Por Pedro Costa
Em 2017, avancei para uma candidatura à Câmara Municipal de Amares, em nome do Partido Socialista, porque ao desafio que me foi lançado, mais uma vez, não era capaz de dizer “não” à minha terra de sempre.
Por Pedro Costa
Em 2017, avancei para uma candidatura à Câmara Municipal de Amares, em nome do Partido Socialista, porque ao desafio que me foi lançado, mais uma vez, não era capaz de dizer “não” à minha terra de sempre.
Por Catarina Pinto Cruz
Enfermeira
Pós-Graduada em Enfermagem de Cuidados Paliativos
A saúde é atualmente reconhecida como tendo uma forte componente mental. Na verdade, já em 1948, a constituição da Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhecia a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade” (WHO, 1948).
A transformação digital, big data, inteligência artificial, machine learning, experiências marcantes, superação das expetativas e emoções fortes continuam a ser preocupações, práticas e procedimentos cada vez mais utilizados na procura da satisfação das pessoas ainda em pandemia.
Nesta perspetiva, temos cada vez mais consumidores exigentes, ativos, socialmente responsáveis, atentos, informados, motivados na procura de soluções inovadoras e relevantes para o meio ambiente, utilizando as plataformas de comunicação, redes socias para partilhar as suas ideias e atitudes, podendo ser, simultaneamente, influenciadores digitais e relevantes para outros consumidores e para as suas marcas.
A aceleração digital impulsionada pela pandemia reforçou o comercio digital, incorporando tecnologia e novas formas de comunicação e distribuição dos produtos e serviços, contribuindo para uma simplificação dos processos e uma mais rapidez na satisfação das necessidades e desejos dos consumidores.
Neste sentido, para novos problemas é fundamental criatividade, acrescentado VALOR, criando em conjunto, inovando, procurando novas e diferentes respostas, sempre com o propósito de colocar as pessoas no CENTRO de toda esta dialética.
Utilizando um conhecimento cada vez mais abrangente e complexo, conciliando inputs como: realidade virtual e aumentada, big data, internet of things rumo à empatia artificial, utilizando por exemplo, chatbots inteligentes e plataformas automatizadas numa comunicação interativa com o cliente e para o CLIENTE.
A utilização de ferramentas de análise e a sua conjugação com a inteligência emocional, tendo como objetivo a humanização, privilegiando da experiência, fortalecendo as habilidades digitais, as emoções, o envolvimento com as MARCAS procurando simultaneamente, uma vivência física e digital.
Neste mundo em mudança, numa dicotomia Local e Global cada vez mais exigente, mutável onde é fundamental compreender os comportamentos do consumidor, compreender os seus desejos, as suas “dores” procurando encontrar soluções novas, sustentáveis e equilibradas, tentando encontrar o equilíbrio nem sempre fácil, nem sempre possível, entre o desenvolvimento económico e o meio ambiente.
Hoje, como nunca, tem sido tão necessário colocar as PESSOAS ao centro e no CENTRO das decisões, agregando talento, desenvolvendo habilidades, competências, experiências, envolvendo-as nas ações de sensibilização, de criação, de partilha procurando caminhar juntos e com todos, para soluções capazes e impulsionar o equilíbrio entre as novas exigências do consumo humano, desenvolvimento económico, social e societários, na busca do bem-estar alinhado com o ecossistema e a sustentabilidade do planeta.
As Redes Sociais, enquanto mecanismo político de apoio às populações foram criadas e implementadas entre no final dos anos 90 e o princípio do novo milénio, por Governos de matriz socialista.
No conceito, trata-se de um programa que incentiva agentes que atuam na área social a juntarem esforços, desde o setor público – Segurança Social, Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, a saúde, as escolas, etc. – ao privado – com IPSS, entre outras. O desafio é trabalharem em rede, para trabalhar situações de pobreza e exclusão e promover o desenvolvimento social local através de um intenso trabalho em parceria. O conceito em si é muito pertinente, pois já vão longe os tempos em que as instituições se afirmavam e produziam resultados apenas por si.
Amares teve a felicidade de contar com excelentes executantes – técnicos e políticos – na implementação da sua Rede Social, tornando-a um modelo para a região. No caso, as dinâmicas de parceria geradas criaram melhores condições de trabalho para todos os intervenientes no território Amarense.
