cancro
Formaldeído Mobiliário em madeira, fumo do tabaco, fogão a gás, carpetes Dores de cabeça; tosse; ardor nos olhos, nariz e garganta
Ozono Fotocopiadoras Dores de cabeça; tosse; irritação nos olhos, nariz e garganta
Óxidos de azoto Fogão a gás, fumo do tabaco Tosse; irritação nos olhos, nariz e garganta 
Radão Solos de granito (*) Cancro

(*) O radão passa pelas fissuras existentes no pavimento, paredes, janelas.

Quem pode ser mais afetado pela má qualidade do ar interior dos edifícios?

A má qualidade do ar interior pode afetar a saúde de todas as pessoas, mas há pessoas mais vulneráveis como as crianças, as grávidas e os idosos.

Medidas para melhorar a qualidade do ar interior dos edifícios

Para eliminar ou reduzir os poluentes do ar interior dos edifícios, é importante implementar as seguintes medidas: 

  • não fumar;
  • abrir as janelas diariamente para renovar o ar;
  • abrir as janelas durante e após a realização das limpezas domésticas;
  • abrir as janelas e as portas durante a pintura de tectos e paredes;
  • utilizar tintas e vernizes à base de água;
  • utilizar produtos de limpeza sem solventes;
  • utilizar purificadores do ar, como as plantas de interior;
  • fechar corretamente as tampas dos produtos químicos;
  • reparar as fendas existentes no pavimento, paredes ou janelas.

Qual é a influência da qualidade do ar interior na nossa saúde?

Uma boa qualidade do ar interior dos edifícios contribui para:

  • melhorar a memória;
  • melhorar a respiração; 
  • melhorar a qualidade do sono;
  • aliviar o stress;
  • beneficiar a circulação do sangue;
  • fortalecer o sistema imunológico;
  • melhorar o funcionamento do sistema digestivo.

NÃO SE ESQUEÇA:

  • A má qualidade do ar interior dos edifícios pode provocar problemas de saúde que podem surgir a curto, médio ou a longo prazo.
  • A poluição do ar interior dos edifícios quase nunca é associada ao aparecimento de determinados sintomas.
  • A implementação das medidas para melhorar a qualidade do ar interior é importante para reduzir os riscos para a sua saúde.
  • Uma boa qualidade do ar que respiramos no interior dos edifícios é fundamental para manter uma qualidade de vida saudável. 

 

Fonte:

Organização Mundial da Saúde – https://www.who.int 

http://usp-be.blogspot.com/2019/03/qualidade-do-ar-interior.html

OPINIÃO -
Floriano

Opinião de Marco Alves

 

O Dia de São Floriano é celebrado a 4 de maio, celebra-se também o Dia Internacional do Bombeiro, por este ser o padroeiro dos bombeiros.

Neste dia presta-se uma homenagem a todos os bravos bombeiros que deram e que dão as suas vidas pares salvar a vida dos outros. Uma das formas de agradecer aos heroicos bombeiros e de celebrar esta data é usar uma fita azul e vermelha, já que o símbolo do Dia Internacional do Bombeiro é uma fita azul e vermelha de 5 centímetros de comprimento por 1 centímetro de largura, onde o vermelho representa o fogo e o azul a água, sendo que as duas cores são conhecidas mundialmente como representação dos serviços de emergência.

São Floriano foi um soldado romano no século III que supostamente estava encarregado de um grupo especial de soldados destinados a combater incêndios. O soldado romano está associado a muitos milagres e lendas. A ligação do santo com a eliminação e extinção de incêndios não é muito clara, mas sabe-se que numa ocasião caiu num fogo e foi salvo invocando o santo. Este incidente é tema de uma das 15 pinturas existentes que decoram a abadia de São Floriano na Áustria. 

Existe até uma ladainha especial a São Floriano que invoca a sua proteção contra os fogos:

Senhor, abençoa-me nos momentos em que exerço minha profissão de bombeiro/a.

Coloco-me sob Tua proteção para extinguir o incendio, proteger e salvar vidas.

Ó São Floriano, intercede por mim e pelas vítimas nos momentos de perigo.