O custo das operações saiu beneficiado deste trabalho de parceria. As respostas beneficiaram dos melhores profissionais e as especialidades técnicas tornaram-se mais ajustadas dentro das organizações. As novas problemáticas sociais, contaram com a Rede como uma “teia” de intervenção social, com muito mais trabalho no terreno, apoiado por alguns agentes locais, nomeadamente as Juntas de Freguesia. Por outro lado, as Redes Sociais permitiram uma muito melhor e mais rápida capacidade de resposta e intervenção.
O problema é que muitas Redes Sociais se “municipalizaram”, tornando-se quase meros serviços das Câmaras Municipais, prescritoras de documentos e pareceres, perdendo-se o pensamento crítico, a discussão sobre a evolução das problemáticas, a apresentação de novas dificuldades, a avaliação dos recursos e equipamentos disponíveis… basicamente, perdeu-se todo o trabalho de Rede!
Outro grande problema desta tendência é que muitas Câmaras Municipais gerem as Redes Sociais como se fossem “suas”, instrumentalizam-nas, politizam-nas, quando o conceito de rede deve colocar todos os que a integram em pé de igualdade, num plano de discussão estritamente social, em função de um único interesse: os cidadãos.
A Rede Social de Amares foi perdendo esta orientação coletiva, que fez com que os parceiros, por já não verem o seu tempo rentabilizado nestes fóruns, se fossem afastando. A Rede Social de Amares e os seus núcleos de intervenção já pouco reúnem, não cumprem o seu calendário de reuniões e quando o fazem é porque surge algum pedido particular a precisar de um parecer.
Ou seja, a Rede Social em Amares é hoje uma organização meramente reativa, que não se encontra, não planeia, não previne, o que faz com a política de equipamentos sociais seja uma “anarquia” e a gestão dos problemas sociais seja feita no improviso, ao telefone, ou às portas dos gabinetes.
Hoje a colaboração e cooperação entre organizações faz-se por brio das instituições que querem envolver-se assim e não por organização. A rentabilização de recursos, no sentido de todos canalizarem os seus esforços no local e no tempo certo é fundamental, mas só acontece amiúde por iniciativa das instituições que têm essa visão.
Uma Rede Social só estará viva, eficiente e assertiva na sua função, se for capaz de manter todos os parceiros motivados dentro do seu “ecossistema”.
Subalternizados e usados em papéis convenientes vai sempre afasta-los e prejudicar a força viva do trabalho em rede.
Opinião de Mário Paula
Vivemos o mês de junho, tradicionalmente um mês de boas recordações para nós, pelo clima mais quente e pelos festejos dos Santos Populares. Convido-nos a não celebrar apenas isto, este ano. Celebremos também algo que já todos vivemos e recordamos com saudade: a nossa infância e a bênção de um dia já termos sido “crianças”. Formalmente, o Dia Mundial da Criança é 1 de junho, contudo defendo que o devemos transportar para todos os dias. Só assim preservaremos os valores das crianças, reforçando a proteção e apoio ao desenvolvimento destas, defendendo os seus direitos fundamentais.
Felizmente, possuímos no nosso concelho uma instituição oficial não judiciária, que visa promover os direitos das crianças e jovens, e prevenir e evitar situações que possam afetar a segurança, a saúde, a formação, a educação e não menos importante, o desenvolvimento integral. É essencial desmistificar o papel da CPCJ como algo que só atua em casos maus. Esta atua numa ótica preventiva e de apoio às famílias, fazendo-se notar mais, naturalmente, em situação de perigo, acompanhando sempre a família no processo interventivo.
Os princípios basilares para a intervenção da CPCJ passa acima de tudo por promover a privacidade dos intervenientes, a preservação do superior interesse da criança e a prevalência da família. A Comissão de proteção de crianças e jovens amarense é constituída por pessoas altamente formadas de todas as áreas técnicas especificas como profissionais da área da educação, da saúde, das forças de segurança, da associação de pais, do município, entre outros.
Os direitos das nossas crianças são “infinitos”, mas traduzem-se em alguns como: a igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade; Alimentação, moradia e assistência médicas adequadas; Educação e cuidados para a criança, física ou mentalmente deficiente; Educação gratuita e lazer infantil; Ser protegido contra o abandono e a exploração do trabalho; crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade, justiça e acima de tudo amor.
Cabe-nos a todos nós, enquanto sociedade, estarmos atentos e promovermos os direitos das nossas crianças, pois, como referia Karl Mannheim, “O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade.”
Um excelente mês de junho a todos os leitores e “cuida-te, para cuidares de nós”.
Expressão utilizada por Jean-Paul Sartre, considerado o pai da corrente filosófica, o Existencialismo. Existem diversos tipos de batalhas que o ser humano pode enfrentar, algumas delas com armas e fatalidades. Porém, poucas estimulam a inteligência das pessoas, como é o caso do xadrez, que é um dos jogos mais fascinantes do mundo.
Para além da inteligência, este jogo estimula a concentração, percepção, astúcia e técnica. Em primeiro lugar, o acaso não existe no xadrez: ninguém ganha uma partida porque “teve sorte”, ninguém perde porque “teve azar”. Trata-se de um jogo movido apenas pelo raciocínio dos dois jogadores, que são os únicos responsáveis pelo resultado. Daí utilizar-se a expressão de um jogo perfeitamente existencialista.
Acredita-se que o xadrez possa ter surgido na Índia durante o século VI e posteriormente para a China. A forma atual do jogo chegou à Europa na segunda metade do século XV. A partir de 1730, passou a ser muito jogado em cafés, como o de la Régence, em Paris, um dos mais famosos pontos de encontro de todos os tempos, com frequentadores ilustres como Voltaire, Rosseau, Robespierre, Benjamin Franklin, Napoleão e Richelieu. O xadrez é um dos jogos mais populares do mundo, em 2001, foi reconhecido como desporto pelo COI (Comité Olímpico Internacional).
Dei os primeiros passos no xadrez com 9 anos através de um jogador experiente, meu pai, no seu tabuleiro oferecido nos anos 60 por um amigo e conceituado artista plástico barcelense. Pintor, paisagista, caricaturista e retratista, Manuel Gonçalves Torres. Ainda hoje, guardo religiosamente esse tabuleiro.
Para jogar xadrez é necessário um tabuleiro composto por 8 colunas e 8 linhas, o que resulta 64 casas possíveis para a mobilidade das peças, alternadas entre brancas e pretas. Cada jogador tem 16 peças, brancas ou pretas. O objectivo é capturar o rei inimigo dando xeque-mate. As peças de cada jogador são compostas de oito peões, duas torres, dois cavalos, dois bispos, uma rainha e um rei.
Cada peça tem a sua particularidade de se movimentar no tabuleiro. O peão move-se em coluna vertical somente para a frente e uma casa, nunca para trás. A torre move-se nas linhas retas horizontais e verticais, quantas casas desejar. O cavalo move-se em “L”, ou seja, anda duas casas na horizontal ou vertical e depois uma casa na vertical ou horizontal, ou vice-versa. O cavalo pode saltar sobre qualquer peça sua ou do adversário. O bispo move-se nas direções diagonais e na mesma cor, quantas casas desejar. A Rainha é a peça mais poderosa, pode-se movimentar quantas casas quiser ou puder, na diagonal, vertical ou horizontal. O rei é a peça mais importante, mas também a mais fraca, pode-se mover uma só casa em qualquer direção. Além de outros movimentos existem também regras para o jogo.
Há dias propus-me a uma tentativa de renascer o xadrez no concelho de Amares, intitulado de “Xadrez na Praça”, destinado a todos que possam gostar ou aprender a jogar xadrez.
A escolher entre Roque, En passant ou Promoção…
Opinião de João Ferreira
Teve início a 15 de Maio o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR 2021), que conta com o maior número de sempre de meios envolvidos.
Uma primeira intervenção e combate terrestre composta em cerca de 50% pelos Bombeiros e o restante por entidades como os Sapadores Florestais (SF), a Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, Força Especial de Proteção Civil (FEPC) da ANEPC, apoiados por Equipas do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Serviço de Proteção da Natureza (SEPNA) da GNR, Agrupamento Complementar de Empresas para a Proteção Contra Incêndios (AFOCELCA) e as Forças Armadas (FA) entre outros, como os vigilantes e agentes de segurança pública.