Aumenta a minha fé na hora de socorrer e arriscar a vida.

Dá-me coragem e prudência para ser ágil, solidário e eficiente.

Permita-me cumprir cada missão para celebrar com imensa alegria os êxitos alcançados em defesa de todos os meus semelhantes.

Ámen!

Os bombeiros são uma escola para a vida. O corpo de bombeiros é uma unidade operacional tecnicamente organizada, preparada e equipada para o cabal exercício de várias missões:

– O combate a incêndios;

– O socorro às populações em caso de incêndios, inundações, desabamentos, abalroamentos e em todos os acidentes, catástrofes ou calamidades;

– O socorro a náufragos e buscas subaquáticas;

– O socorro e transporte de sinistrados e doentes, incluindo a urgência pré-hospitalar.

O futuro dos bombeiros deverá passar pelo contínuo crescimento na sua formação e especialização, sendo determinante a manutenção e restruturação do papel do voluntariado no sector.

Não deixem de apoiar a corporação dos bombeiros voluntários de Amares. O que seria de nós sem eles. 

OPINIÃO -
As emoções

Artigo de Hélder Neto

Psicólogo

Quando começo a escrever estes artigos, às vezes, dou por mim a pensar que o que escrevo mais parece informação do que opinião, depois chego à conclusão de que, na minha opinião, a informação é importante, então continuo a escrever com o dilema já resolvido. Neste artigo, pretendo abordar as emoções. Faço-o porque são o barro com que moldo o meu trabalho diário, e faço-o porque me parece essencial esclarecer, e desconstruir, algumas ideias pré-concebidas em relação às emoções e ao relacionamento com elas.

Uma das formulações erradas, em relação à forma como nos relacionamos com as emoções, e que causam muita insatisfação, e até psicopatologias, versa sobre a existência de emoções boas e más. Se procedermos a uma ligeira classificação, concluiremos que todas as emoções são “boas”, na medida em que cumprem um propósito. Embora umas possam ser mais agradáveis do que outras, todas são, sobretudo, importantes. Devemos encarar as emoções como indicadores biológicos, como mensageiros que tentam enviar-nos informações sobre o ambiente, configurando o resultado da evolução de muitos milhares de anos, sendo a sua principal função a da sobrevivência.

A teoria diverge, conquanto que, regra geral, existam seis emoções que são consideradas universais. São elas: a surpresa, o medo, a tristeza, a alegria, a raiva e o nojo. Farei uma pequena descrição da função de cada uma.

A surpresa pode ser definida como uma reação causada por algo imprevisto, inédito ou estranho. A sensação que a acompanha é a de uma mente vazia, em branco. A surpresa é frequentemente seguida por outra emoção que vai depender da qualidade do estímulo imprevisto, podendo ser alegria, medo ou raiva. 

O medo ativa uma resposta de luta ou fuga, aumentando o estado de alerta perante uma possível ameaça.

A tristeza reduz significativamente o nível de energia, e de prazer, nas atividades, de forma a promover um ajustamento a uma grande perda, convocando o suporte do grupo, ou criando introspeção, com vista à perceção das consequências das nossas ações.

A alegria diminui os efeitos do stress e promove a criatividade, a disposição e o entusiasmo para a execução de qualquer tarefa que possa surgir. É a alegria que nos recompensa e incentiva a continuar a fazer aquilo que se está a fazer bem feito.

A raiva acelera os batimentos cardíacos, provocando o disparo da adrenalina, aumentando a energia e a nossa força para agirmos. É devido à raiva que conseguimos, por exemplo, defender os nossos direitos e impor limites quando alguém invade o nosso espaço pessoal e nos coloca em risco.

O nojo tem como função ajudar-nos a evitar ingerirmos qualquer tipo de substância que possa provocar uma intoxicação. Provoca náuseas e mal-estar gastrointestinal, de forma a expulsar uma comida estragada, evitando envenenamentos.

Concluindo, não existem emoções boas ou más. Todas são importantes para a nossa sobrevivência como espécie. Assim, prometo voltar a este tema, num outro artigo (muito provavelmente, o próximo), porque considero que é uma temática importante, extensa e com muito impacto na saúde mental.

OPINIÃO -
Atividade Física

Artigo de Marco Alves

 

A 6 de abril, dia em que o jornal “O Amarense” saiu para a banca, comemorou-se o Dia Mundial da Atividade Física. Esta data pretende promover a prática da atividade física e destacar a importância da realização regular do exercício físico. É uma iniciativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) e nasceu como forma de luta contra o sedentarismo. A OMS aponta a inatividade física como quarto principal fator de risco de morte no mundo.

Hoje em dia, o mundo em que vivemos passa por uma transformação sem precedentes e de inúmeras incertezas. O chamado “novo normal” está a exigir que as pessoas tenham uma capacidade de adaptação a diferentes cenários. Todos nós passamos por momentos desafiantes, porém, uma coisa é certa: as mudanças são inevitáveis e acontecem em todas as áreas da nossa vida.

O aparecimento da pandemia em Portugal originou o aumento do sedentarismo presente na vida dos portugueses, provocado pelas inúmeras restrições impostas para conter a pandemia. O teletrabalho, as aulas online, o fecho de alguns espaços desportivos, a redução do número de utilizadores nos ginásios foram fatores que contribuíram para esse aumento.

De acordo com a OMS, cada movimento e as novas diretrizes sobre a atividade física e comportamento sedentário recomendam pelo menos 2,5 horas a 5 horas de atividade aeróbica (de moderada a intensiva) por semana para todos os adultos, para as crianças e adolescentes a média diária de atividade física deve ser cerca de 1 hora.

A adoção de um estilo de vida fisicamente ativo, uma vez que a prática regular da atividade física é considerada um fator de proteção para doenças como a diabetes tipo 2, a obesidade, cardíacas ou cancro que milhares de portugueses sofrem. A prática do exercício também minimiza o impacto à saúde mental (depressão, ansiedade), provocando a produção de endorfina, a hormona do bem-estar e melhora a capacidade cognitiva e contribui na qualidade do sono. 

Aproveito o espaço do texto para incentivar os leitores a participar no próximo dia 4 de junho na prova Amares UrbanFit 2022. Uma prova que combina de forma divertida corrida com obstáculos urbanos para aqueles para quem uma simples corrida já não é totalmente desafiante. Certamente, tal como tem acontecido nas ultimas edições, será também uma prova de carácter solidário, ajudando assim uma instituição de Amares.

Faça diferente, saia da rotina, surpreenda-se a si mesmo e às pessoas ao seu redor. Estamos tão acostumados a uma vida ligada ao “piloto automático” que muitas vezes não procuramos novas formas de realizar tarefas.

OPINIÃO -
A relevância do marketing inclusivo

Os consumidores mais jovens como os Millennials e Geração Z estão cada vez mais sensibilizados e recetivos na promoção de uma maior autenticidade, variedade de experiências, exclusividade e diversidade nas campanhas de comunicação e publicidade, bem como, na compra de produtos e serviços que correspondam a estes propósitos.

A promoção da igualdade, tem vindo a ser uma prática corrente desde a década de 80 e 90, com campanhas como as da Benetton procurado sensibilizar e alterar o comportamento das pessoas para os temas raciais, a violência doméstica, as doenças sexualmente transmissíveis, a pobreza, igualdade de género, questões políticas, sociais, religiosas, entre outros, utilizando imagens incómodas, impactantes, criativas e irreverentes colocadas nas várias campanhas de publicidade.

Atualmente, as marcas estão a desenvolver estratégias mais realistas, relativamente à moda feminina, como por exemplo a Dove que tem procurado incluir mulheres autenticas, figuras públicas e influenciadores digitais, da forma mais realista e natural, procurando sensibilizar para a beleza natural feminina, inclusiva e autêntica.

A Unilever procura corresponder às necessidades das consumidoras, promovendo campanhas de comunicação baseadas em ações concretas, conteúdos inclusivos e abrangentes, baseadas em histórias e testemunhos de mulheres reais, de diferentes etnias, géneros, religiões procurando promover a sua confiança e auto estima.