Mas independentemente dos números de operacionais ou meios aéreos, há variantes que superam qualquer resposta. Portugal é líder em Incêndios na Europa (Fernandes et al, 2007) muito por culpa do território que reúne as condições ideais para sua ocorrência, chamado “piroambiente” (Pyne 2006), fruto das suas características mediterrâneas, que conjugam a época quente com a época seca, a feição atlântica, que permite uma elevada produtividade vegetal.
Um mau ordenamento do território nas últimas décadas, agravado pelo abandono dos espaços rurais com um predomínio de monoculturas como o eucalipto e pinheiro bravo, conjugado com uma grave falta de educação florestal, Portugal possui os ingredientes para se manter, pela negativa, líder em ignições e grandes áreas ardidas.
Entre muitas medidas preventivas como as limpezas em redor das habitações ou aglomerados, aplicabilidade eficaz e eficiente de instrumentos como os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndio (PMDFCI), manutenção e criação de Faixas de Gestão de Combustível (FGC), implementação dos Programas Aldeia Segura e Pessoas Seguras, Programas de Transformação da Paisagem (PTP) é necessário reduzir os comportamentos de risco, educar e sensibilizar a população. É necessário ver os incêndios florestais não só como um problema económico, mas também como um problema social, cultural e ambiental.
Chega de culpar São Pedro e desculpar em São Bento, o problema não é só do clima!
Este Verão evite comportamentos de risco, não faça fogueiras em espaços florestais, não atire cigarros para o chão, não lance fogo-de-artifício.
Durante o período crítico (1 de julho a 30 de setembro*) é proibido fazer queimas ou queimadas, usar fogareiros e grelhadores em zonas criticas, lançar balões de mecha acesa ou foguetes ou outros artefactos pirotécnicos (carece de autorização), fumigar ou desinfestar apiários. É ainda obrigatório o uso de dispositivos de retenção de faísca e tapa chama nos equipamentos de combustão interna, nos veículos agrícolas de transporte pesados 1 ou 2 extintores de 6kg.
Fora deste período informe-se na sua Junta de Freguesia ou Município sobre o Risco de Incêndio diário.
Porque a floresta faz parte da nossa história. Cerca de 98% dos incêndios florestais têm origem humana. Cumpra as regras e evite comportamentos de risco. Em caso de incêndio ligue o 112. “O fogo pode ser um bom empregado, mas também pode ser um mau patrão”.
* O período crítico pode ser antecipado ou prolongado para além deste período de acordo com despacho do Governo.
O mês de junho abre com chave de ouro, comemorando-se no seu primeiro dia, o Dia Mundial da Criança! Este dia foi estabelecido oficialmente em 1950, na sequência do Congresso da Federação Democrática Internacional das Mulheres, realizado em 1949, em Paris.
À semelhança de vários países, também para Portugal o Dia da Criança representa uma efeméride importantíssima, cumprindo o objetivo de sensibilizar toda a comunidade para os direitos das crianças e para a necessidade de promover uma melhoria das suas condições de vida, tendo em vista o seu pleno desenvolvimento.
Dada a semelhança no seu propósito, o dia 1 de junho é muitas vezes confundido com o dia 20 de novembro, considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Universal da Criança, porque nele se celebram dois marcos importantes: a aprovação da Declaração dos Direitos da Criança, a 20 de novembro de 1959 e a adoção da Convenção dos Direitos da Criança, pela Assembleia Geral da ONU, em 1989 (que Portugal viria a ratificar a 21 de setembro de 1990).
Não existe uniformização de data para a celebração dos direitos das crianças (para uns, o primeiro de junho, para outros, o 20 de novembro), contudo, o seu objetivo será sempre o mais nobre: promover os direitos e o bem-estar de todas as crianças, onde quer que estejam. Eu diria que qualquer data que coloque os Direitos da Criança na ordem do dia e nos relembre a importância de assumir uma responsabilidade individual, comunitária e institucional pela defesa e proteção das crianças é válida.