A responsabilidade social da MEO é outro exemplo onde a sua campanha que promoveu a diversidade com pessoas reais relatando as vivências da crise dos refugiados, pobreza, terceira idade, violência domestica, conservação ambiental, substituição do plástico, limpeza dos oceanos e empregabilidade inclusiva. 

Marcas como a Netflix, Procter & Gamble, Nike e Coca Cola estão a desenvolver também estratégias de comunicação e açao relativamente à proibição da discriminação baseada na identidade de género, procurando cultivar a diversidade sexual, bem como, o envolvimento positivo com a sociedade, assente na equidade e diversidade. 

Neste sentido, o marketing inclusivo tem vindo a reforçar a diversidade, equidade e inclusão, procurando promover a personalidade, os valores, propósito social, sustentabilidade ambiental para um público cada vez mais sensível e responsável, na procura de soluções globais e responsáveis nas diferentes dimensões da evolução humana.

OPINIÃO -
Futebol Clube de Amares

Opinião de Mário Paula

 

Neste mês de abril, trago um tema muito controverso no seio da comunidade desportiva regional, afetando especialmente toda a comunidade amarense: a situação do Futebol Clube de Amares.

O histórico clube, que carrega 76 anos de responsabilidade em elevar ao mais alto nível o nome do nosso magnífico concelho, está envolto numa onda de negatividade, com acusações e discussões lamentavelmente trazidas a público. Factual é a ideia da grandiosidade deste clube, representada unanimemente junto dos nossos conterrâneos e de todos os elementos desportivos.

Este clube, fundado em 1945, faz inequivocamente parte da história de Amares e de todos nós! Quem não conhece um familiar que tenha jogado no Futebol Clube de Amares? Na sua formação ou nos seus plantéis seniores? Nas suas modalidades? As respostas, naturalmente óbvias, fortalecem a responsabilização pela garantia da boa preservação desta grande instituição pública e desportiva. A reforçar esta noção está o facto de se saber que milhares de atletas e adeptos já passaram direta ou indiretamente por este clube. Atualmente, são cerca de 200 elementos a carregar o símbolo do FC Amares ao peito.

Com isto, a responsabilidade não se prende apenas ao panorama desportivo. As respostas de que o  clube precisa estendem-se aos parâmetros sociais que este clube representa, por enaltecer a nossa identidade concelhia e por representar um dos fortes ativos desportivos mas também sociais do nosso concelho.

No mês do 77º aniversário (15/04/1945), o Futebol Clube de Amares foi a votos para eleger a sua nova direção (01/04/2022). Que este ato restaure a confiança de quem ama o desporto e o clube são os votos de todos os amarenses e, primordialmente, que se devolva a glória ao Futebol Clube de Amares.

OPINIÃO -
A Proteção Civil em Estado de Guerra

Artigo de João Ferreira

 

Quando tudo parecia estar encaminhado para superarmos uma das maiores batalhas da humanidade, eis que surge uma outra. Uma batalha que infelizmente custa e custará ainda muitas vidas a curto e longo prazo, uma guerra também esta global mas com um “inimigo” não microscópico.

Em Portugal, como actuaria a Proteção Civil em estado de exceção ou de guerra?

Segundo o artigo 59.º da Lei de Bases de Proteção Civil (na sua actual redação), “em estado de guerra, de sítio ou de emergência, as actividades de proteção civil e o funcionamento do sistema instituído pelo artigo 48.º (SIOPS) subordinam-se ao disposto na Lei da Defesa Nacional e na Lei sobre o Regime de Estado de Sítio e do Estado de Emergência”.

Na actualidade como está a proteção civil no apoio à Guerra na Ucrânia?

Segundo a Comissão Europeia, a resposta à guerra na Ucrânia foi, até à data, a maior operação levada a cabo ao abrigo do Mecanismo de Proteção Civil da UE.

Em fevereiro, a Comissão Europeia anunciou um apoio de 90 milhões de euros, sendo 85 milhões directamente para a Ucrânia e 5 milhões para a Moldávia com um reforço à posteriori de 3 milhões. Esta ajuda proporcionará alimentos, água, abrigos, cuidados de saúde contribuindo para cobrir as necessidades básicas no apoio aos refugiados.

Através do Mecanismo de Proteção Civil da UE já foram encaminhadas ofertas de 29 países, dos quais 27 Estados-Membros da UE. Entre estas ofertas contam-se caixas de primeiros socorros, vestuário de proteção, desinfectantes, tendas, equipamento de combate a incêndios, geradores de electricidade e bombas de água. 

Sendo a Moldávia o país que mais presta apoio aos refugiados, apoiada por vários países, a Comissão está igualmente a coordenar a assistência de proteção civil para que Polónia e Eslováquia possam também ajudar os refugiados.

Devido às necessidades, através das reservas médicas rescEU (criado em 2019, um sistema de apoio ao Mecanismo de Proteção Civil da UE) vai ser prestado um apoio que inclui ventiladores, monitores de sinais vitais, bombas de infusão, máscaras e vestuário de proteção, aparelhos de ultra-sons e dispositivos de oxigénio. A comissão ainda criou centros de logísticos de emergência de proteção civil na Polónia, Roménia e futuramente na Eslováquia. 

Recentemente, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) encaminhou o segundo envio de equipamentos para alojamento temporário de emergência de refugiados ucranianos com destino à Moldávia, em Chisinau. O camião, enviado ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, enviou meios para apoiar directamente 400 pessoas e ainda 1200 kits de higiene.

Uma guerra que estará para durar, pois a Ucrânia precisará, mesmo que a guerra termine hoje, ainda de muito tempo e apoio para voltar à “normalidade”.

OPINIÃO -
Caminhe…pela sua saúde!

Opinião de Pedro Santos Freitas

 

Com o aparecimento da pandemia Covid-19 e o confinamento decretado pelo governo, assistiu-se a uma mudança de hábitos dos portugueses – ficámos mais sedentários, começámos a beber mais álcool e a fazer menos exercício físico. 

Por outro lado, o fecho de negócios levou à perda de rendimentos e muitos foram os que começaram a ter uma alimentação menos saudável, o que contribuiu ainda mais para piorar a saúde da nossa população.

A Organização Mundial de Saúde informou que milhões de mortes a nível mundial podiam ser evitadas com mais exercício físico e recomendou 150 minutos de exercício moderado por semana. 

Está provado que, de todas as modificações que pode fazer no seu estilo de vida, fazer exercício físico é a intervenção que consegue melhorar mais a nossa saúde e a maneira mais fácil de o fazer poderá ser realizando caminhadas. 

A caminhada cumpre todos os propósitos da atividade física ao mesmo tempo que não implica um risco elevado de lesões e não é dispendiosa em termos económicos, é gratuita e não requer nenhum equipamento ou treino especial. 

Quais são então os benefícios que pode esperar se fizer caminhadas regularmente?

  1. Menor probabilidade de vir a ter cancro: num estudo que seguiu durante mais de 10 anos, em 750 mil pessoas, verificou-se que caminhar diminuiu a incidência de 7 tipos de cancro: Mama, Rim, Mieloma, Útero, Linfoma, Fígado e Intestino e observou-se que, quanto mais tempo se caminhasse, mais baixava a incidência de cancro.
  1. Melhorar o controlo de diabetes tipo 2: Quem caminha regularmente baixa o risco de vir a ter diabetes em 40%. Para quem é diabético, o exercício é benéfico pois vai estimular a produção de insulina e facilitar o seu transporte para as células. 
  1. Prevenir o excesso de peso: A caminhada pode queimar entre 300 e 400 calorias em 1 hora, sendo importante que seja praticada de forma regular para haver benefícios. 
  1. Fortalecer os seus músculos e prevenir as quedas: ao fazer caminhadas, melhora a força dos seus músculos e os seus ossos ficam mais fortes, o que, a longo prazo, pode ser importante para não ter uma fratura e não depender de ninguém para conseguir fazer as suas atividades. 
  1. Prevenir doença cardiovascular: caminhar fortalece o coração e aumenta a circulação sanguínea pelo corpo, ajudando a diminuir a probabilidade de vir a ter doenças do coração ou AVC. 
  1. Benefícios a nível mental, com a diminuição de sintomas de ansiedade e depressão: Mesmo uma caminhada tão curta quanto trinta minutos todos os dias, pode diminuir a sua frequência cardíaca e aliviar a sua ansiedade. O exercício físico liberta hormonas que o fazem sentir bem.
  1. Melhoria da qualidade do sono: vários estudos sugerem que uma simples caminhada durante o dia, melhora a qualidade do sono e diminui as insónias. 