O Direito à Saúde é um Direito Fundamental, consagrado em várias convenções internacionais e na Constituição da República Portuguesa. A minha experiência enquanto Enfermeiro permite-me afirmar orgulhosamente o quanto os Direitos da Criança são matéria de exercício quotidiano no Serviço Nacional de Saúde e nos cuidados de saúde primários, em particular. A saúde infanto-juvenil é um dos eixos prioritários da ação nos centros de saúde, desde o planeamento familiar, à consulta da grávida, preparação para o parto e recuperação pós-parto, apoio á amamentação e aleitamento, vacinação, saúde escolar, equipas de intervenção precoce, são inúmeros os atos e intervenções de saúde junto das crianças e jovens e suas famílias. Para além desta missão de prevenção da doença e promoção da saúde infanto-juvenil, existem no SNS programas e equipas nos hospitais e centros de saúde especialmente vocacionadas para as matérias da promoção e proteção das crianças e jovens (os Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco nos cuidados de saúde primários e os Núcleos Hospitalares de Apoio a Crianças e Jovens em Risco), ao mesmo tempo que o Ministério da Saúde se faz representar em permanência nas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens.
É uma preocupação e um compromisso diário de todos e cada um de nós, profissionais de saúde, não apenas no primeiro de junho ou no vigésimo de novembro, mas todos os dias! Termino com as sábias palavras de Pessoa: “Grande é a poesia, a bondade e as danças… Mas o melhor do mundo são as crianças”! Um bem-haja a todas as Crianças do Mundo!
É este o slogan da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a comemoração do Dia Mundial da Higiene das Mãos, a 5 de maio de 2021, com o objetivo de melhorar as boas práticas nos cuidados de saúde das populações.
No contexto de pandemia como aquele que se vive atualmente, a higiene das mãos tem um papel especialmente relevante. A correta e frequente higienização das mãos, em ambiente social e profissional, através de lavagem com água e sabão ou fricção com solução antisséptica de base alcoólica, é uma das medidas basilares para a mitigação da pandemia de COVID-19.
O vírus SARS-CoV-2 transmite-se principalmente por meio de gotículas e transmissão de contacto. Os meios de transmissão dão-se através do contacto direto com pessoas infetadas e / ou objetos ou superfícies contaminados. Assim, as mãos podem espalhar o vírus a outras superfícies e / ou à boca, nariz ou olhos se depois forem tocados.
Evidências em epidemias anteriores demonstraram que lavar as mãos é altamente eficaz para prevenir quer doenças diarreicas quer doenças respiratórias. Assim, lavar as mãos é considerado uma das medidas importantes para prevenir as infeções na Comunidade.
O que precisa de saber sobre as melhores práticas de higiene das mãos?
Quando lavar as mãos:
Lavar as mãos deve fazer parte da rotina de todos nós, especialmente:
Antes de comer ou manusear os alimentos;
Após ter utilizado a casa de banho;
Após assoar o nariz, tossir ou espirrar;
Após tocar em animais ou nos seus dejetos;
Após manusear resíduos;
Após mudar fraldas;
Antes e após tocar em pessoas doentes ou feridas;
Antes e após entrar em locais públicos (lembrar que também estão disponíveis soluções-alcoólicas para as mãos como alternativa).
Que produto utilizar para a higiene das mãos? Durante quanto tempo?
Em geral, a higienização com sabonete líquido remove a macrobiota transitória, tornando as mãos limpas. O sabão comum é eficaz na inativação de vírus envelopados, como o Vírus que provoca a COVID-19 devido à membrana da superfície oleosa que é dissolvida por sabão, matando o vírus (Sickbert-Bennett EE et al, “Am J Infect Control”2005). Além disso, a lavagem das mãos remove os germes por meio mecânico (Diretrizes da OMS sobre Higiene das Mãos em Cuidados de Saúde).
Porém, a eficácia da higienização simples das mãos, com água e sabonete, depende da técnica e do tempo gasto durante o procedimento que normalmente está estimado entre 40 a 60 segundos.
Se as mãos não estiverem visivelmente sujas utilize uma solução à base de álcool como meio preferencial para uma higienização antissética rotineira das mãos. É a forma mais rápida e eficaz de o fazer.
Os desinfetantes à base de álcool, agora comuns nas nossas casas, são mais práticos: atualmente andamos com frascos no carro, dentro das malas, em qualquer local, para que estejam à mão sempre que seja preciso.