8. Melhor memória: caminhar melhora a saúde do cérebro e o pensamento em pessoas                idosas com deficiências de memória, de acordo com alguns estudos. 

Por esta razão, o Centro de Saúde de Amares vai organizar, em maio, uma caminhada, de modo a consciencializar os nossos utentes para a necessidade de fazer exercício físico regularmente e todos estão convidados. 

Participe…pela sua saúde. 

OPINIÃO -
Dia Mundial da Saúde Oral – 20 março 

A 20 de Março comemora-se o Dia Mundial da Saúde Oral, uma iniciativa da World Dental Federation. As doenças orais encontram-se entre as doenças crónicas mais comuns a nível mundial. Noventa por cento da população mundial está em risco de algum tipo de distúrbio a nível oral, desde lesões de cárie a doenças peridontais a cancro oral.

A nível da população infantil e juvenil, as doenças orais constituem um dos principais problemas de saúde. Para as famílias, é relevante o impacto socioeconómico devido ao custo do tratamento. A cárie dentária (destruição progressiva da estrutura dentária) e a doença periodontal (destruição dos tecidos que ligam o dente ao osso) são as doenças bacterianas mais frequentes na cavidade oral.

A colonização das bactérias pode ocorrer numa fase muito precoce da vida, por isso a higienização oral (escovagem) deve ter início antes da erupção dos primeiros dentes passando a sua frequência para duas vezes por dia (pelo menos) após a erupção dos primeiros dentes.

Uma boca saudável é fundamental para a saúde em geral. Lábios cuidados, dentição completa, gengiva, ossos sãos e uma oclusão equilibrada permitem uma boa estética e boas funções de fonação, mastigação e mímica facial.

Face à necessidade de aumentar o número de crianças livres de cárie aos 6 anos e efetuar o tratamento das lesões de cárie existentes, o mais precocemente possível o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral da DGS, através da Norma nº 001/2022 de 24/02/2022 vem implementar uma nova estratégia em saúde infantil que permite antecipar a intervenção, criando uma coorte aos 4 anos, cuja estratégia de intervenção é a seguinte:

As crianças que até 31 de dezembro de cada ano perfazem os 4 anos, podem ter acesso a uma referenciação para higienista oral ou a cheque-dentista, para tratamentos preventivos e curativos emitida pelo médico de família na consulta de saúde infantil e juvenil no Centro de Saúde – Unidade de saúde onde se encontra inscrito.

O médico de família do SNS, para as crianças que não apresentarem lesões de cárie em dentes decíduos (primeiros dentes) e nos locais que disponha de higienista oral procede à emissão de uma referenciação para a consulta do higienista oral (fig. 3). Nessa consulta o profissional de saúde, para além do ensino e reforço das questões relacionadas com a higiene oral e alimentação, deverá proceder à aplicação de selantes de fissuras em molares decíduos e vernizes de flúor nas superfícies lisas.

Na consulta de higiene oral caso seja detetada lesão de cárie em dentes decíduos, o higienista oral deverá dar ao assistente técnico indicação para a emissão de um cheque dentista.

Vamos unir-nos para sensibilizar, melhorar a educação e estimular a ação pessoal e coletiva sobre a importância da saúde oral! 

 Assim, solicitamos a todos que colaborem para ajudar a acabar com este problema que é a cárie dentária e ter uma boa saúde oral.

Informe-se junto da sua Unidade de Saúde.

 

Fonte

Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral Estratégia dos 2 aos 6 anos / SOCJ 4 anos