Os produtos para esfregar as mãos à base de álcool devem conter pelo menos 60% álcool, e devem ser certificados seguindo cuidadosamente as orientações do fabricante e da Direção Geral da Saúde. O tempo gasto durante o procedimento que normalmente deve demorar entre 20 a 30 segundos.
Os desinfetantes à base de álcool são irritantes para as mucosas, por exemplo dos olhos, nariz e boca. Assim, sempre que higienizar as mãos com um desinfetante à base de álcool é necessário que estas fiquem bem secas antes de tocar na cara ou em qualquer outra parte do corpo ou objeto. Para aumentar a eficácia do desinfetante deve aplicá-lo com movimentos de fricção até ter as mãos bem secas. Para minimizar os efeitos de agressão da pele provocados por estes desinfetantes, hidrate as mãos com um creme adequado.
Se tem crianças, não se esqueça:
É fundamental que as crianças saibam os benefícios e a importância da correcta lavagem das mãos. Encorajá-las a lavar as mãos na altura certa vai ajudar a garantir que esta prática se mantenha um hábito ao longo da sua vida.
É preferível que lavem as mãos com água e sabão. Ensine-as e explique-lhes, de forma adequada à sua idade, por que o devem fazer.
Se for necessário higienizar-lhe as mãos com desinfetantes à base de álcool não as deixe sozinhas enquanto o fazem.
Manter as mãos limpas é um dos mais importantes passos com que pudemos contribuir TODOS na promoção da saúde de TODOS!
Seja um agente da Saúde Pública!
Artigo de Manuel Sousa Pereira
A sustentabilidade tem como propósito uma compreensão global e abrangente ao nível ambiental, social e económica integrando todas estas componentes, procurando satisfazer as necessidades do presente, preservando e cuidando dos recursos naturais, das pessoas e do desenvolvimento crescente das organizações do futuro, bem como, do nosso futuro comum.
O desenvolvimento sustentado é um tema transversal, estudado, desenvolvido e implementado por organizações governamentais e não governamentais, empresas públicas e privadas, por movimentos de cidadãos e pela sociedade em geral, mas não é de fácil implementação prática, pois é fundamental uma consciencialização e reconhecimento da preservação ambiental, das espécies, dos recursos naturais e fundamentalmente é uma excelente oportunidade para inovar e acrescentar valor ao mercado.
Assistimos a uma rápida degradação da natureza, em aspetos como: a poluição do ar, o aquecimento global, a poluição das águas, o plástico e o seu impacto nos oceanos, a agricultura intensiva e a utilização de herbicidas, pesticidas e produtos geneticamente modificados, a utilização inadequada da água potável, resultado da superexploração dos recursos naturais, sem ética nem respeito pelos ecossistemas naturais, pelas pessoas e pelo ambiente, contribuindo para o aumento da pobreza e desigualdades sociais que em nada dignificam a vida em sociedade.
Estrategicamente, precisamos de mudar o nosso mindset ou “atitude mental” na procura constante e na prática diária de novos métodos, processos e técnicas de produção, utilização de produtos e serviços, alinhados com novas técnicas de distribuição, promoção e venda “amigos” do ambiente. Existem muitos e bons exemplos que o demonstram, como por exemplo: a reciclagem, as hortas biológicas, a limpeza dos rios e espaços públicos, a reutilização dos diversos materiais (vidro, plástico, metais), a produção de produtos biológicos, o turismo de natureza, energias renováveis (sol, vento, chuva, marés e energia geotérmica), produtos de Denominação de Origem Protegida (DOP), produtos endógenos e tradicionais, etc…
No processo de distribuição e venda, deve ter-se sempre presente a preocupação ambiental, implementar práticas mais amigáveis ou “user friendly” colocando sempre o cliente ou utilizador no centro das suas necessidades, desejos e aspirações, procurando conciliar métodos online e offline, tendo em consideração a especificidade do cliente tendo simultaneamente o foco na preservação da natureza.
Neste sentido, a mudança está em cada um de nós. Enquanto agentes da mudança, é nesta nossa “aldeia global” que temos que adotar comportamentos sustentáveis, consumindo produtos (sempre que possível de origem portuguesa), tradicionais e autênticos, dinamizando as atividades económicas e incentivando a colaboração estrategicamente alinhada com os clientes, colaboradores investidores, investigadores e comunidade em geral.